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'Graças a Marília Mendonça, consegui sair de um relacionamento abusivo'

Tatiane em um dos encontros que teve com Marília Mendonça - Arquivo pessoal
Tatiane em um dos encontros que teve com Marília Mendonça Imagem: Arquivo pessoal

Tatiane De Lara em depoimento a Ana Bardella

De Universa

07/11/2021 04h00

"Em uma das últimas vezes que encontrei a Marília Mendonça, em 2019, ela estava na porta de um hotel em Curitiba, minha cidade, conversando com fãs. Lá, contei sobre uma virada de ano que havia ado em casa.

Eu estava na sala, vendo ela cantar 'Folgado' e dançando em frente à televisão. Meu marido, sentado no sofá, achou que a letra era uma indireta para ele e jogou uma latinha na minha cabeça.

Depois de ouvir minha história, Marília respondeu: 'Ainda bem que você se livrou dele, né meu amor?', com aquele jeito carinhoso.

Ainda bem mesmo. Foi graças a ela e às letras das suas músicas que consegui me libertar de uma relação abusiva que se estendeu por seis anos —e minha gratidão por isso vai ser eterna.

No começo, tudo parecia maravilhoso

Conheci meu ex-marido em um bar, em 2013. Começamos a ficar com frequência, e eu me apaixonei. Com algumas semanas de envolvimento, ele me disse que ainda vivia na mesma casa que a ex-mulher e os filhos, mas que eles dormiam em quartos separados e que em breve iriam formalizar a separação. Na época, eu acreditei e aceitei seguir com a relação.

Desenvolvi em relação à ex-mulher dele um instinto de rivalidade e ficava ansiosa pelo momento em que nós dois vivêssemos juntos. Para que isso acontecesse, aluguei um apartamento no meu nome e deixei minhas duas filhas, que até então viviam comigo, morando com a minha mãe.

Quando nos mudamos, ele me dizia coisas lindas: me chamava de 'minha gatinha', dizia que eu era perfeita. Achei que tivesse encontrado o homem da minha vida e que finalmente seria feliz. Isso até começarem as crises de ciúme.

Se eu deixava a janela aberta, ele dizia que queria me exibir para os vizinhos

Aos poucos, tudo foi virando motivo de briga. Se eu dizia que ia para a casa da minha mãe, ele insinuava que alguém estaria me esperando por lá. Não gostava que eu abrisse as cortinas, porque dizia que o meu intuito era aparecer para o vizinho. Não me deixava escutar música alta. Tirava completamente a minha liberdade e era violento, mesmo que eu me desdobrasse para agradá-lo.

Depois de dois anos juntos, aconteceu a primeira agressão. amos dois dias sem nos falar, até que ele me pediu desculpas, dizendo que eu havia provocado a situação. Acreditei. Logo a nossa relação se tornou cheia de idas e vindas: quando estávamos mal, ele voltava por um tempo para a casa da ex-mulher. Quando fazíamos as pazes, retornava para casa.

As músicas da Marília pareciam ter sido escritas para mim

Em 2016, comecei a escutar as músicas da Marília Mendonça. O trecho 'E aí vai ser a ela a quem vai enganar, você não vai mudar', de 'Infiel', parecia ser um alerta para mim. Naquela dinâmica, sem liberdade, acompanhar o que a Marília postava nas redes sociais se tornou um hobby. A partir dali, era como se alguém me entendesse, e eu não estivesse mais sozinha.

Aos poucos, fui percebendo que aquela relação não me fazia bem, mas não era fácil colocar um ponto final na história. Todas as vezes em que terminávamos, era questão de dias ou semanas para reatarmos. Sempre que ele usava drogas ou bebida, se transformava em um monstro. Em uma das nossas últimas brigas, fui sufocada até quase desmaiar.

Quando ouvi o refrão 'De mulher pra mulher, supera', decidi que aquela seria a música da minha vida

Em 2018, depois de uma agressão mais violenta, me separei. Mas ainda gostava dele e aceitei encontrá-lo mais algumas vezes. Eu sempre saía desses encontros me sentindo culpada.

Àquela altura, muitos dos meus amigos já tinham desistido de mim. Eles alertavam sobre os perigos do que eu estava vivendo, mas o desejo de retomar o contato acabava falando mais alto.

Tatiane tatuou o autógrafo de Marília no braço - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Tatiane tatuou o autógrafo de Marília no braço
Imagem: Arquivo pessoal

Foi assim até que a Marília lançou a canção 'Supera'. Depois de escutá-la pela primeira vez, decidi que aquela seria a minha música. Depois disso, nunca mais falei com ele.

Criei um fã clube para a Marília e tatuei o símbolo do álbum 'Todos os Cantos' e um autógrafo dela no braço. Hoje sofro como se tivesse perdido alguém da minha família, mas vou carregar para sempre as suas lições."

* Tatiane De Lara tem 37 anos, trabalha como vendedora e mora em Curitiba (PR)