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Brasileiros nos EUA revelam o que ninguém conta sobre viajar com motorhome

Alessandra Horn e David Reis decidiram pegar a estrada em plena pandemia - Arquivo pessoal
Alessandra Horn e David Reis decidiram pegar a estrada em plena pandemia
Imagem: Arquivo pessoal

Marília Marasciulo

Colaboração para Nossa

07/10/2020 04h00

A pandemia do novo coronavírus foi um empurrão para que o casal Alessandra Horn, 31 anos anos, e David Reis, 33, realizasse uma das maiores aventuras de suas vidas: atravessar os Estados Unidos em um motorhome. Por 40 dias, eles cruzaram 11 estados e percorreram 12 mil quilômetros entre Los Angeles, na Califórnia, e Miami, na Flórida.

Descobrimos que o país é exatamente o que os brasileiros veem na sessão da tarde, parecia que a gente estava dentro de um filme", conta David.

Há quase dois anos morando em Los Angeles, onde ela trabalha como produtora e ele, como diretor de fotografia, a pandemia os fez encarar uma decisão difícil.

Em maio, mais ou menos dois meses depois do início da quarentena, seus trabalhos foram cancelados, visto que a maioria dos sets e produções foram temporariamente suspensos. Com o dólar batendo R$ 6 na época, as economias poupadas no Brasil para momentos de emergência seriam consumidas em pouco tempo.

Alessandra em uma das belas paisagens que conheceu ao lado do marido nos EUA - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Alessandra em uma das belas paisagens que conheceu ao lado do marido nos EUA
Imagem: Arquivo pessoal

"Tínhamos que decidir entre ficar em LA só perdendo dinheiro, porque não poderíamos trabalhar, nos mudar para um estado mais barato, voltar para o Brasil ou fazer algo fora do óbvio", diz David. "Voltar para o Brasil ou mudar para outro estado significaria abrir mão da carreira pela qual batalhamos em Hollywood."

Escolheram, então, apostar alto, e usar o tempo ocioso para tirar do papel um projeto antigo de documentar a cultura norte-americana através de personagens que a simbolizam. Uma cowgirl no Texas, um blueseiro em Nova Orleans, um Xerife de cidade do interior? Para encontrá-los e entrevistá-los, teriam que percorrer o país, e aí veio o segundo dilema: como fazer isso em plena pandemia?

David Reis e seu motorhome - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
David Reis e seu motorhome
Imagem: Arquivo pessoal

"Chegamos à conclusão que motorhome seria perfeito, pois poderíamos ficar em isolamento ao dispensar idas a restaurantes e pernoites em hotéis", diz Alessandra.

Logo no primeiro dia na estrada, perceberam também que o próprio meio de transporte é um dos grandes símbolos da cultura americana. "O país é muito preparado para viagens terrestres, especialmente com RV [como o veículo é mais conhecido por lá], e a experiência mais contundente de conhecer os EUA só se dá por estrada, pegando chão mesmo", ressalta Alessandra.

Alessandra ira a paisagem em cima de seu motorhome - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Alessandra ira a paisagem em cima de seu motorhome
Imagem: Arquivo pessoal

O que ninguém conta sobre viajar de RV

Mas nem tudo são flores quando se viaja carregando uma pequena casa. "Ninguém te conta nada sobre como é viajar de RV", brinca Alessandra.

Existe toda uma estrutura de encanamento, esgoto, é preciso tempo e paciência para se dedicar a ele."

E é caro: só o aluguel do veículo, que o casal conseguiu graças a uma parceria com uma empresa de motorhomes, custaria entre US$ 12 e US$ 15 mil pelo período pelos 40 dias - lembrando que existem infinitos tipos e modelos deste tipo de veículo e o preço varia também conforme o ano, se tem ar condicionado e etc.

Foi também um desafio para o relacionamento. "Pensamos em sair um pouco de casa para não ficar mais tanto juntos, e de repente estávamos a menos de um metro de distância um do outro o tempo todo", diz Alessandra. Juntos há 16 anos, confessam que a primeira semana foi um pouco caótica.

David no motorhome que divide com a esposa Alessandra em viagem pelos EUA - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
David no motorhome que divide com a esposa Alessandra em viagem pelos EUA
Imagem: Arquivo pessoal

As vantagens, porém, compensam. "É uma liberdade muito grande, e te dá o conforto e a tranquilidade de estar em casa", diz David. Para deixá-lo ainda mais com cara de lar, decoraram o veículo com colagens, plantas, cartões postais dos lugares por onde avam e post its (afinal, era uma viagem também de trabalho).

Por causa da pandemia, muitos lugares turísticos estavam fechados. Ao mesmo tempo, isso facilitou o trajeto, visto que os estacionamentos de motorhome, que costumam ser disputados, estavam vazios. E, no fim, o casal percebeu que o legal mesmo era "se perder por aí", como repetiam constantemente durante a viagem, e explorar principalmente as cidades pequenas.

Lições para a vida

A maior surpresa foi a minúscula Circleville, em Utah, uma cidade no meio de montanhas com 483 habitantes. Em tese, seria apenas uma agem para descanso entre parques nacionais a caminhos de Denver. No fim, ficaram quatro dias. "As pessoas mais interessantes, com histórias mais legais e melhores locações estão nas cidades pequenas", conta David. "Mas é muito raro que algum turista que venha aos EUA vá a um lugar como Circleville."

Circleville, em Utah, uma das cidades surpreendentes que o casal conheceu nos EUA - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Circleville, em Utah, uma das cidades surpreendentes que o casal conheceu nos EUA
Imagem: Arquivo pessoal

Eles também se surpreenderam com a solidariedade na estrada. O próprio trajeto, em zigue-zague, foi indicado por outra viajante, que tinha muita experiência viajando com motorhomes e conhecia as melhores rotas. "amos por várias pessoas nos 40 dias que nos estenderam a mão, vimos um lado mais humano dos americanos, que não tínhamos visto até agora", diz David.

E aprenderam que, na estrada, a lei mais respeitada é a do "e adiante", resposta que recebiam quando perguntavam como podiam retribuir o favor. "Foi legal que, mais para o fim da viagem, foi nossa vez de responder 'e adiante' quando ajudamos uma pessoa", observa Alessandra.

David Reis e Alessandra Horn - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
David Reis e Alessandra Horn
Imagem: Arquivo pessoal

Eles afirmam ter se sentido profundamente transformados pela aventura. Primeiro, porque as distâncias parecem ter se encurtado. "Ir a São Francisco, que fica a seis horas de carro, virou um pulinho", brinca David. E, principalmente, porque viram um lado do país que jamais imaginariam conhecer. "Abriu nossa mente para o resto da vida", concorda o casal.

Agora, já compartilham dicas com amigos e planejam aonde levar familiares e amigos quando todos estiverem liberados para viajar — o que provavelmente só vai acontecer depois que o documentário, que motivou toda a empreitada, for lançado em dezembro.