Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Eliminação do Brasil tem Marta 'subaproveitada' e pouca criatividade
A seleção feminina de futebol está eliminada das Olimpíadas de Tóquio. O desempenho não foi bom. A técnica Pia Sundhage mais uma vez escalou Marta em uma função que não tira dela tudo o que pode oferecer, e a equipe não teve uma produção ofensiva regular. Se organizar melhor para superar ''pressões altas'' das oponentes também foi um problema na competição. A derrota nos pênaltis para o Canadá tira a chance de conquistar uma medalha olímpica, algo que não acontece desde 2008.
Os primeiros 30 minutos foram complicados para o Brasil. O Canadá conseguia pressionar a bola com intensidade e organização no campo de ataque, e a Seleção não se mexia devidamente para gerar as linhas de e, ter aproximação, e sair de trás com a bola de pé em pé. Acabava errando muitos es e apostando em ligações diretas forçadas, sem efeito, de maneira imprecisa. Quando recuperavam a posse, as canadenses rodavam com desenvoltura no ataque e chegaram e ter três boas ações ofensivas, levaram perigo. Sinclair e Fleming ocupavam o espaço entre a defesa e o meio do Brasil, e deixavam os ataques à profundidade para Beckie e Prince.
Na sequência o ímpeto das adversárias arrefeceu um pouco e o Brasil conseguiu se estabelecer mais no campo de ataque. Pareceu se tranquilizar e começar a encontrar o seu jogo. Andressinha e Formiga apareceram naturalmente, assim como Marta saindo da esquerda pra dentro e abrindo o corredor para Tamires. Debinha e Bia Zanerato aram a receber mais bolas e o time cresceu. O cenário possibilitou subidas nas linhas de marcação e alguns erros canadenses foram forçados. Debinha teve uma grande chance, mas desperdiçou.
No 2º tempo o jogo seguiu mais equilibrado. O Canadá não conseguia encaixar tantas pressões quanto no início da partida e o Brasil se mostrava mais preparado quando isso acontecia. O desempenho da última linha de defesa da Seleção merece destaque. Sempre bem compacta e reagindo rápido aos es em profundidade tentados pelas canadenses. Rafaella e Érika estiveram impecáveis. Tamires e Bruna Benites seguras! O time adversário também foi corretissimo neste conceito.
A entrada de Ludmila no lugar de Bia Zanerato, aos 12 minutos, deu mais velocidade e potencial de ataque à profundidade. Como o Canadá buscava se instalar no campo de ataque e o Brasil neutralizava bem, havia espaço para esse tipo de jogada. A camisa 12 chegou a ser acionada assim, mas faltava precisão e acerto nas tomadas de decisão, último e ou finalização, não só por parte dela, mas das demais atletas. Tamires destoou neste sentido. Foi bem contundente nos apoios pela esquerda. Atuação extremamente regular.
O Canadá também errava demais na parte ofensiva. Até conseguiu manter a bola mais tempo perto da área brasileira, mas se precipitava na entrada do ''terço final'' do campo, formando um jogo de constantes erros e pouca criatividade. Marta, jogadora com maior capacidade de articulação em campo, esteve abaixo do que pode. Precisou cumprir uma função defensiva que a desgastou e afastou da região do campo onde acrescenta mais. O cenário não mudou nos 30 minutos de prorrogação. Mais desgastados, os times foram ainda menos contundentes, mas o Brasil chegou perto de marcar no fim. Pareceu mais inteiro fisicamente.
Nas penalidades a goleira Bárbara pegou a primeira cobrança das canadenses, da artilheira Sinclair. Marta, Debinha e Érika marcaram na sequência, mas Andressa Alves e Rafaella pararam na boa goleira Labbe.
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