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Milly Lacombe

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

O Corinthians é um estado de espírito. Parabéns pelos 112 anos, meu Timão

Torcida do Corinthians lota a Neo Química Arena para o clássico contra o São Paulo - Marcello Zambrana/AGIF
Torcida do Corinthians lota a Neo Química Arena para o clássico contra o São Paulo Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Colunista do UOL

01/09/2022 10h41

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Queria começar esse texto derrubando um mito: não se nasce corintiana ou corintiano.

Eu sei disso porque não nasci e tenho certeza que minha paixão não é menos legítima.

Há mais de 50 anos Simone de Beauvoir escreveu sua hoje célebre frase "não se nasce mulher, torna-se mulher". Levamos muitas décadas para começar a depurar todas as dimensões de pensamentos que essas palavras contêm.

Eu peço licença a Simone para emprestar sua genialidade e falar do Corinthians.

Não se nasce corintiana; torna-se.

E eu me tornei.

Por amor a uma outra mulher que amava o Corinthians sobre todas as coisas dessa vida.

Uma pessoa com quem fui casada por cinco memoráveis anos, que me ensinou sobre os céus, os planetas, a Terra, os países, as notas musicais, o futebol.

Uma mulher que me ensinou a viver intensamente, a sorrir largamente, a dançar desmedidamente.

Com ela fui ao Pacaembu, à Bambonera, ao Morumbi, ao Maraca. Com ela entendi o jogo um pouco mais apaixonada e aprofundadamente.

Muito antes de sua morte, o Corinthians já estava correndo por meu sangue. Mas foi no dia em que ela foi embora, um 4 de novembro, exato um mês antes do Doutor Sócrates que ela tanto amou, que percebi que o Corinthians não é um time, é um estado de espírito.

O Corinthians é um ambiente emocional dentro do qual aprendemos a sofrer, a acreditar, a berrar, a cantar, abraçar, amar. Uma dimensão de sentimento que não entende o abandono, que não se apequena nas derrotas mais doídas, que preenche boa parte de nossos dias.

Um poropopó de sensações difíceis de serem explicadas.

Foi com ela que entendi que era perfeitamente possível sentir saudade de um time; numa tarde quente de janeiro, em volta da piscina, Roberta murmurou as seguintes palavras a ninguém especificamente enquanto tomava uma cerveja: "Que saudade do meu Timão".

Era assim que ela falava do Corinthians, com ênfase no "meu".

O Timão era dela. Ela sabia disso. Ela tinha certeza disso. Nada mais era "dela". Ela não ligava para posses. O que importava ter era aquele time.

Numa manhã de sábado, depois de contratar um carreto para levar uma enorme prateleira que ela queria doar a uma pessoa de baixa renda, Roberta me mandou uma mensagem de dentro da Kombi: "Não posso morrer nessa viagem", ela escreveu. "Morrer? Do que você está falando?", respondi apavorada. E ela, que estava no assento do ageiro enquanto o dono do carreto dirigia: "Tem um adesivo do Palmeiras do tamanho do mundo aqui no para-brisa. Se ele bater, o adesivo vai parar no meu peito. Não posso morrer com esse troço colado no peito. Se acontecer um acidente, vem logo tirar isso de mim. Antes de chorar, antes de qualquer coisa".

Não foi assim que ela morreu. Mas ela morreu.

Muito antes do que deveria ser aceitável para alguém tão genial, tão feliz, tão colorida, tão engraçada, tão empolgada com a vida.

Nesse dia, nesse 4 de novembro tão devastador, o Corinthians ou a ser o meu estado de espírito. Porque nesse dia eu entendi que tinha sido o dela desde sempre.

Hoje, quanto o Timão entra em campo, eu posso sentir Roberta por perto.

É assim que, por 90 minutos duas vezes por semana, a gente se reencontra.

Nesse espaço de amor e de entrega. Nesse lugar onde tudo é possível, de uma virada histórica ao contato com nossos mortos.

Parabéns, Corinthians. Parabéns, meu Timão.