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Suicídio: o que fazer quando alguém que você ama fala em se matar

Quanto mais se fala em suicídio, menos gente morre. Ligue 188 - false
Quanto mais se fala em suicídio, menos gente morre. Ligue 188

Carolina Prado e Letícia Rós

Colaboração para Universa

07/09/2018 04h00

Marta, 28, que prefere omitir nome real, já ouviu do marido, várias vezes, que a morte seria a melhor solução para o seu total desinteresse pela vida. Desde que começaram a namorar, há dez anos, ele já tomava antidepressivos. "Eu acreditava que ele melhoraria e, aos poucos, se libertaria daquela tristeza profunda. Não fazia ideia da dimensão do problema".

Eles se casaram e tiveram duas filhas e, com o ar do tempo, as coisas pioraram. "Junto com a tristeza, veio a falta de interesse e prazer pela vida --apesar de ter tudo no que diz respeito a bens materiais, saúde física, amor da família e amigos". O marido, ela conta, começou a ter medo de tudo e uma preocupação excessiva com o futuro. "Apareceu o pânico, que está impedindo ele e quem convive com ele de fazer coisas simples do dia a dia, como pegar o carro e ir ear, porque ele pode ter uma crise em um elevador, no trânsito engarrafado..." 

Segundo Marta, o pior, porém, são os momentos de crise, quando o parceiro fala em suicídio. "Diz que não aguenta mais, que não vai dar conta, que tem medo do que pode acontecer e que, se não fossem as filhas, já teria se suicidado há muito tempo".

Marta diz que já não sabe mais o que fazer: "Eu me sinto de mãos atadas. Tudo o que eu sugiro ele não aceita, diz que não entendo nada do que ele está ando. Isso afeta toda a família. O amor dele por nós é incondicional, óbvio, e estar depressivo, de certa forma, faz com que ele se sinta culpado. Mas o que eu sinto é que está muito além das forças dele conseguir as mudanças reais que precisa para sair desse quadro.”

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Casos como o de Marta não são raros. Não param de subir os índices de suicídio no Brasil, que já respondem por 30 mortes ao dia no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Nem todo suicida verbaliza a vontade de se matar, mas, quando isso acontece, algumas medidas devem ser tomadas.

Não menospreze ou ignore um pensamento ou comportamento suicida

De acordo com a neuropsicóloga clínica Carla Bianca Salcedo, terapeuta do luto, é um erro se deixar levar pelo senso comum e acreditar que quem avisa antes não tem coragem de executar a ação. “Todo ato suicida é construído, é elaborado por semanas, meses e até anos. Quando esse tipo de pensamento se combina com uma intensa angústia emocional é que culmina na tentativa efetiva de tirar a própria vida”, explica. Ao verbalizar o pensamento suicida, a pessoa pode estar estendendo aos seus familiares e amigos um último pedido de ajuda. “Parece contraditório, mas, ao se posicionar sobre o suicídio, ele está abrindo o diálogo, está fazendo um apelo à vida”, diz Salcedo.

Busque aconselhamento

Ao escutar de uma pessoa próxima qualquer comentário sobre a intenção de se suicidar, procure ajuda especializada. “A família deve procurar aconselhamento sobre como intervir, com um profissional, como um psicólogo. O próprio CVV (Centro de Valorização da Vida) pode ajudar e dar um e nesse momento”, diz a psicóloga Karen Scavacini, fundadora do Instituto Vita  Alere, de Prevenção e Posvenção do Suicídio.

Coloque-se se à disposição para ouvir quem está sofrendo

É preciso estar disposto a acolher a dor do outro, sem julgamentos. “É isso o que ele espera. A opressão sentimental vem do medo de ser ridicularizado, de ser menosprezado, de ser julgado”, afirma Salcedo. Frases como “você está sempre rabugento”, “não dá valor ao que tem” e “não faz nada para mudar essa situação” não são apenas inúteis e nocivas, como também podem servir de gatilhos para o ato suicida.

Incentive a busca por tratamento

Durante as conversas, vale tentar ajudar quem está ando pelo desequilíbrio a sentir-se menos culpado e encorajá-lo a se tratar ou retomar um tratamento, se houver um transtorno psicológico associado, como a depressão. “É essencial mostrar o quanto aquela pessoa é importante para os demais, assegurar que a família e os amigos não vão ficar bem sem ela e que o momento de dificuldade vai ar. Ressaltar que, se estiverem unidos, vai ser possível achar uma solução”, exemplifica Scavacini.

Não se isole: peça ajuda da família e dos amigos

Conte com uma rede familiar ou de amigos, em que vários membros se mobilizam para dar esse e à pessoa que pensa em suicídio. “É como quando se descobre que uma pessoa da família está com um caso de câncer avançado, por exemplo. E aqui estamos falando de um caso tão grave quanto. Ninguém fica perguntando se a pessoa quer se tratar. Todos se unem e se mobilizam, até esgotar todas as alternativas possíveis”, diz Salcedo. Durante todo o tratamento, fique por perto e incentive que todos façam o mesmo. Quer dizer, marquem os retornos médicos, acompanhem nas consultas e façam a ponte com os profissionais que estão lidando com o caso. Isso é fundamental para que a terapêutica seja conduzida da melhor forma e para que o paciente não desista.

Se preciso, mude o tratamento

No caso da depressão, é comum que a terapêutica sofra ajustes ao longo do tempo, que os medicamentos prescritos pelo médico ou a dose deles sejam alterados, conforme o caso, até que o paciente apresente uma efetiva melhora. Então, se o tratamento não está mais surtindo efeito, é preciso buscar outro, sempre com acompanhamento médico, até chegar ao mais adequado.

Quanto mais se fala em suicídio, menos gente morre. Ligue 188