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Como professora quer acabar com mito de que negros não fazem ciência

Bárbara Carine Pinheiro é doutora em ensino de química e professora da Universidade Federal da Bahia - Arquivo pessoal
Bárbara Carine Pinheiro é doutora em ensino de química e professora da Universidade Federal da Bahia Imagem: Arquivo pessoal

Fernando Barros

Colaboração para Tilt

10/08/2021 04h00

Você sabia que um engenheiro ugandês inventou uma jaqueta inteligente capaz de identificar sinais de pneumonia em pacientes utilizando tecnologia bluetooth? Ou, que em Camarões, um biólogo molecular pesquisa e busca soluções de baixo custo para controlar as epidemias que afetam o continente africano?

Feitos como esses são compartilhados toda semana pelo perfil Descolonizando Saberes no Instagram com o objetivo de dar visibilidade à produção científica e tecnológica de pessoas negras. Criada em 2018, a página é atualizada pela doutora em ensino de química e professora da Universidade Federal da Bahia Bárbara Carine Pinheiro.

Negra, de 34 anos, filha de ex-empregada doméstica, nascida e criada em um bairro periférico de Salvador, ela conta à Tilt que o perfil visa desconstruir mitos acerca da intelectualidade de pessoas negras, mostrando que elas também fazem ciência e produzem conhecimento nas engenharias, na matemática, na biomedicina e em diversos outros campos do saber.

A ideia, segundo Bárbara, surgiu a partir de uma inquietação pessoal ao longo de sua trajetória acadêmica. "Conclui a graduação, fiz mestrado, doutorado. Em todos esses anos tive apenas um professor negro e não vi nem estudei com cientistas negros durante esse percurso". Com tal ausência de referenciais, a profissional pontua que até tinha dificuldades para se enxergar e se afirmar como pesquisadora.

Para driblar essa lacuna, a professora ou a procurar sobre pessoas negras nas ciências e compartilhar os achados que ia encontrando em seu perfil pessoal no Facebook. As postagens fizeram tanto sucesso que ela resolveu organizar e compilar tudo em um espaço exclusivo para isso. Assim, nasceu o perfil no Instagram, que atualmente soma 12,3 mil seguidores.

Fãs esses que são engajados e contribuem com o processo de atualização da página, destaca. "Eles dão sugestões de pesquisadores negros que conhecem, compartilham comigo notícias e matérias que ficam sabendo e, assim, me ajudam nesse processo de divulgação científica."

Valorização da ciência e representatividade

Ao mostrar pessoas negras por trás de descobertas científicas, pesquisas acadêmicas e invenções tecnológicas, o perfil Descolonizando Saberes, além de contribuir para valorizar a ciência e aproximá-la do grande público, também permite que a nova geração de cientistas negros tenha referências que Bárbara não teve. "É uma forma de as pessoas negras se reconhecerem nesses espaços e se verem representadas ali", diz.

Como fruto do trabalho o que faz no Instagram, a pesquisadora lançou no ano ado o livro "Descolonizando saberes: mulheres negras na ciência". Bárbara afirma que a obra é toda inspirada na página. O material foi um pedido dos fãs. O recorte de raça e de gênero foi escolhido para mostrar a produção intelectual de outras cientistas como ela.

"Somos poucas, representamos somente 10% das mulheres negras que se formam na universidade e ainda há um estereótipo de rebaixamento cultural muito forte sobre nós", avalia Bárbara. Ela conta que, por serem historicamente associadas aos serviços de limpeza, mesmo quando inseridas no ambiente acadêmico, mulheres negras sofrem ainda mais resistência para serem percebidas como doutoras, produtoras de conhecimento e intelectuais.