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Recorde, mas sem euforia

Brasil mostra evolução e aumenta número de pódios, mas ainda está longe de virar uma nação esportiva

Arthur Sandes, Demétrio Vecchioli e Denise Mirás Do UOL, em São Paulo e Tóquio (Japão) Miriam Jeske/COB

A ideia de realizar uma Olimpíada em casa ava pelo objetivo de tornar o Brasil uma potência esportiva. Não um Estados Unidos, uma China, claro, mas um país em condições de ocupar, no quadro de medalhas, uma posição equiparável a sua importância na economia e na geopolítica mundial.

Pela segunda edição seguida dos Jogos, esse desempenho foi alcançado. Com sete medalhas de ouro, seis de prata e oito de bronze, o Brasil fecha os Tóquio-2020 na 12ª colocação, a duas posições da Itália e duas à frente de Cuba, brigando medalha a medalha com o Canadá. Hoje, os brasileiros olham o quadro de medalhas e não precisam sentir inveja de nenhum país menor ou mais pobre. Não há Noruegas, Etiópias, Repúblicas Checas ou Romênias na nossa frente.

Mas isso significa que o Brasil se tornou, afinal, uma potência olímpica? A resposta é não.

"Temos que caminhar muito ainda. Ser caracterizado como potência exige muito mais do nosso sistema. Requer o esporte ser valorizado na sociedade, exige outro reconhecimento do valor do esporte para uma sociedade. O sistema esportivo do Brasil ainda é um sistema esportivo em construção. Precisamos estimular o número de praticantes, que é muito pequeno", reconhece Jorge Bichara, diretor de Esporte do COB (Comitê Olímpico do Brasil) e dirigente mais diretamente ligado ao resultado esportivo em Tóquio.

Com alguns poucos limões, uma contradição para um país tão grande e tão populoso, o Brasil fez uma deliciosa limonada no Japão. As metas colocadas pelo COB foram batidas, assim como já haviam sido no Pan de Lima, em 2019, quando o Brasil bateu todos seus recordes. Mas ainda há um longo caminho para o Brasil percorrer para chegar ao lugar onde deveria estar.

Miriam Jeske/COB
Jonne Roriz/COB

Talentos identificados, polidos e medalhados

Para chegar até a melhor posição da história no quadro de medalhas, o 12º lugar (em 2016, foi o 13º), o Brasil correu uma maratona, não uma prova de 100 metros. No caminho até esse desempenho histórico, o Time Brasil qualificou seu resultado. Em 2012, na comparação com Tóquio, foram só quatro medalhas a menos, exatamente o número obtido por skate e surfe, modalidades que estreiam no programa agora. Mas em ouros a vantagem foi grande: 3 x 7 — e nessa conta, o surfe só ajudou com uma.

Essa posição história, com sete ouros, só foi possível porque o Brasil, ao mesmo tempo, identificou atletas que tinham potencial de serem campeões olímpicos, como Ana Marcela Cunha, Isaquias Queiroz e Rebeca Andrade, e ofereceu condições para que eles pudessem entregar seus melhores resultados no evento mais importante do ciclo.

"Os estudos mostram que fazer um atleta medalhista leva de 8 a 12 anos. A Rebeca está com a gente desde 2013. Precisamos de oito anos, cinco cirurgias, muita resiliência. O COB se caracterizou por fazer esse caminho junto e não dar a camiseta, a agem e o boa sorte", comentou Bichara.

UESLEI MARCELINO/REUTERS UESLEI MARCELINO/REUTERS

Cultura de conquistas enraizadas

Ao mesmo tempo em que buscavam a excelência, os atletas com potencial de ouro, o COB e as confederações entenderam também, pelo exemplo de outros países, que, para uma medalha ser conquistada, o país precisa ter duas ou três possibilidades reais. O mantra é que não existe medalha dada. O inesperado bronze no tênis veio, mas a medalha certa no vôlei de praia, não. Uma cobre a outra.

Por isso, desde 2012, principalmente, o COB vem buscando alternativas para aumentar o número de finalistas nas provas olímpicas e valorizar esses feitos, que fazem parte do processo para o triunfo coletivo. Mas valorizá-lo nem sempre é fácil em um país onde ainda predomina a cultura das medalhas — e, mais ainda, do ouro.

"O objetivo era colocar o Brasil num patamar de representatividade internacional. Chegar numa edição e todo dia entrar numa disputa. Essa diversidade é que traz alegria para todos e nos motiva para voltar no dia seguinte", diz Bichara.

Em Tóquio, essa cultura pareceu mais enraizada no Time Brasil. O que se viu foi uma festa por medalhas, independentemente de ouro, prata ou bronze, e também por resultados considerados heroicos, como o quarto lugar de Darlan Romani no arremesso de peso — a exceção mais sentida foi o revés da seleção masculina de vôlei, derrubada depois da semifinal para a Rússia.

Rafael Bello/COB
Atletas do skate na Vila Olímpica de Tóquio: vibe diferente para o Time Brasil

Surfe e skate mudam mentalidade

Talvez um detalhe tenha sido determinante nessa valorização do pódio: o início das conquistas pelos estreantes em Olimpíada, surfe e skate, que já se aninham em ambientes mais descontraídos.

Logo no primeiro domingo dos Jogos, dois dias depois da abertura olímpica, Kelvin Hoefler focou na virada espetacular do skate street para a conquista da prata e comemorar, muito, essa medalha. Sua felicidade cativou a simpatia do público, da mesma forma que a fadinha Rayssa Leal com sua prata e a trupe de parças festeiras no dia seguinte.

Ainda no domingo, Daniel Cargnin chegou ao bronze até 66kg do judô depois de ar pela contaminação de covid-19. O público começava a descobrir as dificuldades de preparação dos atletas para as Olimpíadas em meio à pandemia.

Seguiram-se as histórias de cirurgias e esforço descomunal da ginasta Rebeca Andrade, com sua prata no individual geral e ouro no salto, e da judoca Mayara Aguiar, também com histórico sofrido de cirurgias, que foi bronze até 78kg.

Elsa/Getty Images
Alison e Álvaro: pela primeira vez, vôlei de praia do Brasil voltou sem medalhas das Olimpíadas

Radicais x clássicos

Justamente os esportes que faziam sua estreia no programa olímpico em Tóquio-2020 fizeram diferença no sucesso do Brasil no quadro de medalhas. O ouro do surfe de Italo Ferreira, as pratas de Kelvin Hoefler e Rayssa Leal no skate street e a prata de Pedro Barros no skate park foram determinantes para ultraar as 19 medalhas dos Jogos do Rio-2016.

Não fosse a leveza e a alegria daqueles que por muito tempo foram os chamados "radicais", mais os representantes de provas "aparentadas" porque ao ar livre, como a canoagem de velocidade de Isaquías Queiroz e a maratona aquática de Ana Marcela Cunha, o Brasil teria fechado Tóquio-2020 pior que a edição em casa.

Dos esportes clássicos, natação, atletismo, natação e até mesmo hipismo não corresponderam ao que já mostraram em Olimpíadas anteriores. A vela se manteve com medalhas vindas de duas mulheres guerreiras, Martine Grael e Kahena Kunze. Dos coletivos, a grande surpresa foi o vôlei masculino ter deixado escapar até a medalha de bronze —até mesmo o vôlei de praia não medalhou, pela primeira vez na história.

Pelo menos desde os Jogos Olímpicos de Sydney-2000, o Comitê Olímpico Internacional (COI) vem tentando "rejuvenescer" as Olimpíadas. Havia detectado que o público em geral não queria mais assistir ivamente às competições em locais fechados, mas fazer parte da disputa. Tinha acertado no vôlei de praia, ou para mountain bike e depois BMX, e "radicalizou" ainda mais com o surfe e o skate. Só a escalada parece não ter comovido multidões.

Com atletas humanizados, os medalhistas que não subiram ao alto do pódio ganharam a empatia do público. Se eles mesmos valorizavam suas conquistas depois de tantos obstáculos, torcedores haviam ado por situações semelhantes.

Todos os medalhistas

  • DA GARAGEM À PRATA

    A história de Kelvin Hoefler e das mulheres decisivas para a primeira medalha do Brasil em Tóquio-2020.

    Imagem: TOBY MELVILLE/REUTERS
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  • O OLHAR DE DANIEL

    Bronze no judô, Cargnin mirou no ídolo, superou covid-19 e viveu saudade e dor para ser medalhista olímpico.

    Imagem: Gaspar Nóbrega/COB
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  • O QUE VOCÊ FAZIA AOS 13?

    Rayssa Leal dança na final olímpica, zoa repórteres e se torna a mais jovem medalhista brasileira da história.

    Imagem: Wander Roberto/COB/Wander Roberto/COB
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  • PELAS BEIRADAS

    Fernando Scheffer ganha bronze na natação após ar três meses sem ter uma piscina para nadar.

    Imagem: Satiro Sodré/SSPress/CBDA
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  • TEMPESTADE PERFEITA

    Italo Ferreira supera prancha quebrada, ganha 1º ouro do Brasil e consolida domínio brasileiro no surfe.

    Imagem: Jonne Roriz/COB
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  • TRÊS VEZES MAYRA

    Após 7 cirurgias e 9 meses sem treinar, Mayra leva bronze em Tóquio-2020 e confirma: é a maior da sua geração.

    Imagem: Chris Graythen/Getty Images
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  • BAILE DA REBECA

    Rebeca Andrade conquista o mundo com carisma e funk para ser prata no individual geral da ginástica.

    Imagem: Ricardo Bufolin/CBG
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  • PERMISSÃO PARA SER FELIZ

    Bruno Fratus viveu a angústia de quase ser medalhista por mais de dez anos. Até que hoje um bronze mudou tudo.

    Imagem: Jonne Roriz/COB
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  • AS ÚLTIMAS SÃO AS PRIMEIRAS

    Luisa Stefani e LauraPigossi entraram na última vaga da dupla feminina para ganhar a medalha do tênis brasileiro.

    Imagem: Reuters
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  • OUTRO PATAMAR

    Rebeca Andrade conquista ouro no salto e se torna a 1ª brasileira a se sagrar campeã olímpica na ginástica.

    Imagem: Laurence Griffiths/Getty Images
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  • XAVECO DO MOMENTO

    A história de Alison Piu dos Santos, bronze no atletismo, e do seu mantra: "o importante é xavecar o momento".

    Imagem: Patrick Smith/Getty Images
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  • BAILARINAS DE OURO

    Martine Grael e Kahena Kunze velejam como quem dança para serem bicampeãs olímpicas.

    Imagem: Jonne Roriz/COB
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  • DIAS DE LUTA

    Abner Teixeira não chegou na final, mas o bronze o aproxima de outro grande objetivo: dar uma casa à mãe.

    Imagem: Gaspar Nóbrega/COB
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  • O NOVO RAIO

    Thiago Braz repete a sua história, chega a uma Olimpíada sem favoritismo e sai de Tóquio-2020 com medalha.

    Imagem: Wagner Carmo/CBAt
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  • A MEDALHA QUE FALTAVA

    Ana Marcela foi a melhor do mundo durante os últimos dez anos. Agora, tem um ouro para comprovar isso.

    Imagem: Daniel Ramalho / COB
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  • PRATA, PAZ E AMOR

    Pedro Barros ganha prata em Tóquio, diz que medalha é souvenir e valoriza fraternidade entre skatistas.

    Imagem: REUTERS/Mike Blake
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  • QUANDO O CÉU SE ABRIU

    Isaquias sabia que não poderia repetir as 3 medalhas de 2016. Mas estava tudo programado para um ouro especial.

    Imagem: Miriam Jeske/COB
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  • ALMA LEVE, PUNHO PESADO

    Hebert Conceição ganha ouro no boxe com nocaute impressionante, exalta Nelson Mandela e luta contra o racismo.

    Imagem: Wander Roberto/COB/Wander Roberto/COB
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  • CANARINHO OLÍMPICO

    Ouro consolida o Brasil como maior potência olímpica do futebol e pode render frutos na Copa do Mundo.

    Imagem: Alexander Hassenstein/Getty Images
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  • CAIR E LEVANTAR

    Medalha de prata é testemunho de como vôlei feminino do Brasil conseguiu se reconstruir após derrota em 2016.

    Imagem: Gaspar Nóbrega/COB
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  • PUNHOS QUE ABREM PORTAS

    Bia Ferreira leva medalha de prata, chega mais longe que qualquer mulher no boxe e incentiva meninas a lutar.

    Imagem: UESLEI MARCELINO/REUTERS
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