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Thiago Gonçalves

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Como influenciadores deturparam caso das galáxias que não deveriam existir

Redes sociais foram tomadas pelo debate sobre "galáxias que não deveriam existir", mas nem tudo faz sentido para a ciência - Getty Images
Redes sociais foram tomadas pelo debate sobre 'galáxias que não deveriam existir', mas nem tudo faz sentido para a ciência Imagem: Getty Images

10/03/2023 04h00

Na semana ada, eu acompanhei toda a discussão nas redes sociais sobre as tais "galáxias que não deveriam existir". Explico.

O telescópio espacial James Webb, em mais um de seus resultados importantes, descobriu algumas galáxias que parecem ser grandes demais para a época em que viviam. Lembrando: como estão a cerca de 13 bilhões de anos-luz de distância, estamos observando como elas eram quando o universo tinha apenas 500 ou 600 milhões de anos de idade.

E essas galáxias já eram enormes, segundo o artigo liderado por Ivo Labbé, da Universidade de Swinburne, Austrália. Mesmo tão cedo, elas já possuiriam 100 bilhões de estrelas, algo comparável à nossa própria Via Láctea, indicando um crescimento inicial muito rápido. O trabalho foi aceito para publicação na revista Nature.

É verdade, se confirmado, o resultado desafia o nosso entendimento sobre como galáxias se formam.

Nossos modelos mais tradicionais preveem galáxias pequenas, ainda em fase de crescimento, e é difícil explicar como tantas estrelas podem ter se formado tão rápido.

Temos que considerar a possibilidade de que as estruturas cresçam de forma mais eficiente no começo do Universo, e por isso mesmo dizemos que essas galáxias enormes, pelo menos segundo nossa compreensão atual mais conservadora, "não deveriam existir."

Um trabalho interessantíssimo, sem dúvida. E na verdade esse é um trabalho entre vários que vêm aparecendo nas últimas semanas, com resultados semelhantes obtidos com o mesmo telescópio.

Mas vamos com calma.

Primeiro, é preciso confirmar esses números. Esse tipo de medida é notoriamente difícil, e os próprios autores afirmam que devem observar estas galáxias com mais instrumentos para ter certeza de que são realmente tão grandes e massivas quanto parecem.

Isso é a discussão científica, e o debate gerado na comunidade acadêmica é saudável.

O que não é saudável, por outro lado, é a famosa treta de internet, que afoga a notícia em um mar de sensacionalismo.

O grande problema aqui é como os chamados influencers de ciência buscam, a todo custo, atrair cliques e likes com manchetes que em nada refletem o verdadeiro conteúdo da pesquisa. Pior, muitas vezes não são especialistas no assunto, e não conseguem distinguir o joio do trigo.

A consequência? Uma série de argumentos sobre a veracidade do Big Bang, e se o universo não teria nascido em uma época diferente.

Como estudioso da formação de galáxias, venho dizer para vocês:

Entendemos muito melhor a idade do universo do que o nascimento de galáxias nesta época. Sabemos bem onde estão as incertezas, e o James Webb está aí justamente para nos ajudar a entender essa formação —não para colocar em dúvida o Big Bang.

Vejam bem, não acho que a divulgação científica deva ser feita apenas por especialistas no assunto, muito pelo contrário. Afinal, muitos divulgadores sabem muito mais sobre a comunicação que os cientistas, que, convenhamos, muitas vezes são péssimos na frente de uma câmera ou uma plateia.

Mas a verdadeira divulgação científica vem da sinergia entre esses grupos, comunicadores e cientistas.

As redes sociais, no entanto, às vezes parecem deturpar essa ideia, misturando a figura de divulgador e especialista em apoio a um exacerbado culto à personalidade.

Quem sofre é o público, desprovido de informação confiável.