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REPORTAGEM

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'O sistema quer um campeão australiano ou americano', diz ex-juiz da WSL

Colunista do UOL

31/05/2023 04h00

Ícaro Cavalheiro conhece como poucos os bastidores do surfe mundial. Esteve em todas as etapas do que hoje é a WSL entre 2000 e 2013 e, depois, por quase uma década, foi comentarista das transmissões oficiais. Hoje afastado da liga, o brasileiro tem usado seu canal no YouTube para denunciar como o "sistema" trabalha para acabar com a hegemonia da Brazilian Storm e devolver australianos e norte-americanos ao topo do mundo.

"O sistema quer promover um australiano ou americano campeão mundial, porque eles não am mais ter campeão mundial brasileiro. Isso é fato. E não é nem patrocinadores, não é nem o Erik Logan [CEO da WSL]. É o julgamento mesmo. É quem está sentado julgando", disse Cavalheiro, em entrevista por telefone ao Olhar Olímpico. Logan soltou nota ontem refutando todo tipo de acusação contra a liga.

O suposto beneficiamento a surfistas das três regiões mais tradicionais do surfe — EUA, Havaí e Austrália — em detrimento ao resto do mundo, especialmente os brasileiros, voltou à pauta no fim de semana, quando Gabriel Medina perdeu a bateria das quartas de final para o australiano Ethan Ewing e Ítalo Ferreira foi derrotado na final pelo norte-americano Griffin Colapinto, agora líder do ranking.

Ewing venceu tirando exatamente a nota 7,60 que precisava para empatar a bateria e avançar pelo critério de desempate. "A esquerda do Gabriel [Medina], que eles deram 8,67, era para no mínimo 9 pontos. No mínimo. A esquerda do Ethan, que deram 7,60, era para 6,5, no máximo 7, com muita boa vontade", avalia Cavalheiro, catarinense que hoje vive em Las Vegas.

A nota é formada pela média de cinco árbitros, descartando a maior e a menor nota. Naquela bateria, dois brasileiros, dois norte-americanos e um australiano faziam o julgamento das ondas. O time de juízes da WSL tem ainda mais um norte-americano e um basco, e os sete se revezam, sob as ordens de Pritamo Ahrendt, o head judge (árbitro principal) da WSL.

Cavalheiro aponta Ahrendt como o responsável pelos erros de avaliação. Ele primeiro cita uma questão técnica: "Parece que o head judge quer voltar ao critério de julgamento dos anos 1980, que contava a quantidade de manobras e a distância percorrida. Para evoluir tem que ter evolução e progressividade. Se não vai estagnar."

E, depois, cita o interesse do "sistema'. "Eles estão fabricando o Ethan campeão mesmo antes de desempenhar para ser campeão mundial. O head judge é australiano, sente a pressão de julgar e acaba ando para os juízes. Ele não chega diretamente e fala: 'Quero que seja 9 ou seja 7'. Mas a conversa de bastidor, a conversa no jantar à noite, a conversa antes, leva a julgar."

Cavalheiro, que pediu demissão de todas as funções que exercia na WSL no ano ado, relata que árbitros que trabalhavam bem foram demitidos nos últimos anos. Segundo ele, a WSL avalia os juízes a partir de quanto eles se aproximam da média dos demais. Usando a última onda de Ethan Ewing contra Medina como exemplo: se um juiz tivesse dado a nota 6,5, estaria mais propenso a ser demitido futuramente, já que os árbitros variaram de 7,0 a 7,8.

"Se eu for dar a nota sem pensar em nacionalidade e nome, provavelmente vou estar fora da média. O cara fora da média é cortado. Então os caras que estão ali estão para dar a nota que agrada ao head judge", ataca. "Se você não dança o jogo que eles querem, você é mandado embora. Eu vivi isso por 20 anos. Quando o juiz tem medo, ele pesa a caneta".

Procurada por intermédio do seu escritório no Brasil, a WSL não respondeu aos questionamentos sobre as declarações de Cavalheiro, que foram compartilhadas com a assessoria de imprensa. Caso a entidade decida se manifestar, este texto será atualizado. Em nota, ontem, o CEO da liga defendeu a empresa. "Rejeitamos completamente a sugestão de que o julgamento de nossas competições seja de alguma forma injusto ou preconceituoso. Essas alegações não são apoiadas por nenhuma evidência", escreveu.

O que está sendo criticado?

Os critérios de avaliação da WSL, de forma geral, se resumem a 20 palavras. São cinco critérios: "compromisso e grau de dificuldade; manobras inovadoras e progressivas; combinação de grandes manobras; variedade de manobras; velocidade, potência e flow". Depois, o regulamento cita cinco graduações de notas: pobre (0 a 1,9), suficiente (2 a 3,9), bom (4 a 5,9), muito bom (6 a 7,9) e excelente (8 a 10).

Antes de cada etapa, os critérios de julgamento para aquela competição são apresentados em forma de texto aos surfistas. No Surf Ranch, a escala de prioridade para uma manobra era: "variedade, criatividade, sessões mais íngremes". Para os tubos: "profundidade, comprimento, entrada e técnica". E, os pontos de diferenciação citados eram: "Combinações, progressões, inovação e abordagem".

No Instagram, Gabriel Medina, que é elogiado por sua variedade de manobras e criatividade nas ondas, reclamou que esses critérios não estão sendo considerados pelos árbitros. "Está claro que a avaliação dos juízes está agora recompensando um surfe muito simples, transições incompletas. PROGRESSÃO e VARIEDADE estão sendo completamente retiradas da equação. Isso é muito frustrante e ameaça o crescimento do esporte", ele escreveu.

Ìtalo Ferreira, Filipe Toledo e outros surfistas, que vinham aguentando calados o que entendem ser uma perseguição, aproveitaram e foram às redes sociais reclamar. Receberam o apoio de diversos gringos, como o australiano Julian Wilson. "A WSL perdeu o respeito dos surfistas e você [Erik Logan] perdeu seu produto", comentou no Instagram.

Para Cavalheiro, o problema vai muito além do Surf Ranch. "Quando está apertado, o head judge nunca vai para o lado do brasileiro ou do europeu. Para mim, ali tem má-fé, falta de boa vontade para o surfe brasileiro. Eles encontram um monte de defeitos para pontuar uma onda excelente brasileira. Arrumam méritos para uma onda e defeitos para outra. O brasileiro tem que surfar de 1,5 a 2 pontos para dar empate."

O ex-árbitro da WSL cita a eliminação de João Chianca no corte do meio da temporada ada, como exemplo. Neste ano, na mesma fase do campeonato, Chumbinho era o líder. "De todos os surfistas, ele foi o melhor da primeira fase da temporada. Mas tiraram ele no meio da temporada, no corte, por erros grotescos."