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Lucio Mauro deveria lamentar ter traumatizado LGBTs e não o baixo salário

Colunista do UOL

28/09/2022 15h45

Lúcio Mauro Filho foi parar nas manchetes nesta semana por relembrar seu salário na época do "Zorra Total", na Globo. Em entrevista ao podcast "Papagaio Falante", o ator declarou que ganhava R$ 1,2 mil mensais na emissora. "Eu ganhava R$ 1,2 mil no 'Zorra'. Eu queria morar com Cíntia [Oliveira, sua esposa desde 1999], ela ganhava dinheiro, mas não era carteira assinada. E, para a gente alugar apartamento, alguém tem que estar trabalhando [formalmente]", afirmou ele, que disse ainda ter sido alvo da revolta do pai, Lucio Mauro. "Meu pai até brigou comigo quando eu fechei. Quando contei para o papai, ele ficou duas semanas sem falar comigo. 'Idiota! Tu és um imbecil!"

Na época, Lúcio interpretava Alfredinho, um homossexual afeminado que o pai tentava apresentar aos amigos como machão a todo custo. A declaração causa espanto pelo valor baixo até mesmo para o final dos anos 90 e começo dos anos 2000, mas o que choca mesmo é o fato de, até hoje, ninguém ter parado para pensar no quão prejudicial para a comunidade LGBTQIAP+ era esse segmento do humorístico da Globo. Alfredinho não correspondia aos ideais de masculinidade tóxica, todos riam dele e de seus trejeitos. Até aí, nada de novo no "humor" da época, que transformava gays em chacota. O que perturbava mesmo era o bordão. Ao final do quadro, Jorge Doria, que interpretava o pai do personagem, olhava para a câmera e questionava: "Onde foi que eu errei?".

Para qualquer LGBT sentado no sofá com sua família numa noite de sábado, isso era um tremendo constrangimento. Não somente pela chacota feita pelas piadas, mas pelo crivo de que 1) pai nenhum gostaria de ter um filho homossexual e 2) ser gay seria claramente um "erro". Por muito tempo os humorísticos e novelas brasileiros basearam a figura dos LGBTs no campo da humilhação. Personagens tinham de ser apenas de um jeito, extremamente caricatos ou sexualizados, mas nunca com direito ao afeto. Era raridade ver histórias de amor ou flerte - numericamente ainda são poucas.

No "Zorra Total", programa "familiar", o panorama era um pouco mais grave. Qualquer adolescente pelo Brasil recebia da televisão uma sentença de não-pertencimento. Este que vos escreve foi um deles. Hoje um artista esclarecido, progressista e consciente, Lúcio Mauro Filho, mais do que lamentar o baixo salário que recebia nessa época, deveria rever sua história e sua responsabilidade em propagar homofobia ainda que sob forma de "humor". Que não encare este texto como um ataque, mas, sim, um convite à reflexão. A Globo não tem que se desculpar por ter pago pouco, mas, sim, por ter pago para ofender e traumatizar uma comunidade inteira.