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Marcel Rizzo

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo o a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Comitê da Fifa diz que Brasil e Argentina mancharam a reputação do futebol

Equipe da Anvisa interrompe partida entre Brasil e Argentina na Neo Química Arena (Reprodução/TV Globo) - Reprodução / Internet
Equipe da Anvisa interrompe partida entre Brasil e Argentina na Neo Química Arena (Reprodução/TV Globo) Imagem: Reprodução / Internet

Colunista do UOL

10/06/2022 04h00

Na decisão em que condenou CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e AFA (Associação de Futebol da Argentina) ao pagamento de multas e a remarcação do jogo pelas Eliminatórias, suspenso em 5 de setembro de 2021, o Comitê Disciplinar da Fifa disse que as duas associações, "por meio de suas respectivas condutas, que acabou causando o abandono da partida, mancharam a reputação da Fifa e do futebol".

A íntegra do documento, de 9 de fevereiro, trata o ocorrido, quando oficiais da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) entraram no gramado da Neo Química Arena, em São Paulo, para notificar quatro jogadores da Argentina que não cumpriram os protocolos sanitários das pandemia para entrar no Brasil, como cenas "caóticas e infelizes".

"O incidente foi transmitido para milhões de telespectadores via televisão e, assim, mancharam as competições [da Fifa] e o futebol. Tais incidentes são totalmente intoleráveis e deploráveis e merecem uma sanção severa para evitar que tais eventos se repitam", escreveram os três membros do Comitê que tomaram a decisão — Anin Yeboah (Gana), Thomas Hollerer (Áustria) e Yasser Al-Misehal (Arábia Saudita).

Além de remarcar a partida, que deverá ocorrer em 22 de setembro e ainda sem local definido, o Comitê entendeu que a CBF não cumpriu seu papel de organizar a partida, como mandante, com segurança e multou a confederação em 500 mil francos suíços (R$ 2,5 milhões). A AFA, segundo o Comitê, descumpriu protocolos sanitários e foi multada em 200 mil francos suíços (R$ 1 milhão). Ambos receberam outra multa, de 50 mil francos suíços (R$ 250 mil) cada, pelo abandono do jogo. Os jogadores argentinos Lo Celso, Buendía, Martinez e Romero foram suspensos por duas partidas.

CBF e AFA recorreram e o Comitê de Apelação da Fifa diminuiu, em maio, o valor das multas maiores para 250 mil francos suíços (R$ 1,25 milhão) para os brasileiros e 100 mil francos suíços (R$ 500 mil) para os argentinos. A remarcação do jogo e as multas menores foram mantidas. As duas entidades podem recorrer à terceira e última instância, o Tribunal Arbitral do Esporte, que como a Fifa fica na Suíça.

A confusão

Lo Celso, Buendia, Martinez e Romero jogavam na Inglaterra e pelas regras sanitárias de combate à covid-19 do Brasil, à época, precisariam cumprir quarentena ao desembarcar, porque estavam em Londres até 14 dias antes da chegada ao país. Nos documentos que apresentaram na imigração, os atletas não colocaram essa informação, o que foi entendido pelas autoridades brasileiras com tentativa de burlar as regras. A AFA diz que houve um pequeno erro, uma omissão involuntária dessas informações.

Após dois dias de negociações e tentativa de o governo dar uma isenção de permanência no país aos atletas, eles foram para a Neo Química Arena e os funcionários da Anvisa entraram em campo, com cinco minutos de jogo rolando, para notificá-los de que precisariam deixar o país.

No relatório do delegado do confronto, que a o Comitê usou para auxiliar na decisão, está escrito que foi ele quem decidiu tirar as delegações de campo para evitar briga e, depois de meia hora e sem entendimento com as autoridades, suspender definitivamente a partida.

O documento também traz os argumentos de defesa de cada uma das confederações:

CBF
- avisou AFA e Conmebol nos prazos adequados sobre as regras sanitárias para entrada no Brasil;
- não tinha como impedir a entrada das autoridades da Anvisa em campo, já que são órgãos de fiscalização com autonomia;
- culpa a AFA por não seguir as orientações da agência sanitária e por não concordar em continuar a partida;

AFA
- que seguiu as normas de bolha sanitária definidas por Fifa e Conmebol, vigentes em torneios internacionais. E que a presença na delegação dos jogadores citados no Reino Unido 14 dias antes da entrada no Brasil era pública;
- que não sabia que precisaria solicitar a isenção para esses jogadores e que fez isso após reunião, com garantia do governo brasileiro que seria dada e que não foram avisados a tempo que havia sido negado. Que só 15h40, 20 minutos antes do jogo, foi enviado um e-mail a respeito;
- que houve uma omissão involuntária, pequeno erro, no preenchimento dos documentos dos atletas;
- que havia acordo com a Anvisa de que os jogadores seriam notificados somente no intervalo (mesma versão do delegado do jogo).

Na decisão, o Comitê decidiu pela remarcação da partida, mesmo com as Eliminatórias já finalizadas e com Brasil e Argentina já classificados para a Copa do Mundo do Qatar, porque pelo Código de Disciplina só há dois tipos de punição por abandono de campo de jogo: dar o W.O. (vitória por 3 a 0) a um dos times ou a remarcação do confronto.

Como no entendimento do Comitê não houve um culpado principal pelo ocorrido, ou seja, CBF e AFA dividiram responsabilidades, a remarcação era a única decisão possível.