'Estou revivendo a morte dela', diz mãe de Eliza Samudio com marido doente

Mais de uma década atrás, dona Sônia de Fátima vivia o drama da perda da filha, a modelo Eliza Samudio, morta em 2010. O ex-companheiro da jovem, Bruno Fernandes, então goleiro do Flamengo, foi um dos condenados pelo crime.

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Hoje, a dona de casa enfrenta mais um capítulo delicado: seu marido, o tapeceiro Hernane Silva, de 52 anos, entrou em estado vegetativo em decorrência de quatro paradas cardíacas. Uma vaquinha virtual foi criada para arrecadar fundos para o padrasto de Eliza Samudio.

"Para mim, é uma situação muito difícil. Estou revivendo novamente tudo o que sofri com a morte da minha filha", diz Sônia de Fátima a Universa.

O caso de Eliza Samudio gerou comoção nacional. O desaparecimento e o assassinato da modelo ocorreram em 2010, na região metropolitana de Belo Horizonte. A conclusão do caso diz que a atriz foi estrangulada e, em seguida, esquartejada. Na época, seu filho Bruninho, do relacionamento com o jogador, tinha apenas 4 meses.

Dona Sônia e o marido estão juntos há cerca de 20 anos. Segundo conta, ele participa ativamente da educação do neto, sendo a única referência paterna da criança. "Ele sempre foi um pai para o Bruninho. Acompanha o garoto em todos os compromissos da escola de futebol."

Ela diz que, no momento em que precisou dar a notícia sobre a situação do marido para sua sogra, ficou desesperada. "Eu já perdi uma filha, é uma dor que ninguém deve ar. Fiquei uma hora na frente de casa chorando, sem saber como dizer a ela e a Bruninho o que tinha acontecido."

O menino, atualmente com 12 anos, é goleiro e treina em uma escola de futebol em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde vive com a família. Ainda de acordo com dona Sônia, Hernane é o único responsável financeiro do lar, pois ela se dedica exclusivamente aos trabalhos domésticos e à criação do neto.

Fé em Deus

A vaquinha foi criada por uma amiga da família. Sônia garante que não recebeu nenhuma indenização pela morte da filha e que o neto não recebe pensão alimentícia. "Desde que peguei o Bruninho para criar, com 4 meses, vivo pra ele", desabafa.

"Bruninho é forte e guerreiro, ou por poucas e boas", diz a avó. Ela fala que o neto ainda não pode visitar o avô no hospital, mas que aguarda o reencontro. De acordo com os médicos, a situação de Hernane é irreversível; ele está internado na Santa Casa de Campo Grande. "É uma situação delicada, mas não tem o que fazer além de rezar. A fé em Deus ajuda", finaliza.