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Como River Plate virou "rei da América" e assusta dentro e fora de campo

Jeremias Wernek, Marcel Rizzo e Rodrigo Mattos

Do UOL, em Porto Alegre, Fortaleza e no Rio de Janeiro

23/10/2019 12h00

O River Plate está na final da Libertadores de novo e à espera do vencedor de Flamengo e Grêmio, que se enfrentam hoje (23), no Maracanã. A classificação diante do Boca Juniors, em plena Bombonera, reafirma o clube de Nuñez como o grande 'rei da América' nos últimos anos. A sombra vermelha e branca que cresce desde as margens do Rio da Prata assusta dentro e fora de campo.

Aos olhos brasileiros, a fama do River como bicho papão do continente está conectada imediatamente aos episódios extracampo de 2018 e a um temido jogo político intenso nos corredores da Conmebol.

No ano ado, jogadores suspensos atuaram na fase de grupos e o clube não foi punido (assim como ocorreu com atletas do Boca Juniors).Marcelo Gallardo descumpriu gancho, invadiu vestiário na Arena do Grêmio e fez o clube gaúcho pedir anulação da segunda partida da semifinal. Mas a verdade é que a força política é parte do todo. Não explica tudo.

Em campo, Marcelo Gallardo reinventa o River sem parar e acumula méritos para manter o clube no topo. Desde 2014, são 10 títulos conquistados e unanimidade no continente - inclusive rendendo comparação com Carlos Bianchi, icônico treinador do Boca Juniors nos anos 2000.

O paralelo Gallardo-Bianchi tem sentido. O River atual é o Boca da virada do século.

Antes, o rótulo de 'rei de Copas' repousava na Bombonera graças às três conquistas de Libertadores (2000, 2001 e 2003). Além dos títulos do Mundial de 2000 e 2003. O River Plate atual ganhou a Copa Sul-Americana em 2014, a Libertadores em 2015 e 2018 e faturou a Recopa Sul-Americana em 2015, 2016 e 2019.

Com Gallardo, o River lançou novos talentos formados na base e garimpou jogadores medianos no mercado interno e sul-americano. De Mammana a Alario, ando por Borré e Quintero, o time sempre se manteve competitivo.

O surgimento de nomes como Pity Martínez, Driussi, Saracchi, Gabriel Mercado, Kranevitter, Balanta e Gio Simeone garantiu dinheiro aos cofres do River Plate. O dinheiro foi usado para melhorar a infraestrutura do CT, aumentar a rede de olheiros no continente e buscar nomes prontos e úteis.

Atento ao mercado, o clube pinçou nomes como Nico De La Cruz, Ignacio Fernandez e mantém líderes do elenco como Pinola e Ponzio. Ao longo dos últimos anos, o clube argentino ainda repatriou ex-promessas para ampliar a lista de opções. Cavenaghi, Aimar, Saviola e D'Alessandro voltaram ao River e contribuíram na construção de um ambiente vencedor e arregimentado por repertório tático ímpar.

Sob a batuta de um treinador de apenas 43 anos, o River flutuou com espantosa naturalidade entre 4-3-2-1, 4-3-3 e em determinado momento até o 3-3-1-3 (na melhor homenagem possível a Marcelo Bielsa, teórico do futebol sul-americano e atual treinador do Leeds United-ING).

Força política nasceu com influência do Boca

A relação de confiança entre Alejandro Dominguez, presidente da Conmebol, e Rodolfo D'Onofrio, presidente do River, começou em agosto de 2016. Naquele momento, Dominguez sofria com clubes revoltados por melhores cotas nos torneios e que se organizavam para a criação de uma Liga Sul-Americana, independente à Conmebol. Um dos cabeças dessa liga era Daniel Angelici, presidente do Boca Jrs. D'Onofrio ajudou Dominguez a desarticular a Liga e se tornou um dos principais conselheiros do presidente da Conmebol.

Como reconhecimento, o dirigente do River recebeu cargo em comissão da Fifa, a de Interesse do Futebol, que faz recomendações ao Conselho sobre todas as esferas relacionadas ao jogo - é raro um cartola na ativa ocupar um posto deste.

Nas reuniões na entidade, o presidente do River é talvez a voz mais respeitada, mesmo não tendo prestígio dentro da AFA. Isso pode ser visto na final de 2018 na disputa em torno do imbróglio da agressão a jogadores do Boca Juniors. Pelo menos evitou uma punição mais dura que comprometeria o título.

A AFA (Associação de Futebol Argentino) tem muita influência de Angelici, que é parente do presidente Claudio Tapia. Após a entidade nacional reclamar muito de parcialidade da Conmebol na Copa América, Tapia foi sacado do Conselho da Fifa. Dominguez prometeu indicar um argentino, mas desta vez quem deve apadrinhar o novo nome é D'Onofrio.

Finanças são calcanhar de Aquiles

O River gastou 22 milhões de dólares em contratações para a Libertadores de 2018 e só recebeu metade desse valor em transferências. Além do descomo entre receita e dinheiro aplicado em reforços, a desvalorização da moeda argentina bateu forte. A queda do peso fez o clube acumular dívidas e houve déficit na temporada ada, mesmo com título obtido em Madrid. A situação financeira é, sim, um dos maiores empecilhos para estender o reinado.

O enfraquecimento da economia argentina torna o River Plate mais fraco em relação aos clubes brasileiros, como as receitas mostra. Os R$ 300 milhões arrecadados no Monumental de Nuñez são cerca de metade da rubrica obtida pelo Flamengo e dois terços daquela que o Grêmio conseguiu. A tendência é que a distância fique ainda maior no futuro, com a curva descendente da moeda local.