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Os torcedores que fizeram clube endividado abandonar R$ 150 mi pela guerra

O torcedor do Schalke 04, Falk Hesse,prefere o futebol sem cunho político  - Arquivo pessoal
O torcedor do Schalke 04, Falk Hesse,prefere o futebol sem cunho político Imagem: Arquivo pessoal

Fátima Lacerda

Colaboração para o UOL, em Berlim (Alemanha)

28/02/2022 12h04

"Política e futebol são inseparáveis". A frase é do jornalista Ron Ulrich, parte de um grupo de torcedores de um time endividado da segunda divisão do futebol da Alemanha que conseguiu fazer com que a diretoria desse mesmo clube abrisse mão de um contrato milionário.

Tudo começa em 2007, quando a Gazprom, empresa de combustíveis da Rússia, anunciou um grande patrocínio ao Schalke 04, um dos clubes mais populares da Alemanha. O acordo foi bom para ambos durante 14 anos. Agora, no início do 15º, a guerra entre a Ucrânia e a Rússia entrou no meio.

Olaf Storbeck é correspondente do jornal The Financial Times na cidade de Frankfurt. Um dos sócios-torcedores do Schalke com maior visibilidade em redes sociais, ele cancelou a associação no dia 23 de fevereiro, um dia antes da invasão da Rússia à Ucrânia.

"Por favor, entendam que eu não quero servir de garoto-propaganda de uma arma política de Putin com as minhas mensalidades", escreveu Storbeck em carta enviada ao chefe do conselho do Schealke. Essa postagem deu início a uma avalanche de protestos e cancelamentos dos planos de sócios-torcedores — o Schalke, é bom informar, tinha mais de 150 mil sócios-torcedores no último levantamento feito, em 2021, o que fazia dele o segundo time mais popular do país (o primeiro é o Bayern de Munique). Essa campanha culminou, hoje (28), no fim do patrocínio da estatal russa.

A decisão é importante porque o acordo pagaria quase R$ 60 milhões em 2022, com o clube na segunda divisão, e subiria para quase R$ 150 milhões se o time subisse para a primeira divisão, na Bundesliga. Para piorar a situação, o Schalke tem uma dívida de R$ 1,372 bilhão, a maior do futebol alemão.

Camisa com logo de patrocinadora proposta por torcedores insatisfeitos com a ligação com a Gazprom - Reprodução - Reprodução
Camisa com logo de patrocinadora proposta por torcedores insatisfeitos com a ligação com a Gazprom
Imagem: Reprodução

Convencer os cartolas a quebrar o contrato não foi imediato. Comentários com as hashtags #S04 #Gazprom foram os assuntos mais discutidos no Twitter na quinta-feira (24) na Alemanha. Foram questionadas a responsabilidade do clube no momento atual e a incompatibilidade do patrocínio. Um torcedor dizia que a camisa estava "suja de sangue". Outro tuíte mostrava uma camisa com o nome de uma cervejaria e o comentário: "Chega de Gazprom. Essa é a nossa camisa para a temporada de volta. Esse patrocinador é mais sustentável e saboroso".

A mídia tradicional alemã também entrou na campanha e o jornal alemão "Die Welt" publicou uma matéria com o título "Agora o dinheiro começou a feder", em que explicava que nos últimos 15 anos o volume monetário vindo da empresa russa não fedia, mas que, da noite pro dia, tudo mudou.

A primeira ação real do clube foi tirar o logo da Gazprom de suas camisas — o que agradou até a quem não quer ver a ligação política da ação. "É um assunto que não se pode separar, mesmo que eu prefira futebol sem nenhum cunho político, sem que a política tente governar o esporte. Mas sei que a partir de um certo nível, isso não é possível", disse Falke Hesse, morador da cidade de Potsdam, vizinha de Berlim.

Ele comemorou a decisão do Schalke de se afastar da empresa russa. "Eu acho melhor que a diretoria tenha decidido assim. Seria muito difícil vestir a camisa (com o logo da Gazprom). Aliás, já estou de olho para comprar a nova camisa sem patrocínio". Na semana ada, a camiseta ainda com o logo da Gazprom já estava em liquidação no site do clube.

"Política e futebol são inseparáveis, já que o pontapé de largada dessa parceria são os interesses do governo russo. O intuito é fazer propaganda política. Não é à toa que no estádio do Schalke há um imenso cartaz de propaganda do gasoduto Nordstream 2. Esse exemplo mostra como funciona o financiamento de clubes em geral. Os cartolas não têm como afirmar que política e futebol não se misturam. Cada clube tem a responsabilidade de se posicionar", afirmou Ron Ulrich.

O Nordstream 2 de que ele fala é um gasoduto que leva gás natural da Rússia para a Europa, que está em fase de certificação para início de atividade. O fornecimento de gás para a Europa é um dos panos de fundo da guerra entre Ucrânia e Rússia. Mathias Warnig, CEO do gasoduto, alías, foi afastado do conselho do Schalke. Ele é amigo pessoal de Putin e foi um dos maiores responsáveis pelo patrocínio da Gazprom ao clube.