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DE CHOCOLATE O AMOR É FEITO

Uma das confeiteiras mais requisitadas na Páscoa, Carole Crema revela sua receita preferida (e secreta)

Flávia G. Pinho (texto); Fernado Moraes (fotos) Colaboração para Nossa

Carole Crema é uma das mais famosas confeiteiras do país — não há um dia sequer em que ela não apareça na telinha, como jurada do reality show "Que Seja Doce", exibido pelo canal a cabo GNT.

Engraçada e irônica, ela também se divide entre rádio, podcast, canal no YouTube e aulas, além de — ufa! — comandar uma concorrida confeitaria no bairro Jardim Paulista, que leva seu nome. Nas semanas que antecedem a Páscoa, a loja de esquina está sempre bombando.

Ela não é muito de seguir modinhas. Ainda bem. Este ano, quando a maioria das confeitarias continuou apostando nos ovos de Páscoa lambuzados de recheio, Carole relançou os ovos de chocolate tradicionais, ocos, que escondem bombons clássicos.

Sua ousadia já ficou para a história da confeitaria paulistana. Em 2002, cansada de errar no ponto do brigadeiro, ela ou a vender o doce em potinhos individuais. Acabou lançando oficialmente o brigadeiro de colher, que virou um hit país afora.

É também um brigadeiro que 'deu errado' a receita de família que Carole revela para Nossa (confira no final desta reportagem como fazer o Brigadeiro Queimadinho)

Chocólatra assumida

O chocolate sempre foi protagonista em sua carreira. Aos 16 anos, Carole derreteu algumas barras e modelou os primeiros ovos de Páscoa. "Sempre fui empreendedorinha e obriguei minha família a comprar os ovos", ela ri da lembrança. Dali em diante, a data se transformou em fonte de renda recorrente.

Formada em hotelaria, ela trabalhava na agência Stella Barros Turismo quando, em 1995, cismou de morar fora do país. Escolheu o curso de cozinha na Thames Valley University, atual University of West London, na capital britânica, e bancou o projeto com mais ovos de Páscoa. "Catei uma amiga, a Mônica, para me ajudar. A gente derretia o chocolate, misturava um crocante, criava embalagens transadas e vendia, tudo muito simples."

Carole (à direita) na escola em Londres - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Carole (à direita) na escola em Londres
Imagem: Arquivo pessoal

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Quatro anos depois, repetiu a receita para fazer um curso no Istituto per la Promozione della Cultura Alimentare (IPCA), em Milão.

Não tinha grana e fiz meia tonelada de ovos de Páscoa para vender, tudo na cozinha de casa"

O segredo que ninguém sabe

Como boa geminiana, Carole é curiosa, obcecada pelo estudo e pela técnica precisa, o que demonstra claramente como jurada do reality show. O que o público e os concorrentes nem imaginam é que o doce preferido da confeiteira, aquele que ela gosta de preparar em casa, na companhia das filhas Luiza e Beatriz, jamais aria por seu crivo como jurada — um brigadeiro de colher empelotado, que começa a grudar no fundo da a até formar pequenos grumos queimados.

Nada de chocolate com alto teor de cacau, como está na moda. Na receita, o trio usa Nescau mesmo, manteiga e, veja só, uma colher de sal refinado.

A gente come quente, com colher, quase sempre à noite, diante da TV. Nos fins de semana, fazemos todas as refeições na minha cama e esses são os momentos do brigadeiro"

Chocólatra confessa, Carole conta que torrou o primeiro salário na Americanas — comprou uma TV para seu quarto e o restante, gastou em chocolates. Nas viagens internacionais, era de lei a parada em free shops, de onde saía com caixas de barras e bombons. Luiza, a caçula de 17 anos, herdou da mãe essa paixão. "Ela a o dia assistindo a vídeos sobre cookies e brownies no Instagram. A mais velha, Beatriz, também gosta de doce, mas tem mais maturidade. E as duas cozinham bastante. Nunca foram do Miojo e do iFood."

Recordações de uma bagunceira

Carole sempre estimulou que as filhas entrassem na cozinha e, volta e meia, carregava as duas para suas aulas — professora da escola WK Cozinha há 25 anos, ela não ensina apenas receitas doces e eia com desenvoltura pela cozinha salgada. Mas sua infância foi bem diferente.

Nascida e criada na capital paulista, a pequena Carolina era uma espoleta. Amava ar os fins de semana em Itu (SP), na casa dos avós paternos, e as férias em Sacramento (MG), com os avós maternos.

Sempre fui muito levada e nunca pude entrar nas cozinhas das avós, porque elas não deixavam. Fui muito gulosa e vivia roubando cobertura de bolo sem ninguém ver. Por isso, qualquer coisa que desse errado era culpa da Carolina"

Carole Crema brincando de casinha - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Carole Crema brincando de casinha
Imagem: Arquivo pessoal

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Quando pergunto que receitas trazem as lembranças daquele tempo, Carole lista muitos quitutes - não por acaso, todos são doces. A avó Antônia, baixinha de sangue italiano, única dos irmãos nascida no Brasil - toda a família vinha de Santa Maria di Castellabate, sul da Itália -, cozinhava e costurava como ninguém. "Foi ela que me deu o apelido de Carole", conta a neta.

Casada com Hércules, leiteiro que entregava as garrafas de porta em porta, Antônia dividia a cozinha com a única filha mulher, Ana.

Essa casa, em Itu, foi minha principal referência, onde sempre tinha bolo, bolinho de chuva e rabanada. Minhas lembranças mais fortes sempre têm as duas, juntas na cozinha"

Nas férias mineiras, o clima era outro. Na grande casa rural da avó Elza, "meio índia, bem brasileirona", e do avô Sílvio, produtor de café, também vivia a mãe dele, Elizabeta, italiana da cidade de Mantova.

"Convivi bastante com essa bisa e sempre tivemos uma ligação muito forte. Ela era loirinha de olho azul, muito parecida comigo, e cozinhava com uma vitalidade..." A cozinha com fogão a lenha ficava do lado de fora e, no dia a dia, era comandada pela cozinheira Flor. "Ela fazia pilhas de banana da terra frita e muitas bolachinhas", recorda.

Tino comercial

Apesar de ter tantas memórias entrelaçadas com o fogão e a mesa, Carole garante que escolheu a atual carreira de forma 100% racional. Antes de cada matrícula, estudava o mercado e identificava oportunidades profissionais. Foi assim que escolheu estudar gastronomia, quando a graduação ainda não era moda no Brasil.

Também foi desse jeito que ela decidiu abrir a confeitaria La Vie en Douce (hoje Carole Crema), que já completou 22 anos. "Comecei como professora, mas entendi que não podia depender só de mim - se tivesse uma gripe, não conseguia trabalhar, por isso decidi empreender. Como já havia muitos restaurantes com chefs famosos, no começo dos anos 2000, e poucas confeitarias, achei que seria um caminho mais fácil."

Carole no início de carreira - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Carole no início de carreira
Imagem: Arquivo pessoal

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Hoje, Carole ite que "cozinha no computador". Cria as receitas, as coloca no papel e entrega a produção a uma equipe azeitada na fábrica, onde ingredientes como leite condensado, açúcar e chocolate são consumidos às toneladas.

Pilotar o fogão virou tarefa exclusivamente doméstica, dedicada às filhas e às comidinhas de colo. "Uma delas é um pavê de amendoim mequetrefe, feito com creme de leite, açúcar, leite condensado e manteiga, gordo pra caceta", confessa. E o brigadeiro queimadinho, cuja primazia nenhum doce consegue ameaçar.

Brigadeiro Queimadinho de Carole Crema

Ingredientes

  • 1 lata de leite condensado
  • 4 a 5 colheres (sopa) de Nescau
  • 1 colher (sopa) de manteiga
  • ½ colher (café) de sal refinado

Modo de fazer

Misture os ingredientes e leve ao fogo alto, mexendo sem parar, até que o doce comece a pegar no fundo da a e formar pequenos grumos.

Desligue, deixe amornar e sirva na própria a.

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