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Vinte e Dois

ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Como o Philadelphia 76ers conseguiu segurar Trae Young e empatar a série

Trae Young, do Atlanta Hawks, sob a marcação de Ben Simmons, do Philadelphia 76ers, em jogo dos playoffs da NBA - Bill Streicher/USA TODAY Sports
Trae Young, do Atlanta Hawks, sob a marcação de Ben Simmons, do Philadelphia 76ers, em jogo dos playoffs da NBA Imagem: Bill Streicher/USA TODAY Sports

Vitor Camargo

Colunista do UOL

11/06/2021 04h00

Nos seis primeiros jogos dessa pós-temporada, Trae Young esteve completamente imparável. Entre a série tranquila contra os Knicks e o primeiro jogo contra os Sixers, o armador de Atlanta teve médias de 30 pontos e 10 assistências por jogo, arremessando 45 FG%, 35 3PT% e 93 FT%, e colecionando jogadas espetaculares —começando com seu game winner em pleno Madison Square Garden.

Trae começou os trabalhos destruindo completamente os Knicks e sua tão celebrada defesa na primeira rodada. Os Knicks tentaram defender Young recuando o pivô no pick-and-roll para o garrafão a fim de tirar os arremessos fáceis perto do aro, cedendo a meia distância, e Young destruiu a defesa de NY com floaters e arremessos médios, e aproveitou o espaço que se abria com o recuo para encontrar os lugares da quadra que mais gostava, forçar ajuda e dissecar os Knicks com seus es. NY não teve nenhuma resposta para a atuação de gala do armador.

Então vieram os Sixers, e como eu comentei na prévia da série, Philly é um time que joga muito parecido com os Knicks na defesa, recuando Embiid para o aro e pressionando o armador por trás. Seria interessante ver se a maior qualidade individual dos defensores dos Sixers faria a diferença, ou se Trae ia continuar destruindo com seu jogo de meia distância.

No primeiro jogo da série, pareceu que esse último seria o caso. Trae terminou o jogo com 35 pontos e 10 assistências enquanto o Atlanta Hawks vencia a partida e roubava mando de quadra. Ficou claro, então, que o Sixers ainda não tinha encontrado uma forma de conter o armador de Atlanta, e que precisaria ser uma prioridade para o resto da série. No Jogo 2, no entanto, aconteceu o oposto: os Sixers forçaram Young ao seu pior jogo nessa pós-temporada, com 21 pontos e 11 assistências, mas 4 turnovers e 6-17 nos arremessos. Em nenhum momento Trae conseguiu se impor ou encontrar um ritmo, e o Sixers igualou a série.

Então a pergunta que fica é: o que mudou para os Sixers entre o Jogo 1 e o Jogo 2? O que fizeram de diferente para desacelerar o jogador mais quente da pós-temporada até então?

A resposta começa com quem o Sixers deixou encarregado de marcar Trae. No Jogo 1, ele foi marcado por Danny Green em 55% das suas posses de bola. Era uma decisão que, no papel, fazia sentido porque permitia ao resto do time se encaixar: Green é um sólido defensor, com o tamanho e alcance para incomodar Trae, e desse modo Seth Curry pode ficar em Bogdanovic, que é um mismatch menor em termos de tamanho. Foi a estratégia que os Sixers acreditavam que seria a mais segura, expondo o time aos menores riscos ao longo da rotação.

O problema é que, a essa altura da sua carreira, Green simplesmente não consegue mais ficar na frente de Trae Young. Mesmo com Embiid fazendo um bom trabalho contendo o aro, mesmo com Green sendo mais agressivo e forçando Trae a manter seu motor funcionando por mais tempo a cada posse de bola, o armador de Atlanta ainda conseguia abrir o espaço que precisava entre Green e Embiid com sua agilidade e controle de bola, e dominar a meia distância com arremessos, floaters e es espetaculares. Na tentativa de manter o equilíbrio no resto do time, Philadelphia se expôs à peça mais letal da engrenagem do ótimo ataque dos Hawks.

No Jogo 2, no entanto, Doc Rivers parece ter lembrado que o segundo colocado na votação para DPOY joga no seu time, e finalmente fez o que deveria ter feito desde o começo: colocou Ben Simmons em cima de Trae como seu defensor primário. 45% das posses do armador vieram com o australiano na sua cola, e outras 29% vieram contra Matisse Thybulle —o que faz sentido, já que esses são os dois melhores defensores de perímetro da equipe. Depois de ar 55% das posses defendendo Young no Jogo 1, Danny Green recebeu essa tarefa apenas 4% no Jogo 2.

Como esperado, colocar um dos melhores defensores da NBA em Trae ajudou bastante. Simmons é físico demais, grande demais, e consegue tanto lutar para contornar o corta-luz como para contestar os chutes por trás. Coloque Embiid ainda do outro lado, e de repente Young tinha muito menos lugar para onde correr do que antes sem ficar preso. Essa maior (e mais eficiente) agressividade afetou bastante o ritmo do armador, forçando Trae a acelerar demais o jogo sem ter tempo para fazer a leitura cirúrgica que vinha fazendo antes e precisando tomar decisões mais rápidas —e menos eficientes.

Diminuir o tempo de Trae para ler e reagir à defesa também permitiu aos Sixers ficar mais criativo com suas variações defensivas, e misturar mais as coberturas a fim de confundir e atrapalhar ainda mais o pick-and-roll. Os Knicks também tentaram variações, é claro, mas Trae foi perfeito lendo, reagindo e tomando as decisões certas contra cada uma delas. Com essa maior pressão, a margem para erros diminuiu, e a defesa dos Sixers soube tirar proveito. Veja na jogada abaixo como Embiid, ao invés de recuar para o garrafão no pick-and-roll, ataca Trae no nível do corta-luz —e como isso força um e prematuro que acaba em um turnover.

Uma das soluções que o Hawks encontrou para isso foi chamar o corta-luz mais alto em quadra, a fim de obrigar o pivô a percorrer maior distância na defesa e aumentar o espaço que Trae teria para driblar e arremessar. No terceiro quarto, em particular, o Hawks executou essa jogada entre Trae e John Collins para conseguir duas cestas fáceis em sequência. Na posse de bola seguinte, o Sixers já tinha resposta: Matisse Thybulle defendendo Trae e Simmons em John Collins, de modo que quando os dois começavam um pick-and-roll tudo que Philly precisava fazer era trocar a marcação para manter um defensor de elite em Trae e impedir espaços de se abrirem. É o tipo de opção que apareceu para os Sixers quando decidiram focar seus principais defensores —independente de encaixe e posição— para desacelerar Trae, e forçar o resto dos jogadores do Hawks a decidirem a partida. Seth Curry marcando Solomon Hill é um mismatch? Sem dúvida, mas Philly vai ficar deliciado caso Atlanta decida concentrar seu ataque nas mãos de Hill por longas sequências.

Outra coisa que Philly fez muito bem foi atacar Trae Young do lado defensivo da quadra —não apenas como forma de explorar um péssimo defensor para conseguir bons arremessos, mas também para obrigar o armador a gastar mais energia durante o jogo. Mesmo com Trae se escondendo em Green, Philadelphia conseguiu colocar Trae em movimentações para obrigar ele a se envolver na jogada:

E também tiveram muito sucesso colocando as jogadas de isolação de Joel Embiid em uma situação onde Trae estava na posição da ajuda primária contra o pivô, forçando ele a tomar decisões difíceis e ficar preso no meio termo —abrindo uma chuva de oportunidades para os Sixers tanto dentro como fora do garrafão.

Ainda assim, existe uma área na qual os Sixers ainda não tem nenhuma resposta para Trae, que é em transição. Quando Philly consegue posicionar sua defesa, a equipe mostrou que é capaz de atacar Trae e os Hawks com bastante eficiência agora que Simmons e Thybulle estão sendo mais envolvidos. Mas, quando os Sixers erram um arremesso e os Hawks aceleram o ritmo após o rebote defensivo para pegar a defesa desmontada, Trae continua conseguindo os espaços que quer e se colocando na posição de dita os termos do jogo —e o Sixers simplesmente não tem resposta. Não apenas porque a defesa ainda está em movimento, mas como Trae está na maior parte do tempo escondido em Curry ou Green na defesa, esse é o jogador que acaba defendendo Trae em transição— e nós já vimos que Trae vai simplesmente engolir vivo esse matchup.

Mas eu imagino que seja um risco que Philly está disposto a correr, especialmente considerando que Atlanta ainda não tem resposta para Joel Embiid, e posses de bola que acabam em cesta tornam muito mais difícil para os Hawks saírem em velocidade dessa maneira. Limpar os turnovers também foi outro ajuste crucial para os Sixers, que, depois de cometerem 19 desperdícios de bola no Jogo 1, perderam a laranja apenas sete vezes no Jogo 2. Se os ataques de Philly terminarem em cestas e faltas, ao invés de erros e turnovers, fica muito difícil para Atlanta acelerar o jogo e impor o seu ritmo —o que é exatamente o que a ótima defesa de meia-quadra dos Sixers precisa para manter o jogo sob controle.

Os Hawks fizeram o que precisavam em Philadelphia para roubar o mando de quadra, mas agora precisam fazer a lição de casa com a série indo para Atlanta, e voltar a embalar Trae Young vai ser o principal foco da comissão técnica dos Hawks para o Jogo 3.