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Música

Rock in Rio

Palco de 10 andares, 700 mil pessoas, R$ 1,7 bi: os números do Rock in Rio

Mapa da Cidade do Rock em 2022 - Divulgação — Mapa da Cidade do Rock em 2022 Imagem: Divulgação

De Splash no Rio

02/09/2022 04h04

Não é exagero chamar o espaço em que o Rock in Rio é realizado de Cidade do Rock. Pelo menos durante sete dias, 385 metros quadrados se tornam o espaço mais badalado do país e atrai 700 mil pessoas, entre moradores e turistas. O número equivale a cerca de 10% dos habitantes da cidade.

E não é só esse dado que é grandioso. O Rock in Rio, que começa hoje e promete "ser o maior de todos os tempos", tem números grandiosos em torno do seu funcionamento, envolvendo a estrutura do espaço, atrações e a cidade.

O espaço mais badalado, claro, é o Palco Mundo. Lá é onde tocam as bandas mais aguardadas. Sua estrutura tem uma altura de 30 metros, o que equivale a um prédio de dez andares, além de 100 metros de largura, o que poderia ser, facilmente, um quarteirão do seu bairro. No total, são 200 toneladas de aço reciclado, segundo a Gerdau, empresa responsável pela construção da estrutura. A montagem começou em maio e terminou quase agora, ou seja, durou cerca de três meses.

Diariamente, serão 14 horas de música em nove palcos do festival e estandes montados pelas marcas patrocinadoras. No total, são 200 ativações de marcas, o que proporciona muitas lojinhas para compras de mimos e comida, além de brindes que são distribuídos e outras experiências. Além disso, 1255 artistas, contando com cantores, músicos, bailarinos, artistas visuais, projetistas e grafiteiros, vão ar pelo festival em 300 shows e 500 horas de entretenimento.

Alguns números dos bastidores também são curiosos. Recentemente, a produtora Ingrid Berger, que trabalha na organização dos camarins, contou que apenas a banda Guns N' Roses pediu 250 toalhas. Imagina o total do festival inteiro? Outro pedido excêntrico e numeroso são os 80 kg de gelo para Justin Bieber.

A edição de 2022 é a 22° da história do festival de música, incluindo as realizadas em países como Portugal, Espanha e Estados Unidos. Segundo a organização, pelas Cidades do Rock já aram mais de 10 milhões de visitantes nas 21 edições.

Alguns artistas já são figurinhas conhecidas. Ivete Sangalo, por exemplo, já tocou em 16 edições e está de volta ao palco em 2022. Os metaleiros do Sepultura não ficam muito longe. Será a décima apresentação deles neste ano.

Além da festa: os números pela cidade

Para que o evento funcione, são empregados 28 mil trabalhadores direta ou indiretamente. Na segurança do espaço, não é só o cão-robô Yellow que vai estar por lá, serão 550 policiais estarão na Cidade do Rock. Na região, o efetivo será de 1.620 por dia.

O restante da cidade também é impactada pelos números do festival. Segundo o festival e a Prefeitura do Rio, espera-se que o festival impacte R$ 1,7 bilhão na economia da cidade e aqueça o turismo. Neste ano, 60% dos ingressos vendidos foram para pessoas de fora do estado do Rio de Janeiro, algo em torno de 420 mil. 80% da rede hoteleira da cidade está preenchida.

O aeroporto RIOGaleão espera um incremento de aproximadamente 22 mil ageiros entre os dias 1º e 15 de setembro, um aumento de 11% em relação à primeira quinzena do mês de anterior. No total, são esperados 133 voos extras para o período, segundo dados da Rio Convention Bureau.

Números da sustentabilidade

Além disso, números relacionados a sustentabilidade também são marcantes. Cerca de quatro milhões de copos plásticos devem ser reciclados na atual edição. Os copos usados pelos fãs na Cidade do Rock serão transformados pela Braskem em matéria-prima para a produção de embalagens de produtos da Natura. Heineken e Coca-Cola também participam da ação.

Mas não é só copo que gera lixo. Segundo a Comlurb, a empresa recolheu 321,3 toneladas de lixo em 2019, sendo 70% de material reciclado. Ainda não há a estimativa deste ano, mas há uma novidade: uma Central de Higiene, montada pela empresa Steffen, que espera reduzir até 200 vezes o descarte de embalagens plásticas de produtos de limpeza no meio ambiente.