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Influencer brasileiro faz operação para resgatar sogra e mais 13 da Ucrânia

Tetiana Sukhoparova, de 52 anos, tenta deixar a Ucrânia com a ajuda do genro brasileiro, um especialista em imigração e um jogador de futebol - Reprodução/Arquivo Pessoal
Tetiana Sukhoparova, de 52 anos, tenta deixar a Ucrânia com a ajuda do genro brasileiro, um especialista em imigração e um jogador de futebol Imagem: Reprodução/Arquivo Pessoal

Maurício Businari e Eduardo Vessoni

Colaboração para Nossa

25/02/2022 18h21

Desde que a invasão russa à Ucrânia teve início, o influenciador digital Anderson Dias, 28, tem trabalhado para unir esforços e conseguir retirar do país a mãe da namorada, Alesya Sukhoparova, 28. De agem por Nova York, nos EUA, ele conseguiu, com a ajuda de um especialista em imigração e um jogador de futebol, coordenar uma operação de resgate para Tetiana Sukhoparova, 52, e outras 13 pessoas.

Em stories e posts publicados no Instagram, Dias narra em detalhes os esforços para retirar Tetiana do país pela fronteira com a Polônia e comenta as circunstâncias do conflito entre Ucrânia e Rússia — países que o influencer do ramo de turismo já visitou pessoalmente. A tensão continua enquanto um cessar-fogo ainda não foi negociado.

Para conseguir elaborar a estratégia, Dias contatou o especialista Leonardo Freitas, CEO da Hayman-Woodward, escritório de advocacia imigratória global, com sede em Washington (EUA), que imediatamente se dispôs a colaborar.

Freitas, que também é membro do conselho de reforma imigratória do governo Biden, disponibilizou um avião com condições de transportar 14 ageiros, pertencente à empresa. Como o espaço aéreo foi interditado na Ucrânia, o plano era conduzir as pessoas resgatadas, entre elas Tetiana, até a fronteira com a Polônia — país que foi o primeiro a enviar tropas de apoio militar à região. De lá, o avião disponibilizado pela Hayman-Woodward deve decolar no domingo com destino a Portugal, Arábia Saudita ou algum outro país que autorize o pouso.

"A ideia começou com ajudar a mãe da Alesya, namorada do Anderson, para vir para os EUA através de um parole humanitário, que é um documento fornecido pela imigração americana a pessoas que estão em situação de emergência como essa, mesmo que não tenham um visto dos EUA", explicou Freitas a Nossa.

A mãe de Alesya, Tetiana, tenta alcançar a fronteira da Ucrânia com a Polônia por via terrestre - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
A mãe de Alesya, Tetiana, tenta alcançar a fronteira da Ucrânia com a Polônia por via terrestre
Imagem: Arquivo Pessoal

Tetiana, no entanto, mora na cidade de Kremenchuk, região central da Ucrânia, a cerca de 325 km da capital, Kiev. Era preciso então iniciar o resgate por vias terrestres.

"Conseguimos então contatar o jogador de futebol Lucas Rangel, que joga por um time ucraniano, que foi com um grupo de colegas dele para pegá-la em casa e levá-la até a fronteira", contou Anderson Dias ao Nossa. "Conseguimos também um contato com um pessoal na Polônia, para conseguir ar as pessoas que iriam pegar o avião".

Quando é preciso deixar vidas para trás

Dias conta que Tetiana morava com um namorado e um gato em uma casa simples, mas confortável, e que teve que deixar tudo para trás para poder fugir.

Ela teve que deixar o namorado [ucraniano], que não pode sair do país, o gatinho que ela amava, porque não aria pela fronteira, todas as coisas dela. Saiu com uma malinha de mão. Foi complicado, bem triste essa despedida.
Anderson Dias, influenciador do ramo do turismo

Alesya, que mora nos EUA, tenta resgatar a mãe, que mora na Ucrânia, com a ajuda do namorado - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Alesya, que mora nos EUA, tenta resgatar a mãe, que mora na Ucrânia, com a ajuda do namorado
Imagem: Arquivo Pessoal

A viagem de Rangel e Tetiana teve início na noite de ontem e Dias conta que não tem sido fácil para eles enfrentar as mais de 12 horas de viagem que separam Kremenchuk de Lviv, cidade na fronteira entre Ucrânia e Polônia. Muitos tanques de guerra pela estrada, soldados fazendo guarda, sem contar os milhares de veículos que também tentam alcançar Lviv.

"A noite foi tensa, ainda temos mais ou menos cinco horas de estrada pela frente", relatou o atacante, no trajeto a Lviv.

Algumas estradas foram bloqueadas e o grupo teve que encontrar atalhos para conseguir chegar à cidade, o que tornou a viagem ainda mais longa.

A situação é caótica. Os bancos fecharam e as operações de crédito cessaram. Não dá para usar mais cartão, apenas dinheiro. Os supermercados estão ficando sem alimentos e os postos de gasolina quase não têm mais combustível. A apreensão é muito grande, mas a boa notícia é que minha sogra já está chegando perto de Lviv.

Enquanto isso, a Rússia já emitiu ameaças à Otan para o caso de outros países como Suécia e Finlândia entrem para o acordo.

Visita à namorada vira operação de guerra

Apesar dos pais viverem na cidade do Porto, em Portugal, Dias se considera um nômade e já visitou 196 países. Em uma estada em Nova York, há um ano, conheceu Alesya, que mora há 7 anos nos EUA, em uma festa no apartamento de um amigo. Os dois se apaixonaram e começaram a namorar.

Depois de ar um tempo viajando, Dias chegou há 4 dias em Nova York, para visitar a namorada. Ele não imaginava que uma guerra iria começar durante sua agem pelos EUA e conta que foi muito difícil para ele ver o desespero de Alesya, preocupada com a mãe.

O empreendedor digital Anderson e sua namorada, Alesya, cuja mãe está tentando fugir da guerra na Ucrânia - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
O empreendedor digital Anderson e sua namorada, Alesya, cuja mãe está tentando fugir da guerra na Ucrânia
Imagem: Arquivo Pessoal

É muito difícil estar do lado de uma pessoa cujo país está sendo bombardeado. É muito triste. Ela estava muito desesperada ontem, chorou, estava preocupada, angustiada. Eu não consigo dormir. São tantos detalhes para resolver e eu tenho recebido muitos vídeos e imagens que mostram os bombardeios e a destruição, gente morrendo. A Alesya está feliz que a gente conseguiu montar essa operação, mas enquanto a Tetiana não sair de lá, não teremos paz.

Até o fechamento desta reportagem, Tetiana e o jogador Lucas Rangel ainda não haviam conseguido chegar à fronteira. Segundo Leonardo Freitas, além do congestionamento das estradas, existe uma quantidade enorme de pessoas aguardando, na cidade de Lviv, autorização para atravessar para o lado polonês.

O especialista em imigração Leonardo Freitas, que cedeu o avião, e o jogador de futebol Lucas Rangel, que deu carona à mãe de Alesya - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
O especialista em imigração Leonardo Freitas, que cedeu o avião, e o jogador de futebol Lucas Rangel, que deu carona à mãe de Alesya
Imagem: Reprodução/Instagram

"É importante as pessoas saberem que as fronteiras ainda não estão fechadas", afirma Freitas.

Existe risco delas fecharem e, além disso, os homens de 18 a 60 anos estão proibidos de deixar o país, pois podem ser convocados à guerra pelas forças armadas a qualquer momento. Muitas mulheres brasileiras são casadas com ucranianos, o que está provocando muita confusão na fronteira. Entre as 14 pessoas que estamos tentando resgatar, existem algumas nessa situação.
Leonardo Freitas, especialista em direito imigratório global

Recomendações da embaixada do Brasil na Ucrânia

A Embaixada do Brasil em Kiev recomenda que brasileiros que estejam em condições de deslocar-se por meios próprios para outros países ao oeste da Ucrânia o façam tão logo possível, após informarem-se sobre a situação de segurança local. Serviços de trem, segundo o governo brasileiro, ainda estão funcionando.

Brasileiros que estejam em Odessa, Sul da Ucrânia, estão sendo orientados a cruzarem a fronteira com a Moldávia, que está próxima. Pelo mesmo motivo, os cidadãos do Brasil em Lviv, Oeste do país, estão sendo orientados a ir para Polônia.

Aos brasileiros em Kiev, a recomendação das autoridades ucranianas, no momento, é de não tentar sair da capital, tendo em conta os grandes engarrafamentos nas saídas da cidade. Será necessário aguardar novas instruções da embaixada.

Os brasileiros que estão em regiões na margem esquerda do rio Dnipro (leste do país), se não puderem seguir viagem para oeste por meios próprios ou de modo seguro, devem deslocar-se para Kiev e contatar a Embaixada assim que possível pelo plantão consular +380 50 384 5484.

O Itamaraty avalia enviar dois aviões da FAB para resgate de brasileiros.

Orientações à comunidade continuarão a ser transmitidas pelo Twitter (twitter.com/brasilukraine), Telegram (t.me/s/embaixadabrasilkiev) e Facebook (facebook.com/Brasil.Ukraine) da Embaixada em Kiev.

Reitera-se a importância do registro junto à embaixada por
meio do link: https://forms.gle/GjfKD3Mrbs1y9rAG7.