Cruzeiro perde pênalti, faz contra e leva virada do Remo na Copa do Brasil

O Cruzeiro merecia melhor sorte diante do Remo, no Estádio Baenão, em Belém, mas como errou muito mais do que o aceitável, o time celeste foi castigado com uma virada. A derrota por 2 a 1, com gols de Rodolfo, Willian Oliveira (contra) e Felipe Daniel, pelo duelo de ida da 3ª fase da Copa do Brasil, está diretamente ligada aos vacilos do time mineiro do que propriamente aos méritos do Leão.

É verdade que o time local foi valente e correu bastante, mas contou com uma boa dose de sorte proporcionada pelos erros do Cruzeiro e também da arbitragem. Apesar do acumulo de erros individuais, a Raposa tem todo os direito de se queixar da falta do VAR nesta etapa da Copa do Brasil. Com o auxílio de vídeo, ficaria fácil para o árbitro constatar que houve falta em Willian Oliveira no lance em que ele fez o gol contra e no impedimento duplo na jogada do segundo gol do Remo.

Agora, o técnico Paulo Pezzolano terá de reorganizar a casa, visando a Série B do Campeonato Brasileiro. No sábado a Raposa enfrenta o Tombense, em Muriaé, pela 3ª rodada. Já pela Copa do Brasil, o duelo da volta está marcado para o dia 11 de maio. Como tem show do Metallica no Mineirão, no dia seguinte, o confronto com o Remo deve acontecer no Independência.

Quem foi bem: Vinicius

Ídolo da torcida do Remo, o goleiro Vinicius foi eleito vereador em Belém. Contra o Cruzeiro ele mostrou o motivo da idolatria. Foi um pênalti defendido e pelo menos duas grandes defesas, que garantiu o triunfo da equipe local.

Quem foi mal: Waguininho

O dono da camisa 11 agradou aos torcedores nas primeiras partidas pelo Cruzeiro. Mas as boas atuações nas rodadas iniciais sumiram e Waguininho deixou de ser um titular do da equipe cruzeirense. Diante do Remo o atacante recebeu uma nova oportunidade, mas não aproveitou. Foram apenas 45 minutos em campo até ser substituído por Daniel Jr.

O jogo do Cruzeiro: teve posse, faltou pontaria

Como é uma característica do time treinado por Paulo Pezzolano, o Cruzeiro teve mais posse de bola do que o Remo. Foi do time mineiro as melhores ações ofensivas, mas faltou pontaria, faltou errar menos. Na chance mais clara, o meia João Paulo perdeu um pênalti.

Noite de estreias

Contratados na semana ada, o zagueiro Zé Ivaldo e o atacante Jajá chegaram ao Cruzeiro emprestados pelo Athletico-PR. Com a suspensão de Eduardo Brock e a lesão de Edu, os dois novatos foram titulares.

Jajá se destacou

Um dos dois estreantes do Cruzeiro, o atacante Jajá apresentou um ótimo cartão de visita. Foi ele quem levou mais perigo ao gol defendido por Vinícius e criou dificuldades para a defesa do Remo. Pela apresentação em Belém, o reforço cruzeirense parece que chegou para não sair mais do time.

Fim do jejum

O atacante Rodolfo abriu o placar em Belém e marcou o primeiro gol dele com a camisa do Cruzeiro. O atacante acabou com um jejum pessoal, afinal eram oito meses sem fazer um gol. Até então, o último era pelo América-MG, em agosto do ano ado.

Segue o tabu

O Cruzeiro não vence o Remo desde 1979, numa partida disputada no Mineirão. Já são oito partidas sem vitórias, com seis derrotas e dois empates. A Raposa nunca venceu o Remo em Belém.

FICHA TÉCNICA

REMO 2 X 1 CRUZEIRO

Motivo: Jogo de ida pela 3ª fase da Copa do Brasil
Local: Baenão, em Belém (PA)
Data e horário: 19 de abril de 2022, às 21h30 (de Brasília)
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (CE)
Auxiliares: Nailton Junior de Sousa Oliveira (CE) e Renan Aguiar da Costa (CE)
VAR: Não tem
Cartões amarelos: Anderson Uchoa e Renan Castro (REM); Miticov, João Paulo, Willian Oliveira e Zé Ivaldo (CRU)
Gols: Rodolfo aos 20' e Willian Oliveira (contra) aos 26' e Daniel Felipe aos 32' minutos do segundo tempo

Remo: Vinícius; Ricardo Luiz, Daniel Felipe, Marlon e Leonan (Renan Castro, aos 37' do 2º); Anderson Uchôa, Paulo Curuá (Marciel, aos 33' do 2º) e Erick Flores (Felipe Gedoz, aos 11 do 2º); Bruno Alves, Fernandinho (Ronaldo, aos 11 do 2º) e Brenner (Vanilson, aos 33' do 2º). Técnico: Paulo Bonamigo.

Cruzeiro: Rafael Cabral, Rômulo, Zé Ivaldo, Oliveira e Rafael Santos (Matheus Bidu, aos 29' do 2º); Willian Oliveira (Adriano, aos 29' do 2º), Miticov (Pedro Castro, no intervalo) e João Paulo; Waguinho (Daniel Jr., no intervalo), Jajá (Marcelinho, aos 37' do 2º) e Rodolfo. Técnico: Paulo Pezzolano