No Dia da Cachaça, saiba como celebrar a mais brasileira das bebidas

Produto genuinamente brasileiro, a cachaça há séculos sofre com o preconceito e com a ideia de que seria uma bebida menos nobre. Porém, assim como o vinho e cerveja, ela está conquistando espaço como um líquido que merece todo carinho da seleção da cana ao saborear do copo. Principalmente no dia dela: 13 de setembro.
O movimento "cachaceiro" é recente, mas já conta com defensores apaixonados, que fazem pipocar confrarias, feiras e marcas cada vez mais preocupadas com o sabor. E não só isso: "Está crescendo a cultura de valorizar as coisas da terra, as raízes não só nacionais, como regionais", diz Rafael Araújo, cofundador da Cachaçaria Nacional, em Minas Gerais.
Afinal, o que é a cachaça?
Cachaça é a denominação típica e exclusiva da aguardente de cana produzida no Brasil, tendo como matéria-prima exclusiva o mosto fermentado do caldo da cana-de-açúcar, com teor alcoólico de 38% a 48%.
E como eu vou atrás de uma boa cachaça?
Além das dicas sensoriais, como ficar de olho na cor, no cheiro e no sabor da bebida, como já explorado pelo blog Menu do Dia, vale explorar o universo da produção.
Sou iniciante. Por onde eu começo?
É importante saber que existe muita (mas muita) cachaça sendo produzida em várias destilarias do país.
Existem as "prata" (as brancas, puras e vendidas direto da destilação) e as "ouro" (que am por envelhecimento em barris de madeira.
Nesta segunda categoria, elas se dividem entre "ouro" (poucos dias a 1 ano de envelhecimento, "" (1 a 3 anos de envelhecimento) e "extra " (acima dos 3 anos de envelhecimento).
Entre as envelhecidas, a variação também existe entre os tipos de madeira dos barris utilizados para envelhecer a bebida, que podem ser de amburana, bálsamo ou carvalho, por exemplo.
Cansou só de saber as variedades? Rafael, que trabalha com mais de mil rótulos, te dá uma ajuda e indica começar pelas envelhecidas em barris de amburana: "Ela deixa a cachaça com um fundo mais doce, mais suave. É a entrada perfeita no mundo da cachaça", diz.
Existem marcas fáceis de encontrar com uma qualidade superior?
Apesar do melhor caminho para encontrar “aquela” cachaça ser bater perna e explorar os alambiques registrados, Rafael dá duas indicações de cachaças: "Seleta e Salinas, pois conseguem manter padrão de qualidade e o processo artesanal independentemente do volume que produzem".
Se você procura uma "curadoria", existem clubes de da bebida que selecionam e mandam em casa.
Achei uma cachaça que me agrada. Como degustar?
Antes de tudo, esqueça os famosos "shots". "O melhor é utilizar uma taça para perceber aroma, ver a coloração e oleosidade", diz Alexandre.
No visual, a cachaça não pode ser turva, deve ser transparente. No aroma, a boa cachaça não “queima” o nariz e nele você começa a sentir a complexidade das bebidas envelhecidas.
Na hora de beber, não "jogue na goela". A bebida deve ser sentida na língua, onde mais traços especiais da bebida vão ser sentidos.
É verdade que nosso produto está arrasando lá fora?
Rafael usa uma famosa frase do jurista Sobral Pinto para revelar os planos de "dominação mundial" da bebida: "Quando o Brasil criar juízo e se tornar uma potência mundial, será a cachaça e não o uísque a bebida do planeta".
Mas por que o dia 13 de setembro?
Além de setembro ser o mês de produção da bebida, existe também uma explicação histórica. Em 13 de setembro de 1661, uma revolta popular contra a colônia portuguesa levou à legalização da cachaça, que era proibida até então. Tal episódio ficou conhecido como "Revolta da Cachaça" e a data foi adotada pelo Instituto Brasileiro da Cachaça como o dia dela, a bebida mais brasileira.
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