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Com ajuda de padrinhos, projeto leva crianças para verem o mar pela 1ª vez

Crianças que nunca viram o mar têm oportunidade na Ilha do Mel - Bruno Alques/Divulgação
Crianças que nunca viram o mar têm oportunidade na Ilha do Mel Imagem: Bruno Alques/Divulgação

Antoniele Luciano

Colaboração para Ecoa

18/02/2020 04h00

Foi durante uma viagem para Florianópolis com as amigas que Juliana de Paula, de 29 anos, se deu conta de que ir à praia não era um programa ível a todas as pessoas. "Visitei o projeto Tamar [que atua com tartarugas marinhas], e pensei que muitas pessoas não conheciam aquilo e nem mesmo o mar", recorda a curitibana, que hoje trabalha com Responsabilidade Social.

Motivada a mudar esse cenário, ela juntou amigos e colocou em prática a primeira ação do projeto Aproximar. A iniciativa, sem fins lucrativos, leva crianças em situação de vulnerabilidade social para verem o mar pela primeira vez.

O primeiro eio aconteceu em 2016, em Florianópolis. Juliana, com apoio de outros voluntários, conseguiu fechar um ônibus e levou uma turma de 20 pequenos, com idade entre 4 e 12 anos, das comunidades Parolin e Vila Pinto, ambas de Curitiba, para o litoral catarinense. O grupo teve a oportunidade de conhecer o Centro de Visitantes da Fundação Pró-Tamar e de ter uma aula sobre sustentabilidade e consciência ambiental. Mesmo não sendo verão na época, o momento foi mágico, descreve a criadora do projeto. "Teve criança que entrou de moletom e tênis na água. Foi muito emocionante", relata.

Desde que o Aproximar teve início, foram organizadas dez viagens para a praia. Por meio de parcerias, os eios ganharam o apoio de instituições sociais, que participam enviando crianças atendidas e fazendo a interface com as famílias, e incremento de aulas de surf e visitas a aquários. Para Juliana, a introdução ao surf é importante para aproximar as crianças ainda mais da natureza e desenvolver nelas aspectos como coragem e liderança. Além de em Santa Catarina, houve ações no Guarujá, no litoral paulista, e em Guaratuba e na Ilha do Mel, no Paraná. Juliana estima que, ao todo, 400 pessoas já tenham sido impactadas pelo projeto, incluindo quem faz doações para financiar os custos da viagem, os voluntários que acompanham a turma e as crianças envolvidas - em torno de 200.

O estudante Júlio e o pai Miron Silva Oliveira: viagem inesquecível para o garoto - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
O estudante Júlio e o pai Miron Silva Oliveira: viagem inesquecível para o garoto
Imagem: Arquivo Pessoal
eio inesquecível

Os eios costumam ser inesquecíveis para quem acabou de ser apresentado ao mar. Trabalhador da construção civil em São Paulo, Miron Silva Oliveira, de 47 anos, comenta que o filho Júlio, 8 anos, fez o eio há quatro meses e que ainda conta sobre esse dia para a família. "Ele ficou maravilhado. Toda vez que chega alguém em casa, ele pega as fotos que tirou e mostra para pessoas como era a praia, conta que os 'tios' levaram ele para andar de prancha", diz.

Para o menino, as cores do litoral vão ficar para sempre na memória. "Gostei de ficar na areia, na água. Também fiz muitos amigos novos", acrescenta Júlio.

Esses amigos a que ele se refere são os voluntários do projeto, chamados de padrinhos e madrinhas. O grupo costuma mudar de uma ação para outra e participar por meio de inscrição, colaborando com uma taxa que varia de R$ 80 a R$ 100. O valor ajuda a fechar a conta do custo total das ações, orçadas em torno de R$ 8 mil. "Geralmente, as inscrições para voluntários terminam rápido, em uma semana", explica Juliana.

Crianças que nunca viram o mar são acompanhadas por voluntários durante dia de atividades na praia - Bruno Alques/Divulgação - Bruno Alques/Divulgação
Crianças que nunca viram o mar são acompanhadas por voluntários durante dia de atividades na praia
Imagem: Bruno Alques/Divulgação

Os padrinhos e madrinhas am o dia com as crianças e são responsáveis por auxiliar no cuidado com elas durante o transporte, refeições e atividades. "É como se elas fossem filhos deles. Os padrinhos acompanham o ritmo delas, dão muito amor nesse processo. Percebemos que conseguimos uma transformação na vida das crianças, e na dos voluntários também, apenas com o nosso tempo", define a idealizadora, que agora quer encontrar maneiras de mensurar, a longo prazo, o impacto da aproximação com a natureza na vida das crianças atendidas.

De Curitiba, a advogada Maria Tunholi, de 27 anos, já participou de duas ações do Aproximar. A primeira foi logo quando o projeto começou e a última, no fim do ano ado, em Guaratuba. Ela define a iniciativa como uma das ações que a tocaram mais desde que se interessou pela área social. "Ver a alegria dessas crianças, o olho delas brilhando, me fez ter a certeza do poder da praia, do surf, no sentido de ver nelas o que eu já sinto em relação à natureza, como ela é um elemento transformador", pontua.

Crianças que nunca viram o mar são acompanhadas por voluntários durante dia de atividades na praia - Bruno Alques/Divulgação - Bruno Alques/Divulgação
Crianças que nunca viram o mar são acompanhadas por voluntários
Imagem: Bruno Alques/Divulgação
A voluntária também diz perceber a criação de um vínculo de carinho entre padrinhos e crianças acompanhadas depois do eio. Ela, por exemplo, assistiu uma menina de 7 anos e depois se mobilizou com outros padrinhos para presentear a turma no Natal. As crianças ganharam mochila e outros materiais escolares.

Como ajudar

Além de ajudar como voluntário, é possível apoiar o projeto financeiramente. Mesmo a distância, os apoiadores podem apadrinhar atividades: R$ 50 custeiam o transporte e lanche de uma criança; R$ 75 uma aula de surf e atividades de conscientização ambiental. O apadrinhamento de dia completo na praia sai por R$ 100. Após o evento, todos recebem uma apresentação com a prestação de contas da ação.
Há ainda a possibilidade de estabelecer parcerias com empresas e levar a iniciativa para o voluntariado corporativo.

Para saber mais sobre o projeto, é possível acompanhar as ações em postagens no perfil do Aproximar no Instagram.