Chef Carole Crema mostra seu novo apê e conta: 'Não sou da sobremesa'

Hoje, às 21h30, a chef Carole Crema estreia à frente do programa "Quanto vale esse doce?", no canal GNT.

Para quem gosta de realities de gastronomia, um prato cheio, com o perdão do trocadilho: na competição, ela desafia os participantes a irem além do sabor. Ganha quem, ao final de cada episódio, tiver o maior valor em caixa.

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Feliz da vida, a cozinheira, empresária e mãe agora se torna de fato apresentadora de TV e equilibra os pratinhos sem perder a leveza.

Em um novo apartamento desde o ano ado, ela faz da sua cozinha um laboratório e vive transitando entre ela e a loja — a poucos os dali, nos Jardins, em São Paulo.

Tive que me mudar e tenho uma coisa forte com a casa. Enquanto não arrumei e coloquei a última florzinha no vaso eu não sosseguei, não consegui me sentir eu mesma.

A decoração colorida e cheia de histórias não tem nada comprado propositalmente. Veja os caixotes que compõem a estante da sala: estavam de lado na casa anterior. Sob o olhar dela se tornaram um móvel.

Ela e as duas filhas adolescentes se divertem com os rituais que envolvem a cozinha. "Sentamos para comer, arrumamos a mesa juntas. Ensinei o valor de receber as pessoas e elas amam acender velas. Tem aconchego aqui. A única coisa que não funciona é home office pois é uma casa que dificulta a concentração para tarefas mais burocráticas", ri Carole.

Cozinha, uma relação afetuosa

Há uma entrega sem muitos limites na relação de Carole com a cozinha. "Ela não se separa muito de mim. Amo cozinhar, amo meu trabalho e comunicá-lo", conta. É algo que vai além:

Doce para mim não ocupa o lugar de sobremesa. É comer antes do almoço, à meia-noite, às 17h... Não sou da sobremesa, aliás.

A ilha de madeira na cozinha é o lugar onde tudo acontece para ela, como um refúgio, à la Julia Child: "Cada pessoa quando chega em casa vai para um lugar. O meu é a ilha de madeira. Olho as mensagens ali, me sento e penso."

Acelerada, inquieta e cheia de ideias, Carole também gosta de ar o dia na cama aos domingos e curtir o dolce far niente — "o doce fazer nada", para os italianos.

Um costume herdado de seu pai. Família, sabores, ideias se misturam em seu lar, em sua marca, e hoje na TV. Veja mais segredos que levaram a chef confeiteira a ser um dos nomes mais incensados do país.

Qual é seu doce preferido?

Amo brigadeiro, quindim, pudim. Mas meu doce preferido é italiano e se chama sfogliatella, é bem específico de encontrar.

O que não pode faltar na cozinha?

Temperos doces e salgados? e tudo à mão, fora das gavetas. Chaleira elétrica para aquecer água, mas também para derreter chocolate, baunilha de todos os jeitos e limão siciliano — sempre tem na minha geladeira. Ah, e entre os temperos salgados, sálvia, tomilho, e pimentas.

E nos equipamentos, o que é essencial ter?

Tenho fouet de dois tipos, um tradicional e outro com bolinhas na ponta, além de espátula de silicone — a que eu gosto é muito baratinha, que raspa muito bem. Ah, e colher de pau. Teve uma época que se proibiu, mas essa resolução não se aplica à cozinha de casa.

Me conta os segredos que você tem na cozinha?

O segredo máximo é acidez, tudo melhora com um pouquinho de acidez. Doce, salgado... sentiu que faltou algo? Coloque três gotas de limão ou vinagre. Meus amigos me chamam de "Macgyver da Cozinha" e outro dia, fazendo uma sobremesa para eles num feriado, eles riram. Fiz uma banoffee e não tinha limão, coloquei vinagre. Deu certo a substituição. Meus quatro ingredientes da vida são manteiga, sal, açúcar e limão.