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Romário ganhou vaga na seleção na "marra" para ser o herói do Tetra

Romário dribla o goleiro para marcar o segundo gol da seleção brasileira na vitória por 2 a 0 sobre o Uruguai - Pisco Del Gaiso/Folhapress
Romário dribla o goleiro para marcar o segundo gol da seleção brasileira na vitória por 2 a 0 sobre o Uruguai Imagem: Pisco Del Gaiso/Folhapress

Diego Salgado, Gabriel Carneiro e Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

16/07/2019 04h00

A pressão era imensa em meados de setembro de 1993. A seleção brasileira via-se diante de uma possível queda nas Eliminatórias da Copa de 1994. A situação fez o técnico Carlos Alberto Parreira ceder à pressão e convocar Romário, que, por mais que negasse o status de salvador da pátria, fez jus à alcunha.

Segundo muitos dos seus ex-companheiros, Romário teve contra o Uruguai uma das maiores atuações individuais de um atacante de seleção (e, segundo ele mesmo, a melhor atuação de sua carreira, como ele falou ao Esporte Espetacular do último domingo). Em campo, driblou, encantou e marcou os dois gols que levaram o Brasil ao Mundial dos Estados Unidos. Na quarta-feira (17), o título da equipe brasileira completa 25 anos, celebrando, também, o brilho do craque.

Romário, porém, ficou muito perto de ser preterido por Parreira. A causa foi um desentendimento entre ambos em dezembro de 1992. Antes de um amistoso contra a Alemanha em Porto Alegre, Romário cobrou uma vaga no time titular, que tinha Bebeto e Careca no comando do ataque.

"A gente nunca brigou, nunca houve um problema com o Romário, mas teve a situação desse jogo. Ficou um clima difícil a gente convocar o Romário naquele momento", explicou Parreira em entrevista ao UOL Esporte.

Na geladeira por nove meses

Nos meses seguintes, o atacante, que saíra do PSV rumo ao Barcelona, foi deixado na geladeira pelo técnico da seleção. Até o início das Eliminatórias, o time brasileiro disputou três amistosos, a Copa América e um torneio nos Estados Unidos, sem grandes resultados.

Romário - Pisco del Gaiso/Folhapress - Pisco del Gaiso/Folhapress
Romário fez os dois gols do Brasil no jogo que garantiu a vaga do time na Copa do Mundo de 1994
Imagem: Pisco del Gaiso/Folhapress

A pressão sobre Parreira aumentou nas Eliminatórias, especialmente após o primeiro turno, incluindo a derrota por 2 a 0 para a Bolívia em La Paz, a primeira da história da seleção no torneio qualificatório. Um pedido de Careca, porém, ajudaria no retorno de Romário à seleção. O atacante do Napoli solicitara dispensa do grupo ao alegar "falta de espírito de seleção" atrelada a uma má fase técnica. Ele tinha 32 anos.

Estava aberto o caminho para Romário. Parreira, no entanto, ainda não daria o braço a torcer. "Em todos os outros jogos, me perguntavam se o Romário iria voltar. E eu respondia: 'o Romário volta na hora certa'. Eu tinha certeza absoluta que ele voltaria, era só aguardar o momento certo e o momento certo aconteceu", relembrou o treinador do Tetra, que convocou, inicialmente, Valdeir para a vaga de Careca.

Ele chegou e resolveu

Na última rodada do grupo B das Eliminatórias, Brasil, Bolívia e Uruguai lutavam por duas vagas - o trio estava empatado com dez pontos cada, com os uruguaios com menos saldo. O time brasileiro precisava de um empate com os bicampeões mundiais no Maracanã. E tinha um problema: Müller, titular em dois jogos, estava lesionado.

Bebeto e Romário - Antônio Gaudério/Folhapress - Antônio Gaudério/Folhapress
Romário e Bebeto brilharam no ataque da seleção durante a campanha do Tetra
Imagem: Antônio Gaudério/Folhapress

"O jogo não era de brincadeira. O Uruguai só iria para Copa se ganhasse da gente. Era possível? Era, o Uruguai sempre foi uma seleção de tradição no futebol. O Romário estava jogando muito bem no Barcelona fazendo muitos gols. Eu falei: 'vou trazer o Romário'. Cheguei no Rio de Janeiro, peguei o telefone e falei para o Zagallo", frisou Parreira.

Romário desembarcou no Brasil no dia 13 de setembro, seis dias antes do duelo decisivo com o Uruguai. Ainda no aeroporto, o atacante, com então 27 anos, manteve o estilo. Disse que não acreditava no papel de salvador da pátria e que teria uma relação profissional com Parreira.

"[Fui convocado] Pelo trabalho no clube, pela contusão do Müller e, claro, pelo pedido do povo brasileiro", disse Romário na ocasião. "Só penso no domingo", completou.

Romário não decepcionou. Foi o dono do jogo e voltou a se juntar com Bebeto, numa parceria que renderia frutos na Copa do Mundo. "A gente se entendia perfeitamente só no olhar. Era impressionante", afirmou Bebeto em entrevista ao UOL Esporte.

A vitória por 2 a 0 sobre o Uruguai, com gols de Romário no segundo tempo - um de cabeça e outro após um drible no goleiro - é apontado por muitos companheiros como um jogo tão importante quanto a final contra a Itália na Copa.

"A volta do Romário foi um momento importante para a seleção brasileira. Ele foi um dos grandes protagonistas da conquista. Aquele retorno dele no Maracanã selou a classificação", disse o ex-volante Mauro Silva.