{ "@context": "http://schema.org", "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "WebPage", "@id": "/nossa/amp-stories/como-um-menino-de-11-anos-inventou-o-picole---e-mudou-o-verao-no-brasil/" }, "headline": "O palito é nosso", "description": "HISTÓRIA", "image": [ "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fconteudo.imguol.com.br%2Fc%2F_layout%2Fv3%2FlogoUOL2021%2Fdefault-share%2Fnossa.png" ], "datePublished": "2022-03-01T04:00:00-03:00", "dateModified": "2022-03-01T04:00:53-03:00", "author": { "url": "", "@type": "Organization", "name": "UOL" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "UOL", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fconteudo.imguol.com.br%2Fc%2F_layout%2Fv3%2FlogoUOL2021%2Famp-stories%2Fnossa-black.png", "width": "108px", "height": "41px" } } }body{-webkit-animation:-amp-start 8s steps(1,end) 0s 1 normal both;-moz-animation:-amp-start 8s steps(1,end) 0s 1 normal both;-ms-animation:-amp-start 8s steps(1,end) 0s 1 normal both;animation:-amp-start 8s steps(1,end) 0s 1 normal both}@-webkit-keyframes -amp-start{from{visibility:hidden}to{visibility:visible}}@-moz-keyframes -amp-start{from{visibility:hidden}to{visibility:visible}}@-ms-keyframes -amp-start{from{visibility:hidden}to{visibility:visible}}@-o-keyframes -amp-start{from{visibility:hidden}to{visibility:visible}}@keyframes -amp-start{from{visibility:hidden}to{visibility:visible}}body{-webkit-animation:none;-moz-animation:none;-ms-animation:none;animation:none} 54l3y

HISTÓRIA

O palito é nosso 633a27

Invenção norte-americana, o picolé virou especialidade brasileira: quando o calor aperta, lá está ele nas praias

Getty Images/iStockphoto
A invenção do picolé surgiu por acidente, pelas mãos de Frank Epperson, um garoto norte-americano de 11 anos. No inverno de 1905, ele preparou um refrigerante feito com soda em pó e água, combinação popular na época

Por engano, o menino esqueceu a mistura na varanda de casa durante a noite, com um palito dentro. Na manhã seguinte, encontrou-a congelada
.
Em 1923, Epperson patenteou o produto, batizado de "Eppsicle ice pop", que mais tarde mudaria para "Popsicle". Os direitos foram vendidos em 1925 para uma companhia de Nova York, que popularizou a guloseima
.
No Brasil, os picolés apareceram na década de 1940, com a vinda da empresa U.S.Harkson para o Rio. À época ela estava instalada na China e saiu de lá diante de uma ameaça de guerra com o Japão
.
Nas bandas de cá, a pioneira adotou o nome Sorvex Kibon. Carrinhos azuis e amarelos aram a circular pelas praias.
.
Os dois primeiros lançamentos, o Chicabon e o Eskibon, são produzidos até hoje
.
"De todos os lugares do mundo, foi no Brasil onde o picolé mais se adaptou", considera o chef Francisco Sant'Ana, da Escola Sorvete.
Segundo ele, a facilidade e o baixo custo de produção fizeram com que o produto vingasse por aqui. "O primeiro emprego na comunidade é de vendedor de picolé, que começa vendendo sacolé", diz
.
Além disso, o sucesso a pela nossa relação com as frutas das estações - embora, com o tempo, o produto tenha ado a ser mais industrializado
Como não há lei para regulamentar o sorvete de palito, hoje um picolé de limão comum pode ter apenas cerca de 3% da fruta. "O restante é água, saborizante e açúcar. Ficou mais fácil e barato comprar um pó e misturar", explica o chef
.
Há alguns anos, foi a vez dos 5 minutos de fama das paletas, tradicionais no estado de Michoacán, México. Maiores que o picolé comum e recheadas, elas tiveram um boom no Brasil
.
Mas não demorou para o hit derreter. Quando a novidade ou, muitas paleterias fecharam ou viraram sorveterias comuns para sobreviver. O picolé, por outro lado, segue como queridinho nacional
.
Publicado em 01 de março de 2022.
Reportagem: Larissa Linder

Edição: Juliana Sayuri e Eduardo Burckhardt

Design: Carol Malavolta

Imagens: iStock e divulgação