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De ponta-cabeça

Como é morar em órbita na Estação Espacial Internacional?

Ligue o áudio para acompanhar os trechos em vídeo

A Estação Espacial Internacional, mais conhecida como ISS (na sigla em inglês), é hoje a casa da humanidade fora da Terra. Módulo por módulo, foi montada durante 13 anos, de 1998 a 2011. Em novembro do ano ado, completou 20 anos com humanos vivendo por lá.

Estes são os 7 moradores da expedição 64, a atual —4 americanos, 2 russos e 1 japonês: Michael Hopkins, Sergey Ryzhikov, Soichi Noguchi, Shannon Walker, Sergey Kud-Sverchkov, Kathleen Rubins e Victor Glover

Novos moradores são recepcionados na chegada ao lar espacial. Hopkins, Glover, Walker e Noguchi vieram na Crew-1, da SpaceX, primeira missão tripulada comercial da história, lançada em novembro de 2020.

Tem sempre ao menos duas pessoas trabalhando e morando por lá. Em geral, são entre três e seis. Mas o recorde é de 13 astronautas juntos. Isso aconteceu em 2009...

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... e em 2010.

Ao longo desses 20 anos, 241 mulheres e homens viveram, temporariamente, na ISS.

Mas, como é viver em um habitat pressurizado, do tamanho de um campo de futebol, se movendo a 7,66 km/s numa altura de 408 km acima de nossas cabeças?

Tedioso, não é... Veja como é usar um saco de dormir sem gravidade.

Não parece ser muito confortável dormir flutuando neste cubículo, mas os tripulantes dizem que é mais tranquilo do que parece. Quando eles entram neste espaço, conseguem se prender num cinto.

Em 1961, o soviético Yuri Gagarin virou a primeira pessoa a comer no espaço. Ele espremeu um tubo de patê de carne e fígado direto na boca e, de sobremesa, calda de chocolate. No começo, o cardápio era bem . Ao lado, exemplos da comida espacial russa.

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Até o ano ado, não existiam geladeiras por lá. Mas, com novas técnicas de embalagem e conservação, hoje são mais de 100 tipos de comida a bordo da ISS, preparadas para durar 5 anos. Tudo para que a alimentação seja parecida com a da Terra, respeitando nacionalidades e preferências dos tripulantes.

Refeições prontas, como cordeiro com vegetais, frango com arroz, hambúrgueres e até coquetel de camarão, são enviadas em bolsas seladas a vácuo ou latas. É só aquecer e comer. A estação tem forno, micro-ondas e dois pequenos refrigeradores, do tamanho de um forninho.

Sopa de beterraba, queijo tipo cottage, macarrão e doces são enviados desidratados. Basta colocar no reidratador ou adicionar água. Bebidas como café, chá, suco e leite são tomadas em saquinhos com canudos, para não espalhar gotas pelo ar.

Bebidas alcoólicas não são permitidas a bordo. Até onde sabemos, a única pessoa que bebeu no espaço foi Buzz Aldrin, que tomou vinho na Lua em uma cerimônia de comunhão cristã, em 1969.

Nem tudo é "comida de astronauta". Há itens de supermercado, como chocolate e pasta de amendoim. As tortillas substituem os pães para que não voem migalhas pela "casa" toda e também viram "pizzas cósmicas".

Petiscos como vegetais, frutas, queijos, geleias, castanhas e embutidos estão à disposição o tempo todo. Sal e pimenta são em forma de gel, para evitar partículas flutuantes que entopem a ventilação, contaminam equipamentos ou podem entrar nos olhos.

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O paladar muda no espaço, por conta do efeito da microgravidade sobre os fluidos e as cavidades corporais —especialmente os seios da face. Tudo fica mais insosso, então comidas bem condimentadas fazem sucesso.

A tripulação costuma almoçar e jantar numa mesa coletiva com cadeiras presas ao chão. Cordas elásticas e velcro impedem que tudo flutue. Lá pode, sim, brincar com a comida.

"Isso é um saco de água, que eu estou apertando, apertando... É um saco novo de água, então o canudo está meio entupido. E olhando de perto você pode ver essa bolha de água gigante"

Deu sede? Não rola enviar tanques de água ao espaço, então a ISS usa um complexo sistema que "espreme" até a última gota de água do ambiente. Os astronautas bebem uma mistura de água de banho, suor e xixi (de pessoas e eventuais animais em experimentos), reciclados e purificados.

O lado norte-americano da estação cria assim cerca de 14 litros de água potável por dia. Tomar xixi e suor pode parecer estranho, mas o sabor é igual ao da água engarrafada, ou seja, sem gosto nenhum!

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Na parte russa, o sistema gera um pouco menos de água e não usa urina. Mas, o xixi não é desperdiçado: os astronautas levam a "carga" para ser processada no vizinho. Há 2.000 litros de água potável guardada para emergências.

Os astronautas fazem xixi com a ajuda de uma mangueira, que aspira os fluidos para o sistema de reciclagem. Em caso de número 2, há um pequeno vaso com sucção e um cinto de segurança para evitar bagunça. As fezes não são reaproveitadas. Há saquinhos de uso único individual, que são armazenados em um contêiner de congelamento a seco.

"Este é nosso banheiro externo orbital. Claro, serve para duas funções: número dois, bem aqui, vou te mostrar. Mas você pode ver que é bem pequeno, então tem que ter uma boa mira e estar pronto para garantir que as coisas irão na direção certa. Cheira um pouco mal, então estou fechando. Isso, claro, para o número dois. E esse cara aqui é pro número um."

Quando enche, o reservatório é lançado para a Terra. Calma, não há risco de cocô de astronauta cair em nossas cabeças. Ele queima e se desintegra na atmosfera.

Os astronautas mantêm uma alimentação balanceada, de 2.500 calorias diárias, e fazem exercícios físicos por duas horas e meia, seis dias na semana. Isso é para compensar a falta de mobilidade, a perda muscular e óssea e evitar problemas de circulação e pedras nos rins, comuns em longas estadas no espaço.

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Mesmo assim, o fêmur, por exemplo, perde cerca de 10% de sua massa em seis meses na microgravidade —um dano dez vezes mais veloz que o da osteoporose. De forma simplificada, o cálcio dos ossos vai sendo expelido pela urina.

De volta à Terra, o organismo demora de três a quatro anos para se recuperar. O sistema imunológico também é comprometido, porque as células de defesa caem numa viagem especial. O cuidado com infecções é redobrado e todos os tripulantes am por quarentena antes de embarcar.

O banho é feito com lencinhos umedecidos, saquinhos com poucos mililitros de água e uma espécie de espuma de sabão. Os homens, em geral, cortam o cabelo bem curto e cuidam apenas da barba.

É o famoso "banho de gato". Imagina, todo dia?

Para lavar o cabelo, é preciso espalhar um pouco de água no couro cabeludo, aplicar xampu sem enxágue, ar um pente pelos fios e depois a toalha. A água evaporada dos cabelos e da toalha vai para o sistema de reciclagem.

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Além dos humanos, há cerca de 55 diferentes micro-organismos vivendo em harmonia na ISS: bactérias, fungos, mofo, protozoários, vírus e ácaros. Tecnológicos sistemas de filtragem mantêm o ar limpo e seco, e há uma brisa constante.

Quem faz a faxina pesada são os astronautas, que semanalmente limpam as superfícies com lenços antimicrobianos e retiram as partículas do ar ou presas nos filtros, com um aspirador a vácuo. Todos os dias, limpam cozinha e área de alimentação, cuidam das roupas e equipamentos de ginástica, para que não mofem.

Publicado em 19 de fevereiro de 2021.


Edição: Márcio Padrão e Fabiana Uchinaka.

Reportagem: Marcella Duarte.

Design: Carol Malavolta.

Imagens e vídeos: Nasa, Jaxa, David Frohman, Presidente da Peachstate Historical Consulting, Inc e National Space Centre (Reino Unido).