O que Arthur Cabral fez para seduzir Tite após ser ignorado por Felipão

Arthur Cabral é a sensação do futebol na Suíça e foi convocado hoje para a seleção brasileira no lugar de Matheus Cunha. Esquecido por Felipão no Palmeiras, ele chama a atenção de vários times pela Europa e agora foi lembrado por Tite para enfrentar Venezuela, Colômbia e Uruguai pelas Eliminatórias.

Na Suíça, ele não para de balançar as redes adversárias. Com 20 gols e duas assistências em 16 jogos na temporada atual, ele já tinha tido 20 gols em 36 partidas em 2020/21 e 18 gols em 39 partidas em 2019/2020. Tudo isso foi o suficiente para entrar no radar da equipe da CBF em um setor que não tem um atacante que faz tanto o papel de referência.

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Gabigol, Gabriel Jesus, Richarlison e até Firmino podem atuar no setor, mas com características diferentes das de Arthur Cabral, que consegue fazer melhor as funções de pivô, mas não chega a ser estático dentro da área. Ele será observado não só nas partidas, mas também nos treinos.

Mas, afinal, por que ele não teve chance no Palmeiras? Por opção de Felipão. Contratado no fim de 2018 para se apresentar em 2019, o atacante chamou a atenção no Ceará e chegou para brigar por vaga com nomes que nunca conseguiram se firmar, como Deyverson e Borja, por exemplo. Sua chegada foi vista como a grande oportunidade de os palmeirenses pararem de sofrer com a irregularidade de seus camisas 9.

O técnico, no entanto, não se mostrou convencido. No Alviverde, Arthur entrou em campo em apenas cinco ocasiões, sendo apenas duas vezes como titular. Fez um gol contra o Novorizontino, no Paulista, mostrando oportunismo dentro da área logo na sua estreia, mas não foi o suficiente.

Na época, a justificativa interna que se dava à ausência de oportunidades eram os treinos fracos. Vale lembrar que, na época, os jornalistas eram proibidos de assistir aos treinos por ordem de Felipão. Não dava, portanto, para termos uma análise própria do que o atacante fazia nos treinos.

A comissão técnica considerava Arthur "pesado" para fazer o papel de 9 que o time precisava. Para comparação, Deyverson esteve em campo em 41 ocasiões e, Borja, em 25. Hoje, o jovem garoto brilha no Basel, enquanto os outros dois representam um grande problema a se resolver na Academia de Futebol.

Vale lembrar que, posteriormente, Deyverson teve a sua venda encaminhada para o futebol chinês, mas o técnico peitou a diretoria e não deixou a venda se concretizar. Hoje no Grêmio, ele solicitou o empréstimo de Broja.

Antes de desembarcar no Palestra Itália, Arthur já havia feito 24 gols em 55 jogos pelo Ceará em 2018. A agem no Alviverde se mostrou como um hiato na sequência de gols do atleta que hoje tem 22 anos. Ao palmeirense resta lamentar o fato de o jogador não ter tido mais oportunidades. Como consolo, fica a operação financeira que terminou em lucro de aproximadamente R$ 8 milhões para o Palmeiras.

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