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Nigeriana estuprada em igreja estudava para "espalhar a palavra de Deus"

A morte de Uwaila Omozuwa, de 22 anos de idade, chocou a Nigéria  - Reprodução/Twitter
A morte de Uwaila Omozuwa, de 22 anos de idade, chocou a Nigéria Imagem: Reprodução/Twitter

De Universa, em São Paulo

05/06/2020 19h32

Uwaila Vera Omozuwa, estudante de 22 anos brutalmente estuprada e assassinada dentro de uma igreja na Nigéria, estudava teologia para se tornar ministra e "espalhar a palavra de Deus", contou sua irmã à CNN.

"A igreja era seu lugar favorito. É devastador que ela tenha sido assassinada onde ela sempre encontrou paz", disse Judith, de 24 anos, em entrevista por telefone.

Uwaila estudava microbiologia na Universidade de Benin, mas mesmo após iniciar o ensino superior, continuou fazendo aulas na paróquia local — a religião era sua paixão.

No último dia 27, ela foi encontrada morta dentro da Igreja Cristã Redentora de Deus (RCCG), seminua em uma poça de seu próprio sangue. A perícia indica que o assassino a golpeou na cabeça com um extintor de incêndio. Os policiais encontraram as impressões digitais de um homem no objeto, e já prendeu o suspeito.

A notícia comoveu o país, onde o estupro é um grande tabu. Osai Ojigho, diretora da Anistia Internacional na Nigéria, diz que o fato de a família usar esse termo para descrever o ocorrido é raro. A polícia evita dizer "estupro", e adotou o termo "assédio sexual desumano".

"Mostra que a polícia não está disposta a sequer investigar casos de estupro, e prefere investir nas alegações de estupro. Ambos são crimes hediondos e nenhum deveria ser deixado de lado", afirma Ojigho em entrevista à CNN.