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Entenda o que é Crispr, a técnica que deu o Nobel a dupla de mulheres

Getty Images/iStockphoto
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Mirthyani Bezerra

Colaboração para Tilt

07/10/2020 13h19Atualizada em 24/05/2021 08h25

A sa Emmanuelle Charpentier e a norte-americana Jennifer A. Doudna levaram o Prêmio Nobel de Química deste ano por desenvolver um sistema de edição genética chamado de Crispr em 2012. A técnica é uma espécie de "tesoura molecular" capaz de modificar genes humanos.

O júri afirmou que o prêmio quis recompensar "o desenvolvimento de um método de edição de genes que contribui para o desenvolvimento de novas terapias contra o câncer e pode tornar realidade o sonho de curar doenças hereditárias".

Sob a técnica, ainda pairam muitas questões científicas, médicas e, claro, éticas. Isso porque a tecnologia também abre caminho para a ideia de "bebês por encomenda".

O que significa Crispr?

O nome é um acrônimo para o termo em inglês "Clusters of Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats", ou traduzindo, "Repetições Palindrômicas Curtas Agrupadas e Regularmente Interespaçadas".

Essa frase toda diz respeito ao uso de uma estratégia parecida com a que as bactérias usam para identificar o DNA de um vírus prestes a atacá-las (sim, bactérias também são atacadas por esses microrganismos).

Existe um sistema dentro das bactérias que copia o DNA do vírus e faz com que elas se "lembrem" dele para, assim, se defenderem quando houver uma próxima invasão. Quando o vírus reaparece, a bactéria usa esse "arquivo de memória" para identificá-lo.

É aí que em entra em ação a proteína Cas9: como uma tesoura, ela elimina a parte problemática do DNA em um novo ataque. Pronto: o vírus fica impedido de se reproduzir.

Doudna e Charpentier aplicaram o mecanismo das bactérias em outras células, inclusive de seres humanos, e perceberam ser possível dar à Cas9 uma parte do DNA que se quer mudar. Assim, a proteína consegue tirar das células uma sequência específica de DNA que gera doenças, substituindo-a por outra ou deixando os genes se regenerarem sozinhos.

A descoberta aconteceu em 2012 e logo foi apontada como a chave para evitar o desenvolvimento de doenças hereditárias como distrofia muscular, hemofilia e fibrose cística, além dos diversos usos em áreas como agricultura e veterinária.

Desde então, o experimento já foi usado para alterar o genoma de embriões humanos, recuperar a visão em ratos e até fazer tomates melhores. Foi então que os cientistas, e as próprias criadoras da técnica, levantaram alertas sobre os riscos do uso dessa técnica sem a devida regulação.

No futuro, vamos escolher os bebês?

O geneticista chinês He Jiankui criou, em 2018, dois bebês geneticamente modificados. Ele usou Crispr para editar dois embriões e os colocou no útero da mãe por meio da fertilização in vitro. As gêmeas nasceram no começo de novembro do mesmo ano e He acabou sendo condenado a três anos de prisão pela prática, ilegal na China.

O geneticista teria modificado o gene CCR5, usado pelo vírus do HIV para atacar o sistema imunológico do ser humano. O CCR5, no entanto, não responde apenas à imunologia do paciente, mas ativa no cérebro o enfrentamento de outras infecções, especialmente a gripe.

Na época, pesquisadores afirmaram que a modificação certamente afetou o cérebro das meninas, já que pesquisas relacionam a remoção do gene também com uma melhora na memória e na criação de novas conexões.

O ato motivou a criação de uma comissão internacional, que esse ano divulgou um relatório afirmando que a ciência ainda não tem ferramentas capazes para garantir que essas edições não vão resultar em efeitos colaterais no futuro —inclusive em humanos "aprimorados". A comissão recomendou que países regulem e fiscalizem o uso da técnica.

A própria Doudna levantou a questão em um TED Talk de 2015: "Imaginem se pudermos criar humanos que tenham propriedades melhoradas, como ossos mais fortes, ou que sejam menos suscetíveis a doenças cardiovasculares, ou mesmo com propriedades que nós podemos considerar desejáveis, como cor dos olhos ou altura maior".

Em um texto publicado na Science no ano ado, ela voltou a expressar preocupações sobre o uso da técnica, afirmando que agências de regulação de todo mundo precisam dar mais atenção ao controle deste recurso.

O lado bom do Crispr

A técnica de edição de DNA pode ser aplicada em indivíduos já nascidos. Em março, cientistas disseram ter usado a edição de genes pela primeira vez em humanos, para tratar de um paciente com amaurose de Leber, uma condição genética rara que causa cegueira na infância. O procedimento injetou gotículas de fluído com DNA no globo ocular do paciente.

O uso de Crispr nesses casos é defendido pela comunidade médica. O relatório publicado esse ano afirma que a técnica poderia sim ser usada quando futuros pais estiverem sob risco de transmitir aos filhos uma doença monogênica grave.

Para isso, no então, é preciso seguir um caminho clínico responsável, que vai desde uma pesquisa pré-clínica rigorosa, que determina se e como a edição pode ser realizada de forma eficiente e com alta precisão, até a aplicação da técnica. Após essa análise, caberia às autoridades decidir se a aplicação de edição poderia ser permitida.