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Abner, um pesado canhoto para quebrar o tabu brasileiro em Olimpíadas

Abner Teixeira da Silva, peso pesado da seleção de boxe que disputa as Olimpíadas de Tóquio - Reprodução/Instagram
Abner Teixeira da Silva, peso pesado da seleção de boxe que disputa as Olimpíadas de Tóquio Imagem: Reprodução/Instagram

Roberto Salim

colaboração para o UOL, em São Paulo

26/07/2021 04h00

Nunca um peso pesado brasileiro fez história em Olimpíada. Mas, desta vez, há a esperança de que um canhoto de 91 quilos possa chegar longe em cima do ringue em Tóquio. Seu nome é Abner Teixeira e sua estreia será às 6h18 (de Brasília), desta terça-feira (27), diante do britânico Cheavon Clarke.

"O Abner não vai fazer história, ele já fez, ganhando como peso pesado medalhas de ouro em competições no continente europeu e asiático", conta com entusiasmo Vladimir de Godói, o treinador do lutador, que tem mais de 150 lutas, a medalha de bronze dos Jogos Pan-americanos e ganchos poderosos, que quase sempre asseguram suas vitórias.

"Além de ser canhoto, ele é um lutador de uma inteligência tática muito grande, tem o raciocínio rápido e uma velocidade muito grande. Só espero que esteja preparado para o caldeirão de emoções que é uma estreia olímpica. Ele já disputou mundiais, mas todos dizem que a Olimpíada é algo diferente", comenta Vladimir, que conheceu Abner ainda menino, quando ele chegou ao projeto "Uma luz para o futuro", na zona norte de Sorocaba. "Depois, ele participou de uma peneira para um outro projeto, o "Atletas do Futuro" e então começou a treinar boxe realmente".

Veio o apoio da mãe Izaudite Sampaio, que trabalhava como auxiliar em um Posto de Saúde na cidade. Vieram as competições, os títulos, as primeiras medalhas e a convocação para a seleção brasileira.

"Se eu tivesse que apostar, apostaria tranquilamente que ele brigará por medalha, já que pelo chaveamento, ele deverá chegar às semifinais. Então é quase certo que terá pela frente o lutador cubano, que ele já enfrentou no Pan-Americano e, na minha opinião, venceu, embora tenham dado a vitória para o adversário. Ou seja: Abner tem condições de chegar à final sim e quebrar esse tabu que cerca a história olímpica do boxe brasileiro na categoria dos pesados".

Outra opinião otimista é do ex-lutador olímpico Lino Barros. Ele esteve em Sydney-2000 e participou como meio-pesado.

"Acho que agora a gente vai conseguir", aposta Lino. "Hoje há intercâmbio, há rodagem, nossos lutadores estão disputando torneios internacionais fortes, todos com mais de cem lutas. Eu mesmo só tinha 48 combates, quando participei em Sydney. Isso mudou em nosso boxe e o Abner, além de canhoto, é muito veloz", assegura Lino, que ganhou a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, mas no ano seguinte perdeu na primeira luta das Olimpíadas para o australiano Daniel Gryn.

E ser derrotado na estreia sempre foi uma constante nas categorias mais pesadas do país.

"Acho mesmo que o primeiro peso pesado mesmo que disputou uma Olimpíada foi o Juan Nogueira, o Choquito, na competição do Rio de Janeiro. E na primeira disputa, ele foi eliminado pelo lutador russo".

Lino tem uma teoria para explicar o motivo dos lutadores pesados brasileiros não terem muito destaque ou medalhas para exibir.

"É que ao subir progressivamente de peso e categoria, o lutador fica mais medroso, com receio dos nocautes, não se expõe tanto e os resultados também não vêm. Além disso, não tínhamos, na minha época, o intercâmbio necessário para evoluir. Mas agora isso mudou, e o Abner tem tudo para trazer uma medalha."

E essa é sem dúvida a categoria mais irada na história, com nomes épicos como os cubanos Felix Savon e Teófilo Stevenson e o norte-americano Muhammad Ali, na época ainda Cassius Clay. Foi nos Jogos de Roma, em 1960, que o inigualável Ali ganhou a medalha de ouro, mas lutava como meio-pesado.

O peso mosca Servílio de Oliveira, primeiro medalhista olímpico do boxe nacional, lembra que no profissional também o Brasil não teve muita gente além de Maguila: "Na verdade, teve o Luiz Faustino Pires, que era melhor que o Maguila, mas não teve uma TV por trás para promovê-lo. Agora, no boxe olímpico, não lembro de ninguém com destaque entre os pesados. Será que o Waldemar Paulino lutou em Olimpíada como pesado? Ou será que foi meio-pesado?"

Como se nota, as participações nessa categoria não deixaram saudades, nem medalhas. Mas eram outros tempos.

"Eu mesmo quando fui para os Jogos do México e trouxe a medalha de bronze tinha somente 20 e poucos combates", lamenta Servílio. "Hoje os lutadores viajam, rodam o mundo, fazem muitas lutas e isso dá gabarito a nossa equipe. Além do mais, hoje eles ganham salários, que nós nem imaginávamos receber um dia."

Como todo candidato a campeão, Abner Teixeira espera receber convites para se tornar profissional após os Jogos de Tóquio. Sonha ao lado do seu técnico com o dia em que estará em Las Vegas lutando como seu ídolo Anthony Joshua pelo título mundial e uma bolsa milionária.

Mas esse é um tabu que fica para ser quebrado depois.