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Danilo Lavieri

REPORTAGEM

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Torcedor precisa se preparar para ver futebol de uma nova maneira com SAFs

John Textor, dono da SAF Botafogo, em visita ao Nilton Santos -  Vitor Silva/Botafogo
John Textor, dono da SAF Botafogo, em visita ao Nilton Santos Imagem: Vitor Silva/Botafogo

Colunista do UOL

26/03/2022 04h00

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O início da era da Sociedade Anônima de Futebol vai exigir que o torcedor se acostume a mudar um pouco o olhar para o esporte nacional. Cada vez mais, o mundo dos negócios estará presente nos times que são comprados, especialmente no modo de agir e na paixão que ficará só nas arquibancadas.

Os primeiros exemplos estão na mesa: o Cruzeiro, com Ronaldo, o Botafogo, com John Textor, e agora o Vasco, que está em processo de formação de uma sociedade anônima com um grupo de investidores, a 777 partners.

Apesar de a primeira impressão ser que a grande diferença vai ser os aportes financeiros, há muitas outras mudanças no jeito de comandar as ações e mudar os rumos da istração do clube. É o que explica Eduardo Carlezzo, o especialista em direito desportivo empresarial.

"Cada investidor tem um perfil de atuação. Sendo esse investidor dono da maioria das ações, está legitimado a agir como entender para implementar o seu estilo de gestão. No caso do Cruzeiro, o Ronaldo tinha que deixar claro uma mensagem com relação a corte de gastos. No Botafogo, o John Textor teve uma decisão dura de romper com todos os patrocinadores. Cada um deles está liderando de acordo com seu histórico profissional e com as necessidades mais urgentes de cada clube", analisou Carlezzo.

No Botafogo, investidor e torcida vivem em lua de mel e os reforços para o início da nova "era gloriosa" já começam a aparecer. O clube de Textor já anunciou os primeiros jogadores com este perfil: o zagueiro Philipe Sampaio, o lateral Renzo Saravia e o meio-campista Lucas Piazon, todos eles com agens pelo futebol europeu. Patrick da Paula, joia do Palmeiras e bicampeão da Libertadores, também chega ao clube já compondo essa leva da nova identidade.

Para o CEO do alvinegro, Jorge Braga, o perfil do novo investidor têm repercutido muito bem entre os botafoguenses, principalmente agora que o projeto já começa a ficar bastante evidente: "É interessantíssimo ver essa química. Sem dúvida o torcedor abraçou o Textor e com um olhar muito carinhoso, de muita esperança. Acho que a muito pela personalidade dele de interagir, de desafiar, mostrar uma visão inovadora. O torcedor estava vivendo uma realidade dura há vários anos, muito apertada, e de repente surge uma possibilidade de fazer o Botafogo uma potência novamente da noite para dia. É contagiante", analisou.

Porém, Braga ressalta que essa relação tem que ser uma "via de mão dupla", cabendo também a qualquer investidor potencial de uma SAF entender que, mesmo sendo negócio, o futebol sempre envolverá emoção e paixão. "Se não houver química entre as partes, se não houver entendimento, nenhum negócio acontece. No Botafogo percebemos que essa sinergia aconteceu instantaneamente. O estilo de trabalho do Textor casou com os interesses do torcedor, então aqui (no Botafogo) isso não parece que vai ser um problema", ponderou.

Mas, nem sempre essas tomadas de decisões serão populares ou levarão em consideração a preferência do torcedor, como vem sendo no caso do Texto e o Botafogo.

No Cruzeiro SAF, por exemplo, Ronaldo foi da alegria do anúncio de sua chegada como investidor majoritário à sua primeira grande crise no clube em poucos dias. Ao não acertar a permanência do ídolo do torcedor, o goleiro Fábio, o seu projeto à frente do clube sofreu um duro golpe na confiança om o torcedor. Fenômeno foi à público dizer que a atitude se tratava meramente de uma questão istrativa para comportar a nova política econômica de sua gestão.

Outra "crise" na relação Cruzeiro/Ronaldo que a torcida celeste tem que lidar é o desvio de rota que precisou ser feito nas negociações para tentar deixar o negócio ainda de pé. Mais conhecedor da atual realidade do Cruzeiro e, consequentemente, mais cuidadoso, Fenômeno e sua equipe propam ao conselho deliberativo da Raposa reconsiderações no acordo alinhavado antes do início do processo de auditoria.

Os pedidos não foram muito bem aceitos por grande parte do conselho. Através de uma nota oficial, a mesa rotulou as novas solicitações como "lesivas e desproporcionais". A preocupação nos bastidores do clube gira em torno de um acordo que possa ser danoso ao Cruzeiro e benéfica a Ronaldo. Da euforia à apreensão, o torcedor celeste assiste de longe e aflito este embate.

Bruno Maia, executivo de inovação no esporte, avalia que o comportamento de cada investidor tem muito a ver com o momento que vive cada clube e o que eles pretendem ar de mensagem para o torcedor.

"O John Textor chega ao Botafogo sem nenhum vínculo com o torcedor, não havia história entre as partes. O Ronaldo não, ele já chega em uma posição de ídolo no clube. Isso o ajudou a tomar atitudes duras, como a saída do Fábio que, apesar das duras críticas, não inviabilizou a continuidade do projeto. Era importante o Ronaldo deixar bem claro a situação, ir lá embaixo para mostrar a verdadeira realidade. Essa foi e continua sendo uma mensagem necessária, é a realidade que ele quer mostrar ao torcedor".

"As ações do Textor são totalmente contrárias a essas (do Ronaldo). Elas precisavam levar em consideração que o John tem de se aproximar do botafoguense, ganhar a confiança, fazer um afago em uma torcida carente. Ele soube fazer isso muito bem, deu entrevistas dizendo que acompanha o sistema tático do treinador, colocou o Botafogo em uma placa de campo na Premier League (jogo entre Crystal Palace x Chelsea). Isso ajudou, nesse caso, a quebrar a visão de que ele chegaria como um investidor apenas para fazer dinheiro, criou uma outra expectativa e afastou as dúvidas da torcida".

Outra negociação que é cercada de euforia e otimismo por parte do torcedor é a entre o Vasco da Gama e 777 Partners. Essa relação viveu seu clímax neste último final de semana, quando os co-fundadores Josh Wander, Juan Arciniegas e Steve Pasko, vieram ao Brasil para conhecer a estrutura vascaína e estreitar os laços com o conselho deliberativo do clube e também com a torcida. Recebidos e "tietados" como verdadeiros craques em campo, os investidores norte-americanos deixaram a torcida vascaína com o gostinho de que um futuro brilhante está por chegar.

Vivendo em um "mar de rosas" ou em águas turbulentas, essa relação entre torcedores e investidores donos de clubes talvez seja o mais claro e evidente sintoma de que o futebol brasileiro vive dias de radicais transformações e adaptações para um futuro em que cada vez mais a bola será pauta em mesas de negócios e investimentos.

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