Datena critica Neymar por ausência no velório de Pelé: 'Tinha obrigação'

Na edição de hoje do "Brasil Urgente" (Band), o apresentador José Luiz Datena, de 65 anos, ficou incomodado com a ausência do atacante Neymar, de 30, no velório do Rei Pelé — que morreu no último dia 29 de dezembro, de falência múltipla dos órgãos, aos 82.

Enquanto era exibido imagens do velório do rei do futebol ao vivo, Datena foi informando que o Paris Saint-Germain, time da França, não liberou Neymar para comparecer ao cortejo no estádio Vila Belmiro, em Santos. Sem papas na língua, o jornalista criticou o atleta por pressionar o time francês só quando lhe convém.

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Se aperta, ele viria. Se o Neymar quisesse ser liberado, ele viria... O Neymar podia muito bem ter pressionado o PSG pra vir pra cá. Ele já pressionou várias vezes pra vim em festa, por que não pressionar para dar um adeus ao Pelé?
Datena

"Acho que o Neymar, como jogador brasileiro, tinha como obrigação pelo menos ar pelo caixão do Pelé para se despedir. Seria uma imagem muito legal para reestruturação do futebol brasileiro, se é que ela existe com esses personagens que esquecem das origens e da [própria] história", acrescentou.

O âncora do "Brasil Urgente" abriu as críticas aos jogadores atuais da Seleção Brasileira. Ele diz que a necessidade de aparecer e ostentar na internet está acima da prioridade de representar o país em competições internacionais.

"Estão tão distante do povo, é por isso que a gente não ganha uma Copa do Mundo há 20 anos. Quem não se lembra da história e das origens, realmente não têm uma entrega necessária no momento da disputa de um campeonato", disparou.

Na época do Pelé era diferente. Os caras ganhavam quase nada e jogavam para caramba, se divertiam jogando bola. Hoje o cara se diverte quando vai contrato pensando no cifrão. Não custava nada o Neymar ter ado por aqui para dar adeus ao Pelé, pelo menos essa é a minha opinião. Se você não concorda, pode ficar com a sua.
Pelé

Presente no velório, Neymar Santos, o pai do astro do Brasil, confirmou que o PSG não autorizou o atacante brasileiro viajar ao país para o funeral de Pelé.

"Momento triste para a família e todos nós. Hoje é apoiar a família, perdemos muito. Ele inspirou tanta gente e o esporte, fez com que a gente chegasse aqui hoje. Inspirou todas as gerações, sempre foi referência", afirmou.