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Conectando rotas invisíveis

Como a BlaBlaCar quer facilitar a conexão de cidades sem transporte público direto entre elas

Guilherme Tagiaroli De Tilt, em São Paulo Arte UOL

Viajar entre cidades no Brasil pode ser complicado. Nem sempre você consegue achar agens de ônibus à venda online e existem as chamadas rotas invisíveis — não tem, por exemplo, uma forma de viajar direto entre João Pessoa (PB) e Paulista (PE). A plataforma de caronas e agens de transporte intermunicipais BlaBlaCar tenta justamente atenuar estes dois problemas com o seu aplicativo.

No Brasil desde 2015, a empresa sa começou a atuar com o serviço de caronas para conectar quem deseja viajar com motoristas que aceitam ir até o destino. "A ideia é literalmente rachar os custos da viagem para economizar até 50%/70% com gasolina e pedágio", explica o francês Fréderic Ollier, vice-presidente da unidade de ônibus da BlaBlaCar para a América Latina, em conversa com Tilt.

Ao todo, a plataforma está presente em 22 países — os principais mercados são França, Rússia e o Brasil. Segundo a empresa, ela atua com 50 mil rotas no Brasil. "Dois terços das nossas rotas não têm transporte público, e o serviço de carona é complementar ao ônibus", acrescenta.

Em 2020, empresa começou a oferecer agens de ônibus em um formato de marketplace para intermediar online a venda de agens promovidas por companhias de transporte rodoviário —ela não atua como a B, que conta com veículos próprios e funciona como um "Uber de ônibus".

"A maioria do mercado (80%) de agens do Brasil está offline. Existe um potencial de crescimento muito elevado neste ramo", destaca o executivo. Confira a seguir como a companhia pretende conquistar mais adeptos no Brasil.

Tilt: Como você veio parar no Brasil?

Frédéric Ollier: Já conhecia a América Latina e sempre gostei da cultura. Houve um momento que quis trabalhar fora da França, mas não queria esperar que uma empresa me mandasse para outro país. Aí, pensei que o Brasil seria um lugar legal para procurar emprego.

Naquela época estava a fim de trabalhar em empresas já estabelecidas. Comecei a atuar no setor sucro-alcooleiro na parte agro-industrial, avaliando projetos de plantio de cana e usinas de processamento.

Na verdade, tem alguns paralelos com a BlaBlaCar, pois tudo isso mexe também com otimização de sistemas. Foi importante para mim ver como empresas mais tradicionais avaliam projetos e retorno financeiro. Aprendi bastante nesta área.

Tilt: Como você explicaria a BlaBlaCar para quem não conhece o serviço?

FO: BlaBlaCar é um app para quem quer viajar entre cidades e para reserva de viagens intermunicipais. Oferecemos dois tipos de serviços: caronas e agens de ônibus.

O serviço de carona funciona assim: são pessoas que já viajam para visitar a família/amigos, tem uma viagem planejada, e vão oferecer assentos vazios no carro delas. A ideia é literalmente rachar os custos da viagem para economizar até 50%/70% com gasolina e pedágio. Os custos variáveis são compartilhados com os ageiros.

Tilt: Como foi seu início na BlaBlaCar?

FO: Queria muito trabalhar numa scale-up [empresa que cresce de forma sustentável a longo prazo]. Já tinha lançado uma startup e conhecia os desafios que isso comporta. Queria ver como era uma empresa que já tinha recebido financiamento. Gosto também da missão da empresa, o negócio de conectar pessoas, otimizar a rede de transporte e ter vantagens na parte social e ambiental.

Entrei na BlaBlaCar na estreia no Brasil, em 2015, para cuidar de parcerias. Era um momento muito legal, pois tinha essa mistura de apoio de uma startup com recursos e ao mesmo tempo espírito empreendedor com o lançamento local.

Tilt: Se sobe a gasolina, sobe também o preço da carona na BlaBlaCar?

FO: Não fazemos isso automaticamente, mas a gente monitora os preços. Um de nossos valores é equidade. Então, verificamos se os nossos preços não fogem totalmente da realidade. Recentemente, fizemos um ree para fazer com que os valores fossem mais adequados.

Tilt: A BlaBlaCar fica com alguma porcentagem dessa transação entre ageiro e motorista?

FO: Nos locais onde monetizamos, cobramos uma taxa no valor da viagem (entre 15% e 20%). No Brasil, a gente escolheu não monetizar, por enquanto, para fomentar o crescimento. Devemos ar a cobrar uma taxa das caronas no fim de 2022 ou início de 2023.

Por outro lado, na parte de agens rodoviárias, cobramos uma taxa de conveniência do ageiro, que é um modelo clássico no Brasil, e tem também uma porcentagem que a gente cobra da empresa de ônibus.

Tilt: Quais as principais medidas de segurança que vocês tomam para proteger o ageiro e o motorista?

FO: As pessoas precisam preencher um perfil e informar várias coisas sobre ela, como celular, email e RG, que são posteriormente verificados pela plataforma. Temos também uma avaliação entre as pessoas no caso das caronas. Você viaja com alguém e atribui uma nota a ele e, se quiser, um comentário.

Os interesses são muito alinhados para se comportar bem. É um círculo virtuoso que a plataforma promove. Uma equipe também monitora a atividade na BlaBlaCar e contamos com algoritmos para fazer com que tenhamos um nível de controle razoável sobre o que está ocorrendo na carona.

Tilt: O que a BlaBlaCar vê de diferente no Brasil?

FO: Tem um ponto interessante na parte de ônibus. A maioria do mercado (80%) de agens é offline. Existe um potencial de crescimento para marketplace ainda muito elevado.

Há também a falta de transporte ferroviário. É diferente dos mercados europeus, onde há diversas opções. Aqui só tem ônibus e carona. O equilíbrio entre modais é bem diferente.

Enxergamos muito potencial aqui, pois o Brasil é gigantesco. Conseguimos crescer de maneira orgânica no país —90% dos nossos clientes vieram de forma natural. Conseguimos crescer e atingir 10 milhões de membros até agora.

Tilt: Não vejo por aí muitas propagandas da BlaBlaCar. Como é a estratégia de crescimento de vocês? Ideia é se manter na propaganda boca a boca?

FO: Diria que a gente acredita muito na qualidade do serviço e do produto. Um dos fatores interessantes da BlaBlaCar é que o Brasil tem uma das melhores métricas de Net Promoter Score (Índice de Promoção em Rede, em tradução livre), de 80%. Esta é uma métrica que usamos para entender o quanto nossos usuários gostam ou não do serviço.

Imaginamos que se eles gostam, vão falar de nós para outras pessoas. Então, temos uma satisfação alta entre nossos usuários.

Tilt: Já tem alguma lei que regulamenta a atividade de vocês? Pergunto, pois foi uma batalha com a Uber, e vocês não têm uma "frota" de prestadores de serviço, é algo mais casual...

FO: Estamos seguros, mas não tanto quanto gostaríamos. Existe um projeto de lei que está na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, que define o serviço de carona compartilhada.

Foi um desafio comunicar e esclarecer um serviço que é bastante inovador, tentando separar nossa atividade de carona compartilhada de outras plataformas, que oferecem prestação de serviços profissionais.

Temos a esperança que logo seja encaminhado para votação, tornando a segurança jurídica da carona mais sólida.

Tilt: O que você acha que falta para a BlaBlaCar crescer ainda mais no Brasil?

FO: Ainda há muito o que crescer por aqui. Para você ter ideia, só lançamos [nossos serviços] no Nordeste em 2018. Existe ainda uma reserva de crescimento em áreas onde não investimos muito até o momento.

A ideia é continuar fazendo um trabalho cirúrgico, rota por rota, e fomentar a atividade de carona e também incluindo a oferta de ônibus. Assim, a plataforma fica mais atrativa para um público ainda maior.

Na parte de venda de agens de ônibus, vai ser interessante observar a migração do usuário que só comprava agem offline [fisicamente nos postos de venda]. Além disso, tem um desafio de comunicação e de precificação inteligente para capturar esse mercado, que não migrou totalmente para o online.

Tilt: O que a BlaBlaCar espera para o futuro?

FO: Temos um plano bastante ambicioso na parte de venda de agens de ônibus. Vamos trabalhar em formas de precificação inteligente e como chegar a este cliente, que sempre comprou agens em rodoviárias. Vamos continuar consolidando nossa base de parceiros, de empresas rodoviárias, continuar trabalhando na marca.

Fizemos muito crescimento orgânico até agora, mas no futuro vamos começar a investir um pouco mais na percepção da marca para fortalecer essa expansão.

A gente enxerga um potencial gigantesco e vamos apostar no Brasil, que já é top 3 dos países da BlaBlaCar [os top 1 e 2 são França e Rússia, respectivamente] em volume de ageiros.

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