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Santos

Bastidores: meio perdido e rodeado de assessores, Robinho explica pouco

Eder Traskini e Talyta Vespa

Do UOL, em São Paulo

17/10/2020 11h30

Em uma salinha de 15m² de um prédio comercial na região da Avenida Paulista, em São Paulo, cinco pessoas assumiam diferentes funções de proteção ao redor de Robinho. O jogador recebeu o UOL Esporte para uma entrevista exclusiva na noite de sexta-feira (16). No entanto, foi dele a voz que menos ecoou por ali naquela noite.

Em volta do jogador estavam sua advogada, Marisa Alija; o assessor de imprensa à frente do caso, um advogado criminalista e dirigentes do Santos —o presidente Orlando Rollo e Mário Badures, membro do comitê de gestão. Esse último ou a maior parte da entrevista compenetrado em fotos no Instagram. A outra parte, a desenhar o escudo do clube, muito bem feito, numa folha de papel sobre a mesa.

A entrevista foi pouco clara. A Robinho, parece que só importam as vidas das mulheres de sua família. "Minha mãe, que é minha rainha, minha esposa e minha filha", cita, ao falar sobre como é respeitador. Diz, no entanto, que "há mulheres que nem são mulheres de verdade", e que, "infelizmente, tem esse movimento feminista aí".

A conversa, cuja duração foi estimada sem negociação assim que a reportagem chegou —20 minutos—, se estendeu e beirou a hora completa. Menos pela boa vontade de seus assessores e advogados, mais pelas interrupções por parte deles. Foram duas grandes, em uma delas, com reinício da entrevista. Nas poucas respostas completas e líquidas, o jogador ite contato com a mulher que o acusa e se defende: "Meu único erro foi trair minha mulher".

Na manhã de sexta-feira, o GE.com divulgou diálogos que fazem parte do processo que condenou o atleta em 2017 —ele foi condenado a nove anos de prisão por violência sexual em grupo. Cabe recurso.

Ao repórter cinematográfico, foi feito um único pedido por parte do assessor de imprensa do caso. "Só não deixe aparecer os livros [no enquadramento]". Os livros na sala tinham temáticas de Direito. Na ponta de uma mesa de madeira, Robinho tinha a visão ampla dos seus representantes, que serviam de guias. Os olhos do atleta os procuravam a cada pergunta —e, quando a insegurança batia, o afago vinha por parte deles. "Essas perguntas que vocês fazem parecem uma audiência", reclama o advogado criminalista.

Se, de fato, a noite de sexta-feira tivesse sido uma audiência, não teria sido muito esclarecedora. À reportagem, o jogador respondeu muito pouco. Robinho falou pouco, mas deixou a impressão que, até o momento, não entendeu a gravidade da situação em que está envolvido.

À reportagem, nega ter participado do estupro coletivo. Diz que se envolveu com a garota, mas que não fez sexo com ela. "Ela tocou em mim, eu toquei nela, por cerca de 15 minutos, mas não houve relação sexual, penetração, nada disso. Então, eu fui para casa e, no dia seguinte, meus amigos contaram que haviam tido relação sexual com ela. Com o consentimento dela". Pouco depois, o jogador afirma que estava presente no momento em que os colegas se envolveram com a vítima.

Enquanto seus representantes interrompiam a resposta, na tentativa de proteger o cliente da reportagem, Robinho parece perdido. Mira o olhar indefeso no teto e ali fica, até que seus defensores permitam que ele retome a fala. Ao UOL Esporte, a tentativa de controle vem na mesma intensidade.

"Se [você for] perguntar frase por frase não vai fazer sentido", diz o assessor, quando a reportagem confronta o jogador a respeito dos diálogos divulgados. Antes disso, o direcionamento da conversa foi barrado pela advogada de Robinho, que alegou que as questões entravam no mérito do processo —que corre em segredo de Justiça— e não poderiam ser respondidas. O UOL Esporte insiste: "Mas a gente tem que perguntar, Marisa [Alija, advogada do jogador]".

"[Os jornalistas] estão no papel deles, ou vai parecer que estão comprados", justifica a defensora ao jogador. "Mas você vai falar assim: 'Gente, existem frases que estão fora do contexto'". Robinho repete a resposta.

"Olha, eu gostaria de te dar uma entrevista de forma mais ampla e explicar exatamente o que aconteceu. Mas como isso está em segredo de Justiça, não posso falar exatamente. Gostaria muito de falar, mas pode ser que isso me prejudique", insiste o jogador. "Tenho que dar uma entrevista meio que... Os advogados falam que não posso falar".

A advogada dá ao jogador todas as coordenadas quando ele foge do prumo. Robinho se defende da acusação de estupro alegando que uma vítima de abuso sexual se recusaria a deixar o local do crime com seus algozes. O UOL Esporte rebate, e diz que em muitos casos de violência de gênero, o medo paralisa. Então, Marisa critica a linha de condução da entrevista e diz que "você está fazendo uma pergunta capciosa. Sei onde você está querendo chegar porque também sou mulher".

Neste momento, jogador se impôs, em defesa da repórter. "Respeito todas suas perguntas, não tem problema. Também gostaria de te responder com mais clareza, porque não sou mentiroso, sou verdadeiro e não fiz nada de errado, mas tem coisa que é do processo, então?".

A conversa é paralisada, de novo, e os defensores de Robinho voltam a falar. As regras são colocadas na mesa pelo assessor mais uma vez. "A gente já interrompeu essa entrevista e colocou as regras e vocês continuam insistindo". O tempo corria, a conversa ficava truncada, Robinho fugia.

Santos