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Palmeiras: Para além do campo, Abel deixa legado com livro sem igual

Abel Ferreira, em foto de divulgação da Conmebol  - Conmebol Divulgação
Abel Ferreira, em foto de divulgação da Conmebol Imagem: Conmebol Divulgação

Diego Iwata Lima

Do UOL, em São Paulo

08/03/2022 04h00Atualizada em 08/03/2022 17h23

Fica cada vez mais sem sentido a discussão quanto à existência de um legado a ser deixado por Abel Ferreira no futebol do Brasil. Mas, para aqueles que persistem na dúvida, o treinador português decidiu transformar em documento, disponível a todos, as ideias que fizeram dele, em um ano e quatro meses de Palmeiras, bicampeão da Libertadores, campeão da Copa do Brasil e, há menos de uma semana, campeão da Recopa Sul-Americana.

"Cabeça Fria, Coração Quente", que chega às lojas e compradores online nesta semana, certamente terá sua primeira edição, de 15 mil unidades, rapidamente esgotada. Porque o livro de 400 páginas publicado pela Garoa Livros (R$ 74,90) é diferente de toda e qualquer literatura futebolística publicada no País até hoje. É uma agradável viagem no tempo e no pensamento de um treinador que avalia cada ínfimo detalhe capaz de contribuir para fazer de seu time uma equipe vencedora.

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Um misto de livro de memórias, diário e manual de instruções de como fazer um Palmeiras campeão. É mais ou menos assim que se explica o que a obra assinada pela equipe técnica de Abel Ferreira, mas redigida com muita clareza e em uma linguagem bastante ível pelo auxiliar Tiago Costa —claramente um fã de seu compatriota José Saramago, citado em momentos do livro com frases lapidares que se encaixam nos assuntos abordados.

Do preâmbulo contando como Abel recebeu, na Grécia, o convite para trabalhar no Palmeiras a uma carta em primeira pessoa dele aos torcedores do clube alviverde, a obra vai destrinchando como e por que o Palmeiras jogou de determinadas maneiras, o porquê de determinadas decisões, o efeito que derrotas e vitórias tiveram no trabalho.

Livro de Abel Ferreira - Divulgação/Palmeiras - Divulgação/Palmeiras
Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, lança seu primeiro livro com bastidores das temporadas 2020 e 2021
Imagem: Divulgação/Palmeiras

Quer entender por que o Palmeiras foi cauteloso contra o Santos na final da Libertadores-2020? Vai encontrar. Para que jogar tão recuado contra o São Paulo na final do Paulista do ano ado? Está escrito também. Como Scarpa se tornou ala esquerdo e ganhou espaço no time? O que Abel fez para o Palmeiras arrasar o River Plate no início de 2021? Tudo está no livro, que tem como grande mérito uma franqueza extrema.

Ilustrado com as fotos excepcionais de Cesar Greco, fotógrafo oficial do clube, "Cabeça fria, Coração quente" traz até mesmo reproduções de tabelas e slides apresentados aos jogadores, diagramas de posicionamento e explica pormenores que o torcedor mais leigo até poderia ter dificuldade de entender, não fosse o livro tão preocupado em ser elucidativo e compreensível, repleto de ilustrações.

Ao revelar seu método de trabalho, Abel abre também a caixa-preta do próprio Palmeiras. Explica o organograma do departamento de futebol, as funções de cada pessoa, como as contratações são escolhidas, quem responde pelo recrutamento e negociação dos profissionais, quem cuida da parte clínica e até como as cozinheiras do clube atuam no seu dia a dia. Deixando assim claro que o jogo no campo é só a ponta de uma engrenagem gigantesca.

E há ainda histórias muito curiosas. Por exemplo, sobre como Abel alterou a maneira de irrigar o gramado do Allianz Parque, e o efeito que isso teve no time. Ou sobre como o técnico perdeu a voz no primeiro tempo da final contra o Flamengo em Montevidéu, recuperando-a milagrosamente na etapa complementar.

Menciona também o peixe de aquário "Libertadores", que mora no gabinete da equipe técnica na Academia de Futebol, com explicação do porquê do nome e de seu significado simbólico. Folgas concedidas de surpresa para o grupo e negadas em determinados momentos. Como Abel trabalha o psicológico dos jogadores, de que modo as famílias dos atletas são uma linha auxiliar ao trabalho da comissão técnica.

E porque Abel e sua equipe não se fazem de rogados, o treinador fez questão de incluir um capítulo em que faz uma análise do futebol brasileiro. E, sem qualquer cerimônia, muito menos empáfia, arrogância e outros substantivos pouco lisonjeiros associados ao técnico, disseca ali o cenário que encontrou, e com o qual até aprendeu a lidar. Mas que ele gostaria de ver mudado não apenas para seu benefício, mas sim para o do futebol brasileiro.

Se para o palmeirense o livro é algo a ser lido com carinho e lágrimas nos olhos em muitos momentos, para todos os leitores é uma obra que mostra uma maneira madura, séria e profissional de se enxergar o futebol moderno, como todo que ele traz de científico e analítico —e nem por isso, menos carregado de paixão e imponderabilidade.

Abel Ferreira, que deixa sim um evidente legado no campo, que só mesmo o clubismo ou a falta de capacidade de compreensão impedem que seja enxergado, com esse livro, deixa também um legado na tão pouco vasta literatura esportiva no Brasil.

(A parte do que for arrecadado com a comercialização do livro que caberia à comissão técnica do Palmeiras será destinada ao Instituto Ayrton Senna e à ONG Amigos do Bem.)

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