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Máscaras de pano viram fonte de renda e podem se tornar item fashion

Máscara de pano da Meu Universo: alternativa na pandemia - Reprodução Instagram/@meuuniverso__
Máscara de pano da Meu Universo: alternativa na pandemia Imagem: Reprodução Instagram/@meuuniverso__

Natália Eiras

Colaboração para Nossa

22/05/2020 04h00

Desde março, a Organização Mundial de Saúde recomenda que as pessoas usem máscaras em lugares públicos. Diante da escassez ou altos preços das máscaras descartáveis, o item feito de pano, chamado de máscara social, se tornou comum.

Marcas e pequenos empreendedores viram, então, no ório uma forma de gerar caixa durante a pandemia de covid-19, infecção causada pelo novo coronavírus, e de contribuir para que o surto acabe o quanto antes.

Carlos Cuorini, CEO da Elo7, plataforma de vendas para pequenos empreendedores e artesãos, conta que, em abril, haviam por volta de 10 mil máscaras sociais disponíveis no site. "Porém, com a recomendação da OMS, esse número triplicou", diz em entrevista para Nossa. Atualmente, há por volta de 30 mil itens à venda e 4 mil vendedores com máscaras disponíveis.

Máscaras de pano - Meu Universo - Reprodução Instagram/@meuuniverso__ - Reprodução Instagram/@meuuniverso__
A confecção das máscaras foi alternativa para a crise
Imagem: Reprodução Instagram/@meuuniverso__
Antes da pandemia, a costureira Rosimeire Sumaqueiro trabalhava com costura criativa, fazendo brinquedos e bonecos de tecido, na marca Meu Universo. Com a quarentena decretada, as feiras que ela participava pararam de acontecer e os pedidos não chegavam mais. "Fiquei zerada, não tinha mais dinheiro para pagar minhas contas básicas e precisava ter a ajuda de minhas filhas", fala. Ao longo do surto, ela voltou para a máquina de costura para fazer máscaras para seus familiares. "Quando vi, tinha vários pedidos de pessoas querendo o ório."

De acordo com Rosimeire, desde março, ela já vendeu por volta de 3 mil máscaras. Cada uma delas custa R$ 12 no varejo ou R$ 5 nos pedidos acima das 30 unidades. "Foi sem pretensão nenhuma, mas foi o que me salvou", fala a costureira.

Máscaras sociais

Máscara estamparia social - Reprodução/ Instagram @estampariasocialsp - Reprodução/ Instagram @estampariasocialsp
Máscara da Estamparia Social: colab para distribuição em unidades prisionais e centros de acolhimentos
Imagem: Reprodução/ Instagram @estampariasocialsp
Por mais que tivesse um trabalho social importante com egressos do sistema prisional, a Estamparia Social viu, com a chegada da pandemia ao Brasil, suas atividades pararem por tempo indeterminado. "Não podemos dar cursos nesse momento e ninguém está estampando camiseta com tudo isso acontecendo", fala Robson Matheus Sanches Arruda, fundador e gestor da marca.

Ainda assim, eles tiveram uma crise de consciência antes de começar a vender máscaras sociais, mesmo esta sendo a única forma que eles encontraram de ter caixa durante a pandemia.

Ficamos nos perguntando se gostaríamos de vender lenços para quem está chorando"

A saída foi fazer a venda casada com uma iniciativa para fazer doações para egressos em situação de vulnerabilidade venderem e terem uma renda. "Cada unidade que vendemos, nós doamos outras quatro", fala. A máscara sai, cada uma, por R$ 5. "A gente vendeu, no último mês, por volta de 500 itens e doamos 2 mil." A previsão de Robson é que essa quantidade dobre no próximo período de 30 dias. "Já tivemos, até agora, um aumento de 43% nas vendas".

Comprar = doar

O estilista Isaac Silva - Divulgação - Divulgação
Isaac encontrou no mix da venda casada com doação uma maneira de prover máscaras
Imagem: Divulgação
Isaac Silva, designer cuja marca faz parte do calendário de moda de São Paulo, também encontrou na venda casada com doação uma maneira de prover máscaras. "Muitas pessoas não conseguem comprar o item, então a moda entra nesse papel", diz o estilista.

Assim, o artista pegou insumos retalhos de sua produção de roupas e, uma parte, doou para costureiras da Brasilândia e, com a outra, fez máscaras para serem vendidas sob sua etiqueta. "Elas têm um valor ível: o pacote de seis unidades custa R$ 49. O comprador recebe quatro e duas são doadas para refugiados", afirma em entrevista por telefone.

ório fashion?

Assim, é comum as iniciativas que transformam as máscaras em uma maneira de retribuir e ajudar a sociedade. Porém, como qualquer ório que se torna indispensável no vestuário, o item tem ganhado ares fashion.

mascaras osklen - Reprodução - Reprodução
As polêmicas máscaras da Osklen, que levantaram críticas durante a pandemia
Imagem: Reprodução
A etiqueta carioca Osklen foi criticada por vender um conjunto com duas máscaras por cerca de R$ 140, enquanto a presidente da Eslováquia, Zuzana Caputova, viralizou nas redes sociais, em março, por combinar a máscara social com o casaco. Isso abre o debate sobre se é justo o item, até então de segurança sanitária, entrar para o look do dia como uma bolsa ou um chapéu.

Rosimeire comenta que, no início, os pedidos por máscaras vinham acompanhados de muita preocupação sobre segurança. "As pessoas as queriam mais justinhas, que ficassem certinhas no queixo e no nariz", diz a costureira. Nas últimas semanas, no entanto, a natureza das exigências mudou.

Agora elas estão pedindo máscaras de personagens, com estilizações. Eu não as faço porque esses tecidos costumam ser sintéticos e eu uso apenas os de 100% algodão, mais recomendado para a confecção de máscaras"

Fernando Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, percebe que a popularização da máscara pode não recuperar o prejuízo causado pela pandemia no setor, mas que deve entrar, sim, para o guarda-roupa das pessoas e no repertório das confecções.

"Ainda não temos nenhum tratamento eficaz contra o novo coronavírus, então temos uma vida longa para esse tipo de ório pela frente". O empresário acredita que a máscara deve fazer parte do nosso cotidiano até, pelo menos, meados de 2021. "Assim como já acontece em países como Japão, China e Coreia".

Máscara como hábito

Convidada da Amazon Fashion Week com máscara na edição de 2019 - Matthew Sperzel/Getty Images - Matthew Sperzel/Getty Images
Convidada da Amazon Fashion Week Tokyo com máscara na edição de 2019
Imagem: Matthew Sperzel/Getty Images

Nesses países asiáticos, a máscara realmente já faz parte do repertório de seus habitantes. Ela é o ório favorito de celebridades que querem se camuflar em lugares públicos e aparece até em looks do dia no Instagram.

Máscara Itaewon Class - Reprodução - Reprodução
Cena da série Itaewon Class
Imagem: Reprodução
Na série "Itaewon Class", uma das apostas da Netflix em dramas coreanos, há, inclusive, inserção de marca de uma fabricante de máscaras sociais. Mas, para Robson Arruda e Isaac Silva, não devemos comparar um aspecto cultural de países asiáticos com o contexto brasileiro, onde a máscara se tornou item essencial por conta de uma pandemia.

"É claro que ela se tornar um ório é inevitável, mas não acho que este é o momento para isso", diz o estilista Isaac Silva. Para o artista, em um país que muitas pessoas não têm a possibilidade de comprar uma para se precaver, é insensibilidade torná-la um item de consumo. "Ela, neste momento, é um item básico."