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"Amo ser diferente, é meu charme", diz influencer de beleza cega de um olho

Ana Beatriz Mesquita, de 17 anos - Reprodução/Instagram
Ana Beatriz Mesquita, de 17 anos Imagem: Reprodução/Instagram

Bárbara Therrie

Colaboração para Universa

04/06/2019 04h00

Sem a visão do olho esquerdo devido a um glaucoma congênito, a goiana Ana Beatriz Mesquita, 17, não se incomoda com a deficiência e o preconceito. "Eu nunca tive problema de autoestima. Amo ter os olhos diferentes, acho bonito. É o meu charme especial." Em depoimento a Universa, a influenciadora digital conta como aprendeu a se maquiar com um olho só e compartilha sua inspiração para ensinar outras mulheres.

"Eu nasci com glaucoma no olho esquerdo, mas minha família só descobriu quando eu tinha três meses. Minha mãe estava me amamentando quando notou uma manchinha de sangue na íris. Ela me levou ao hospital, onde fiz uma bateria de exames e o médico deu o diagnóstico. Ele explicou que eu era cega desse olho e que o meu caso era irreversível. Meus pais ficaram chocados, mas me deram todo o e.

Fui submetida a seis cirurgias até os 4 anos de idade e, desde a infância, faço acompanhamento com oftalmologista. Minha família sempre me tratou como uma criança normal. Nunca tive tratamento especial por causa do glaucoma, que não me impediu de fazer nada. Desde cedo, aprendi que ninguém precisa ter dó de mim devido à minha condição.

Na escola, alguns colegas se assustavam com a minha aparência e não queriam brincar comigo. Ouvia piadinhas de que eu não tinha um olho e de que era cega. Para mim era tranquilo: não ficava triste nem me intimidava com isso. Eu me aproximava deles, explicava que tinha uma doença e ficava tudo bem.

Sempre achei um charme ter olhos diferentes

O preconceito existe. Até hoje percebo que as pessoas olham torto e fazem comentários. Imagino que já deixaram de se aproximar e que já perdi paquera por causa disso, mas não me incomodo. Eu nunca tive problema de autoestima. Amo ter os olhos diferentes, acho bonito. É o meu charme especial. Sou bem resolvida em relação a isso.

Aos 12 anos, comecei a me maquiar por influência da minha mãe, que é cabeleireira e maquiadora. Eu via minha irmã e ela maquiando as clientes no salão, prestava atenção e depois tentava fazer em mim. No começo era complicado; eu não sabia como deixar a make dos dois olhos iguais. Para eu maquiar o olho esquerdo, com glaucoma, era fácil, o problema era o direito -- com que enxergo. Eu não poderia fechá-lo, caso contrário ficaria sem nenhuma visão. O jeito foi aprender a me maquiar com o olho aberto. Fui praticando e hoje tiro de letra. Eu nunca fiz nenhum curso, acho que é um talento. Começou como hobby e se tornou um instrumento para inspirar outras pessoas.

Inspiro mulheres deficientes visuais a se maquiar

Em 2015, criei um Instagram (@aanamesquita) para uso pessoal e para mostrar meu trabalho como modelo fotográfico. Um dia postei uma selfie e a foto recebeu 21 mil curtidas em duas horas. Com a repercussão, ganhei novos seguidores e algumas pessoas com deficiência pediram para eu explicar o que eu tinha no olho. Contei a minha história e muitas mulheres com visão monocular -- que enxergam só com um olho -- enviaram mensagens. Elas diziam que se sentiam feias, que tinham a autoestima baixa e que não sabiam se maquiar pela falta de visão. Elas me pediram para dar dicas de beleza e ensiná-las.

Vi que compartilhar a minha experiência pelo Instagram poderia ajudar muitas pessoas. Foi quando decidi gravar vídeos e tutoriais mostrando o a o como me maquio. Faço uma enquete perguntando que tipo de maquiagem elas querem, com duas opções, uma nude ou para festa, por exemplo. Eu ensino a que for mais votada. O processo é o mesmo: hidratar o rosto, aplicar base, corretivo, pó, ar sombra, blush e finalizar com iluminador e batom. A única diferença é que faço tudo com o olho aberto.

O tem sido positivo: tenho 60 mil seguidores e as dicas têm sido úteis tanto para as meninas com deficiência visual como para as que enxergam 100%. Elas interagem, enviam fotos mostrando como ficou o resultado, dão sugestões. É uma troca legal.

O primeiro o para se sentir bem é se aceitar: tudo fica mais fácil

É o que sempre digo, tudo o que é diferente é notado, chama atenção. Não tem problema as pessoas olharem. Só não podemos permitir sermos tratadas de forma inferior. O primeiro o para se sentir bem é se aceitar e ver o lado positivo do que parece negativo. A partir daí, as coisas ficam mais fáceis e nós ganhamos respeito. O olho em que tenho glaucoma é minha marca registrada: me aceito desse jeito e sou feliz assim."