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Como funciona "bilhar cósmico" que impedirá colisões de asteroides na Terra

Plano de "bilhar cósmico" para mudar rota de asteroides - Christine Daniloff, MIT/Divulgação
Plano de "bilhar cósmico" para mudar rota de asteroides Imagem: Christine Daniloff, MIT/Divulgação

Marcella Duarte

Colaboração para Tilt

29/02/2020 04h00Atualizada em 29/02/2020 16h15

Sem tempo, irmão

  • Se um asteroide a por um buraco de fechadura gravitacional, ele irá colidir com a Terra
  • Cientistas querem evitar essa agem, batendo no asteroide com uma nave
  • Apophis e o Bennu são asteroides com mais chances de baterem no nosso planeta
  • Já foram calculadas três táticas para desviá-los; Apophis pode ser testado em 2029

Você tem medo que um asteroide gigante acabe com a vida na Terra? Calma, cientistas podem ter a solução para suas aflições: sinuca. Isso mesmo. Uma equipe do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) bolou um novo plano para impedir impactos cataclísmicos em nosso planeta. É, basicamente, um bilhar cósmico e superpreciso.

Daqui a nove anos, precisamente no dia 13 de abril de 2029, uma pedra espacial congelada, com cerca de 340 metros de diâmetro (maior que a altura da Torre Eiffel), vai ar raspando na Terra, a uma velocidade espantosa de 30 km/s.

O 99942 Apophis, que ganhou o apelido de "asteroide do juízo final", deve ar a 33 mil quilômetros de distância da superfície terrestre. Para efeitos de comparação, estamos a cerca de 380 mil quilômetros da Lua. Ele vai chegar mais perto que nossos satélites geoestacionários de telecomunicações, que estão em órbita a 36 mil quilômetros de altitude, podendo até destruir alguns deles.

Ele já havia ado pela Terra em 2013, bem longe, a mais de 14 milhões de quilômetros, e voltará a nos visitar em 2036. Observações iniciais sugeriram que, em 2029, o asteroide poderia atravessar um temível "buraco de fechadura", como são chamados pequenas áreas no campo de gravidade dos planetas. Eles "puxam" objetos menores para perto, alterando a trajetória deles e criando rotas de colisão.

O resultado? Na agem seguinte do asteroide, daqui a 16 anos, aconteceria um impacto devastador. Felizmente, essa hipótese já foi descartada nos estudos recentes. Mas não custa se prevenir.

Asteroide Apophis, que deve ar muito próximo da Terra em 2029 - AFP/Nasa/JPL/UH/IA - AFP/Nasa/JPL/UH/IA
Asteroide Apophis, que deve ar muito próximo da Terra em 2029
Imagem: AFP/Nasa/JPL/UH/IA

Os pesquisadores do MIT desenvolveram um sistema para decidir que tipo de missão teria mais sucesso em desviar um asteroide que se aproxima. São considerados fatores como a massa, o momento (o "embalo") e a composição do objeto, sua proximidade com um buraco de fechadura gravitacional, e o tempo disponível até a colisão iminente. A pesquisa foi financiada, em parte, pela Nasa, pelo Laboratório Draper e pela Fundação de Cultura Samsung.

O método foi aplicado nas trajetórias do Apophis e do Bennu, outro asteroide próximo à Terra que está sendo estudado pela missão OSIRIS-REx, da Nasa. Os cientistas consideraram vários cenários em que eles poderiam atingir a Terra nos próximos anos. Os resultados foram publicados na semana ada na revista Acta Astronautica, da Science Direct.

A estratégia está bem longe do estilo do filme "Armaggedon", com a destruição do asteroide nos últimos momentos antes da destruição da Terra.

"As pessoas, em geral, pensam em estratégias em cima da hora, quando o asteroide já ou pelo buraco de chave e está em rota de colisão", disse Sung Wook Paek, o líder da pesquisa, em um comunicado do MIT. "O que queremos é impedir que ele e pelo buraco de chave, anos antes do impacto previsto. Seria um ataque preventivo e sem muita bagunça."

Mas como seria feito?

Em 2007, a Nasa comunicou o governo norte-americano que, em caso de um asteroide em rota de colisão, a maneira mais efetiva de impedi-lo seria lançar uma bomba nuclear no espaço. A onda de força da explosão iria empurrar o objeto para longe, mas nós teríamos de lidar com uma "chuva" de resíduos nucleares. Por isso, é uma solução controversa.

A segunda melhor opção seria o "pêndulo cinético", que quer dizer basicamente bater no asteroide para mudar sua órbita, em vez de destruí-lo. Para isso, são usados um ou mais projéteis, como naves ou foguetes, em altíssima velocidade. "É como jogar bilhar", explicou Paek. Para a tática dar certo, porém, é necessário um enorme nível de precisão, que até agora não existia.

Cedo ou tarde, a Terra estará na mira de um asteroide destruidor de planetas. Então faz muita diferença se as chances de evitar o impacto são de 90% ou de 99,9%. Foi nesta precisão que os cientistas do MIT trabalharam.

O código de simulação desenvolvido pela equipe identifica qual tipo de missão tem maior possibilidade de sucesso em desviar um asteroide, para que ele nem e por um buraco de fechadura —conhecido, cientificamente, como fenda de ressonância gravitacional.

"É como abrir uma porta que não consegue ser fechada. Se o asteroide ar por ela, é altíssima a probabilidade de colidir com a Terra em um futuro próximo", ressaltou Paek.

Asteroide Bennu, em imagens capturadas pelo satélite OSIRIS-REx - NASA/Goddard/University of Arizona/Lockheed Martin - NASA/Goddard/University of Arizona/Lockheed Martin
Asteroide Bennu, em imagens capturadas pelo satélite OSIRIS-REx
Imagem: NASA/Goddard/University of Arizona/Lockheed Martin

O mapa de decisão criado pelos cientistas considera três táticas:

  • Realizar um pêndulo cinético diretamente;
  • Mandar uma nave para medir o asteroide e calcular o projétil necessário, disparado depois;
  • Enviar duas naves, primeiro uma para medir o asteroide e outra para empurrá-lo levemente para longe da Terra, para que um projétil maior seja lançado contra ele na sequência.

As simulações com o Apophis e o Bennu consideraram diversas distâncias entre cada asteroide e seu respectivo buraco de fechadura e calcularam uma região segura para o desvio, para evitar tanto o impacto com a Terra como a agem por outro buraco de fechadura próximo. Outro fator considerado foi o tempo disponível para se preparar e agir.

Por exemplo, se calculamos que o Apophis vai ar por um buraco de fechadura daqui a cinco anos ou mais, há tempo suficiente para a terceira e mais elaborada opção (mandar duas naves, para medir e empurrar, e depois um projétil). Se há entre dois e cinco anos para se preparar, a segunda opção é mais viável (uma nave para medições e, então, o projétil).

Se há menos que dois anos, porém, já pode ser tarde demais. A única opção é enviar um grande projétil. "Mas pode ser que a gente não consiga atingir o asteroide com nesse prazo", disse Paek. O caso do Bennu é parecido, mas, devido à OSIRIS-REx, cientistas já conhecem bastante sobre sua composição. Então, enviar uma sonda de reconhecimento, antes de lançar o projétil, não é essencial.

Com a ferramenta de simulação já construída, os cientistas agora irão estudar outros cenários e táticas. "Em vez de aumentar o tamanho do projétil, podemos calcular múltiplos lançamentos e enviar diversas naves menores para colidir com o asteroide, uma a uma. Poderíamos, também, lançar projéteis a partir da Lua ou até usar satélites antigos como pêndulo cinético", exemplificou Paek.

Aguardamos ansiosos as primeiras tentativas para esse plano tão ousado; serão nove anos de espera bem longos.

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Errata: este conteúdo foi atualizado
A estimada velocidade do asteroide 99942 Apophis é de 30 km/s, e não 30 mil km/s. O texto foi corrigido.