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Como prêmio de melhor jogador do mundo quase 'matou' carreira de Modric
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Aos 37 anos e disputando a quarta Copa do Mundo da sua carreira, Luka Modric ainda carrega o sonho de levar a Croácia ao primeiro título da sua história, e justamente o do torneio de futebol mais importante de todos.
Mas, ainda que deseje com todas as forças subir ao pódio ao lado dos seus companheiros, o principal nome da adversária do Brasil nas quartas de final do Qatar-2022, hoje, a partir das 12h (de Brasília), já não quer mais saber dos louros individuais da vitória.
É que ser eleito o melhor jogador do mundo, quatro anos atrás, quando bateu na trave e colocou os croatas em um também jamais antes conquistado vice-campeonato mundial, custou muito caro ao camisa 10 do Real Madrid.
Modric foi o primeiro atleta a ganhar o The Best (Fifa) e a Bola de Ouro (revista Football), os dois principais prêmios concedidos ao craque máximo da temporada, depois de uma década inteiro de domínio da dupla Cristiano Ronaldo/Lionel Messi.
A óbvia comparação com os antecessores, simplesmente as duas maiores lendas do futebol no começo do século 21, fez boa parte da comunidade internacional contestar a vitória de Modric e considerar que o troféu estava indo para as mãos de "um qualquer".
Talvez pressionado pelos questionamentos acerca do verdadeiro tamanho do seu futebol, o croata viveu na temporada 2018/19, disputada logo depois da Copa da Rússia, um dos piores momentos técnicos da sua carreira.
Especialmente durante a primeira metade da temporada, Modric praticamente parou de fazer gols e dar assistências, chegou a frequentar o banco de reservas do Real (em duas partidas da fase de grupos da Liga dos Campeões, nem foi utilizado no segundo tempo) e até ensaiou uma possível transferência para a Inter de Milão.
Por causa da idade elevada, parecia que o croata já estava mesmo entrando na fase decrescente da sua carreira e que nunca mais voltaria a ser o mesmo. Só parecia.
Não demorou muito para o meia reencontrar seu melhor futebol e se transformar em um dos pilares do processo de reconstruções pelo qual o Real ou depois da saída de Cristiano Ronaldo.
Na temporada ada, quando o clube espanhol voltou a ganhar a Champions, a primeira após o adeus do astro português, Modric já era novamente o "cara" do seu setor.
Na seleção, o camisa 10 vem fazendo um Mundial mais discreto do que na Rússia-2018. Mas isso tem muito a ver com a forma de jogar da seleção croata, que tem priorizado a defesa, ficado menos com a bola no pé e explorado pouco a criatividade do jogador.
Mesmo assim, Modric e sua equipe estão novamente entre as oito melhores do planeta. E, se arem por cima do favoritismo do Brasil, ficarão a só duas partidas de tornar realidade o sonho que escapou por pouco há quatro anos.
A Copa do Qatar é a primeira disputada no Oriente Médio e teve a participação de sete das oito seleções que já levantaram a taça. Pela segunda edição consecutiva, a tetracampeã Itália não conseguiu a classificação e é baixa -Alemanha, Uruguai e Espanha já foram eliminadas.
O torneio está sendo disputado no fim do ano, e não no seu período habitual (meses de junho e julho), por causa do calor que faz no país sede durante o auge do verão no Hemisfério Norte.
Essa é a última edição da competição da Fifa com o formato que vem sendo utilizado há 24 anos, desde a França-1998. A partir do Mundial seguinte, organizado por Estados Unidos, Canadá e México, serão 48 participantes na disputa pelo título.
Copa do Mundo - quartas de final
Hoje, às 12h - Croácia x Brasil, Cidade da Educação, em Al-Rayyan
Hoje, às 16h - Holanda x Argentina, Nacional, em Lusail
10/12, às 12h - Marrocos x Portugal, Al-Thumama, em Doha
10/12, às 16h - Inglaterra x França, Al-Bayt, em Al-Khor
O UOL News Copa desta traz detalhes sobre Brasil x Croácia, a escalação da Seleção, a atuação de Ronaldo Fenômeno nos bastidores, Argentina x Holanda e mais! Confira:
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