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Carona vira estilo de vida de viajante que cruza o Brasil com desconhecidos

Arthur pedindo carona para ir para Curitiba - Arquivo pessoal
Arthur pedindo carona para ir para Curitiba Imagem: Arquivo pessoal

Marcel Vincenti

Colaboração para Nossa

23/06/2021 04h00

Em 2016, o dinheiro do mochileiro carioca Arthur Lanari Rangel (@arthurlanari) ficou curto no meio de uma viagem pela África. No Malawi, para continuar viajando, resolveu ir para a estrada e pedir carona. O movimento deu certo e experiência no continente africano acabou virando um estilo de vida.

Desde então, Arthur já viajou por dezenas de milhares de quilômetros a bordo de veículos de pessoas desconhecidas. Só no Brasil, por exemplo, ele diz que percorreu, nos últimos anos, mais de 30 mil quilômetros pegando carona na estrada.

Com carona, por exemplo, fui de Pernambuco até Alter do Chão (PA), da Chapada dos Veadeiros (GO) para Itacaré (BA) e do Sudeste para o Rio Grande do Sul. Também já cruzei o Pantanal e, uma vez, fui do Amazonas até o Rio de Janeiro".

E, para o carioca, tal atividade deixou de ser simplesmente uma maneira de economizar dinheiro em suas viagens.

Arthur em carona com família - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Arthur em carona com família
Imagem: Arquivo pessoal
Fazendo amigo em posto de caminhoneiros - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Fazendo amigo em posto de caminhoneiros
Imagem: Arquivo pessoal

Ao embarcar em veículos de estranhos, ele, que é extremamente sociável, começou a conhecer pessoas fascinantes, com as quais desenvolveu verdadeiras amizades.

"São pessoas que te ajudam quando você está necessitado, sem pedir nada em troca. Elas me pegam na estrada porque realmente querem me auxiliar a chegar ao meu destino. E, em quase 100% dos casos, acabo desenvolvendo ótimas amizades com os motoristas e, às vezes, até com suas famílias", afirma.

Hoje em dia, posso até ter grana para pagar um ônibus. Mas prefiro ir de carona, porque sei que, no caminho, irei ganhar novos amigos".

De barco a trator

Equipado com seu mochilão e hoje com 26 anos, Arthur já pegou carona em uma inacreditável variedade de veículos, como carros de eio, caminhões, barcos (para cruzar rios no interior do país), picape que transporta botijões de gás e até um trator — cujo condutor o viu caminhando no litoral da Bahia e o chamou a bordo, para levá-lo até seu destino.

Arthur pegou carona até em caminhão de botijão de gás - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Arthur pegou carona até em caminhão de botijão de gás
Imagem: Arquivo pessoal

Frequentemente, para conseguir estes transportes gratuitos em centros urbanos, o viajante vai até postos de combustíveis localizados na saída das cidades e, lá, aborda os motoristas (muitas vezes caminhoneiros), indicando o lugar para onde está indo e perguntando se há espaço no banco dos ageiros.

Geralmente, recebo 70 'nãos' antes de ganhar um 'sim'. Mas sempre tento fazer com que os motoristas entendam que sou uma pessoa de boa índole, trocando ideia com eles e contando minha história", explica.

As caronas de Arthur Rangel pelo Brasil

"Nestes poucos segundos de conversa, eles têm que sentir confiança para colocar um estranho dentro de seus veículos".

Às vezes, Arthur também pede caronas em rodovias, com o famoso polegar para cima. E, em cidades menores, ele fica em lugares perto da estrada como lanchonetes onde os caminhoneiros param para almoçar e ao lado de carrinhos que vendem pastel e caldo de cana.

Porém, há também casos em que, ao vê-lo caminhando sozinho pela estrada, os próprios motoristas se detêm no acostamento e oferecem transporte.

Comece pelo simples

Arthur conta que nunca enfrentou situações perigosas ao pedir carona. "Acho que o fato de eu ser alto e tatuado afasta pessoas mal-intencionadas", relata ele, dizendo também que lidou com pouquíssimos perrengues por causa de seu estilo de vida.

Arthur de carona em trator - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Arthur de carona em trator
Imagem: Arquivo pessoal

Um deles ocorreu durante uma viagem pela região Norte do país: certo dia, ele teve que andar 46 quilômetros pela BR-319 até que asse alguém disposto a levá-lo em seu veículo.

"Felizmente, antes de chegar a uma parte enlameada da estrada, consegui carona com um caminhão, mas foi um perrengue bizarro".

E ele tem alguns conselhos para quem pretende viajar neste estilo pelo Brasil.

"Para quem não tem experiência na prática, indico começar com trajetos mais tranquilos. Tente pegar carona em algum percurso turístico de interior, indo de cidades pequenas até cachoeiras nos seus arredores ou para circular em áreas da Chapada Diamantina ou dos Veadeiros. São ótimos lugares aprender com calma como conseguir carona".

O carioca também recomenda que, ao tentar a sorte em postos de combustíveis, o viajante chegue cedo, para pegar o horário em que os caminhões estão saindo para a estrada.

Nos postos, eu geralmente chego entre 6 e 7 da manhã. E, quanto mais cedo você pega a carona, mais longe consegue ir durante o dia".

"E, acima de tudo, vá para a estrada com boas intenções", recomenda Arthur, dizendo que, para ele, isso ajuda a atrair pessoas boas durante a viagem.