Após fiasco no Fla, Paulo Sousa faz nanico da Itália virar 'time imbatível'

Dez meses depois do rompimento nada amigável do seu casamento com o Flamengo, o técnico português Paulo Sousa já superou o velho companheiro e pode até dizer que está melhor sem ele.

Enquanto a equipe rubro-negra já se deu mal em quatro competições em 2023 (Carioca, Mundial de Clubes, Recopa Sul-Americana e Supercopa do Brasil, todas com resultados aquém do esperado por seus torcedores) e está prestes a trocar mais uma vez de comando, seu antigo treinador transformou a modesta Salernitana em uma das equipes mais difíceis de ser batida na Itália.

Já são seis jogos consecutivos sem perder. A última derrota foi para a Lazio, no dia 19 de fevereiro, justamente na estreia do ex-comandante do Flamengo. Dos 20 clubes da primeira divisão do Calcio, somente a Fiorentina ostenta atualmente uma invencibilidade maior.

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E, engana-se quem pensa que a Salernitana só enfrentou outros times pequenos ao longo desses quase dois meses sem sair zerada de campo. No mês ado, os comandados de Paulo Sousa empataram por 1 a 1 com o Milan, atual campeão e um dos oito clubes ainda vivos nesta temporada da Champions. No último fim de semana, repetiram o placar contra a igualmente poderosa e tradicional Inter de Milão.

Ainda que cinco dessas seis partidas da série invicta tenham terminado empatadas, o técnico português tem conseguido cumprir com louros o único objetivo para o qual foi contratado: manter seu time na primeira divisão.

Desde a chegada de Paulo Sousa, a Salernitana aumentou de quatro para sete pontos a diferença que a separa da zona de rebaixamento. Ou seja, praticamente dobrou sua vantagem em relação às equipes que jogarão a Série B em 2023/24.

No momento, o time comandado pelo ex-Flamengo ocupa a 15ª colocação na Série A, com 29 pontos. O Hellas Verona, 18º, que abre o grupo do descenso, tem 22. Entre eles, ainda aparecem Lecce (27) e Spezia (26).

A Salernitana é o primeiro trabalho de Paulo Sousa desde sua agem pouco exitosa pelo Brasil. No começo do ano ado, o português trocou a possibilidade de comandar a seleção polonesa na Copa do Qatar-2022 pela missão de trabalhar no clube mais rico do país pentacampeão mundial.

Só que a parceria entre o treinador e o Fla não deu nada certo. O luso apostou nos jogadores mais jovens e tentou criar um processo de renovação do time rubro-negro. Mas foi boicotado pelos atletas mais experientes, acumulou decepções e foi demitido após seis meses.

Com Paulo Sousa, a equipe da Gávea não conseguiu nenhum título no primeiro semestre de 2022 e teve uma largada decepcionante no Campeonato Brasileiro. Quando foi dispensado, ocupava somente a 14ª posição na Série A e, mesmo com só dez rodadas disputadas, já estava sete pontos atrás do líder e futuro campeão, Palmeiras.

Tomado pela crise depois da goleada por 4 a 1 aplicada pelo arquirrival Fluminense na final do Estadual do Rio, o Flamengo tem agora uma semana de estreias pela frente.

Na quinta-feira, a equipe rubro-negra irá ao Paraná para enfrentar o Maringá, em seu primeiro compromisso pela Copa do Brasil, competição da qual é o atual campeão. No domingo, terá pela frente outro adversário do mesmo estado, o Coritiba, no Maracanã, pela rodada de abertura do Brasileiro.

Já Paulo Sousa terá dias bem menos agitados pela frente do que aqueles que aguardam seu antigo time. Sua Salernitana, em completo clima de paz, só irá a campo novamente no domingo, contra o Torino.