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Thaís Carla e filha fazem tranças nos cabelos: "É sobre representatividade"

Thaís Carla posa de tranças com a filha Maria Clara - Reprodução/Instagram
Thaís Carla posa de tranças com a filha Maria Clara Imagem: Reprodução/Instagram

De Universa

30/12/2019 21h26

Thaís Carla publicou uma foto fofa com a filha Maria Clara, de dois anos, em seu Instagram na noite de hoje. Na imagem, elas aparecem usando tranças nos cabelos.

A garota havia pedido há muito tempo para ter os ornamentos no cabelo. No entanto, a dançarina teve dúvidas a respeito.

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"Maria sempre quis trançar o cabelo, mas toda vez me pedia para fazer com ela e eu acabava não fazendo porque tenho consciência de que, enquanto branca e privilegiada, nunca vou saber, na pele, o real significado disso para além da estética. É completamente diferente eu, mulher branca, usar tranças, enquanto mulheres negras usam diariamente e são silenciadas. Para elas, essa é uma forma de bater de frente com o racismo. É sobre representação, representatividade e ancestralidade", começou.

Em seguida, ela explicou: "Mas minha filha, negra e de cabelo crespo, me pediu de novo. E, mesmo sabendo que não tenho lugar de fala quando o assunto é cultura afro e de saber que não tenho vivência alguma no quesito racismo e suas consequências, sempre busco valorizar ao máximo o cabelo da minha filha e suas origens. Faço questão de dizer a ela todos os dias o quão linda ela é do jeitinho dela!", derreteu-se.

"Por isso, acabei fazendo as tranças junto com ela com o único objetivo de incentivá-la. Vocês precisam ver o quão feliz e realizada ela ficou! Eu me emocionei. De quebra, a Márcia (mãe do Matheus), responsável por presentear minha filha com essas tranças, cheias de significados e ancestralidade, ainda nos contou mais sobre os diversos significados da trança nagô", detalhou.

Na sequência, ela detalhou a história desse tipo de trança. "No período da escravidão, no Brasil e em outros países da América Latina, as mulheres negras tinham o costume de trançar seus cabelos como forma de comunicação entre os negros. As mulheres faziam os mapas de fuga para os quilombos nas cabeças umas das outras. A simbologia da resistência é muito forte nas tranças nagô. E é assim que quero que Maria cresça: sempre resiliente e com a certeza que eu e Israel estaremos do seu lado para o que ela precisar!", finalizou.

Maria sempre quis trançar o cabelo, mas toda vez me pedia para fazer com ela e eu acabava não fazendo porque tenho consciência de que, enquanto branca e privilegiada, nunca vou saber, na pele, o real significado disso para além da estética. É completamente diferente eu, mulher branca, usar tranças, enquanto mulheres negras usam diariamente e são silenciadas. Para elas, essa é uma forma de bater de frente com o racismo. É sobre representação, representatividade e ancestralidade. Mas minha filha, negra e de cabelo crespo, me pediu de novo. E, mesmo sabendo que não tenho lugar de fala quando o assunto é cultura afro e de saber que não tenho vivência alguma no quesito racismo e suas consequências, sempre busco valorizar ao máximo o cabelo da minha filha e suas origens. Faço questão de dizer a ela todos os dias o quão linda ela é do jeitinho dela! Por isso, acabei fazendo as tranças junto com ela com o único objetivo de incentivá-la. Vocês precisam ver o quão feliz e realizada ela ficou! Eu me emocionei. De quebra, a Márcia (mãe do Matheus), responsável por presentear minha filha com essas tranças, cheias de significados e ancestralidade, ainda nos contou mais sobre os diversos significados da trança nagô. No período da escravidão, no Brasil e em outros países da América Latina, as mulheres negras tinham o costume de trançar seus cabelos como forma de comunicação entre os negros. As mulheres faziam os mapas de fuga para os quilombos nas cabeças umas das outras. A simbologia da resistência é muito forte nas tranças nagô. E é assim que quero que Maria cresça: sempre resiliente e com a certeza que eu e Israel estaremos do seu lado para o que ela precisar!

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Os seguidores de Thaís comemoraram nos comentários. "Que bela pintura daria... além da poesia, claro", disse uma. "Que foto mais linda", disse outro. "Que lindas", afirmou mais uma.

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