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Vitor Guedes

Vitor Guedes

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OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Vítor 0% Pereira não sabe o que é um Palmeiras e Corinthians

Paulinho, que jogou porque Renato Augusto foi absurdamente poupado por Vítor Pereira, teve mais uma fraquíssima atuação - SAULO DIAS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Paulinho, que jogou porque Renato Augusto foi absurdamente poupado por Vítor Pereira, teve mais uma fraquíssima atuação Imagem: SAULO DIAS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
só para s
Vitor Guedes

Colunista do UOL

23/04/2022 20h56

O técnico português Vítor 0% Pereira, que perdeu o seu quarto clássico em quatro disputados (como Sylvinho perdeu do Santos, foi a quinta derrota em cinco clássicos na temporada), não sabe o que significa um Palmeiras x Corinthians.

Ou, se sabe, acha que Fágner, Renato Augusto e Willian são reservas... Ninguém é capaz de entender tão pouco de bola!

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Se o treinador português não sabe ou, se sabe, não está nem aí, alguém no clube deveria ter coragem de dizer o óbvio para o treinador para que o time não perdesse mais um clássico.

O silêncio corinthiano nas redes, anunciado previamente como parte da campanha do clube contra o ódio no futebol, veio bem a calhar para ninguém dar explicações pelas escolhas estapafúrdias! E, justiça seja dita, não há motivos para acreditar que, em caso de vitória alvinegra (que nunca foi uma possibilidade real com a escalação esdrúxula), o Corinthians mudaria o divulgado e promoveria publicações em suas redes e permitiria que seu treinador e os seus jogadores dessem explicações aos seus torcedores.

É óbvio que nenhum ser humano decente é favorável ao ódio, à ameaça, à intimidação. Como é óbvio que ninguém que entende de futebol e de Corinthians acha aceitável a escalação usada em Barueri e o fato de não tratar o Derby com a máxima prioridade, ainda mais depois de poupar tudo, menos a paciência da Fiel, no ridículo empate com a Portuguesa-RJ.

Sem Fagner, Renato Augusto e Willian, titulares incontestes, preservados para o confronto decisivo de terça, contra o Boca Juniors, pela Libertadores, e também sem Cássio (que chegou a fazer o aquecimento e aparecia na escalação original, mas barrado de última hora), Vítor Pereira armou uma formação incapaz de fazer cócegas no bicampeão da América. Nem São Jorge poderia dar jeito!

A suposta "explicação" para a não escalação de Cássio, trazida pelo repórter na transmissão do Premiére, é a de que Cássio mostrou sintomas de gripe no aquecimento. Pergunto: alguém "gripa" aquecendo? Em silêncio, o Corinthians não deu maiores explicações para confirmar ou negar a informação.

VP não deve nunca ter visto o filme "Boleiros" nem conhece a antológica cena protagonizada por Lima Duarte e Marisa Orth, Abel Ferreira sabe bem. Gustavo Gómez e Rony, idem. E em lances idênticos, após cobranças de escanteio, subiram mais que a "defesa" corinthiana e abriram 2 a 0. Em 19 minutos, o Derby estava decidido, enquanto VP assistia, ao seu lado, no banco, seus principais jogadores descansarem!

Com 2 a 0 contra, VP voltou para o segundo tempo. E tirou Maycon! Não é piada! Embora a torcida que canta e vibra morreu de rir!

Com a derrota já consolidada, VP desistiu parcialmente do descanso de Willian. Mas Paulinho, que não jogou nada, continuou em campo. O 3 a 0, assinado por Dudu, ficou barato. Foi um vareio do Palmeiras titular (que tinha jogado completo também na quarta-feira) contra a descansada formação mista corinthiana.

VP não é o único culpado! Ele não é dono do clube. Diretoria de futebol, que compactuou com essa aberração, é cúmplice! A verdade é que o Corinthians deu muito menos trabalho ao Palmeiras do que teve com o Avaí!

O Palmeiras, que venceu a primeira, está vivo no Brasileiro. E o Corinthians, descansadíssimo, entra mais pressionado do que nunca contra o Boca Juniors!

PS: Parabéns, Corinthians de VP, pelo vareio na supimpa posse de bola: Timão 56% x 44% Verdão. Uhu!

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL! É nóis no UOL!

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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