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Celebre o cabelo afro

Cada vez mais mulheres negras assumem o crespo; 'transição capilar' dispara no Google

Luiza Souto e Nathália Geraldo De Universa Alile Dara/UOL
Kamilla Albino. Foto: Alile Dara/UOL

"Meu cabelo representa a minha história, a minha raiz." A frase da criadora de conteúdo e engenheira Kamilla Albino resume como a redescoberta de seu cabelo crespo, após parar de alisá-lo com produtos químicos, em 2015, tem conexão com sua ancestralidade.

Como ela, muitas mulheres têm optado pela transição capilar. A busca pelo termo no Google triplicou em comparação aos cinco anos anteriores. Já as pesquisas por "cabelo crespo" tiveram alta de 10% no mesmo período e, em 2018, pela primeira vez, esse termo ultraou as dúvidas sobre alisamento, no Brasil. Desde então, "cabelo crespo" foi consistentemente mais pesquisado do que "alisamento" no país, segundo o Google.

Os dados mostram uma mudança de comportamento importante. "O tamanho do meu fio hoje conta um pouco do que vivi no processo de transição capilar e da minha conscientização para orgulhosamente compartilhar minha negritude", afirma Kamilla.

O processo de transição capilar para as mulheres negras vai além do cabelo. Tem a ver com orgulho, autoestima e história. É garantir que o futuro seja melhor do que foi o ado. É a celebração do ser negro.

"É preciso parar de focar as nossas dores um pouco. A gente quer falar das nossas conquistas também, das nossas potências", reforça a estilista Jal Vieira.

Ela e Kamilla, entre outras mulheres negras, estão no especial que Universa lança a partir de hoje, em três partes. Uma homenagem pelo Dia da Consciência Negra, mas não só isso. Uma forma de celebrar a beleza negra e o amor afrocentrado.

Paula Lima. Foto: Alile Dara/UOL

Além de Kamilla, o vídeo "Celebre o cabelo afro" tem a participação da detentora de tecnologias e saberes ancestrais Dona Jacira, da cantora Paula Lima, da multiempresária de conteúdo e de moda Ana Paula Xongani e sua filha, Ayoluwa Ba-Senga. Nele, as cinco falam sobre a relação com os cabelos crespos e cacheados, sobre autoestima e ancestralidade.

"Meu cabelo é a moldura do meu rosto, e ele representa muitas histórias. Eu vou e volto. Brasil, Burkina Faso, navio... Todas as mulheres de todas as minhas caminhadas estão aqui. Aquele ancestral meu que não morreu na agem do navio negreiro, que não se suicidou, que não morreu de banzo, tá aqui, tá aqui", define Dona Jacira.

Ayoluwa Ba-Senga. Foto: Alile Dara/UOL

O cabelo crespo e o cacheado contam a história de autoestima das mulheres negras. Historicamente, no entanto, os fios foram associados a conceitos depreciativos e racistas.

Segundo estudo de uma marca de beleza divulgado no Caderno de Tendências 2019/2020 da Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), apenas 18% das brasileiras têm o cabelo liso naturalmente.

Mas quem foi que ensinou mulheres negras —quase 28% da população brasileira, segundo o IBGE— a não gostarem de seus cabelos e da imagem que veem no espelho?

"Pessoas negras têm a estética como alvo de violência desde a infância, seja pelo cabelo, seja pela cor da pele", afirma Denise da Costa, antropóloga, ensaísta e professora da Unilab (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira), no Ceará.

Segundo ela, o assunto sempre foi invisibilizado, até o surgimento das primeiras políticas públicas visando a afirmação. "Nesse momento, a questão da raça ganha espaço no debate. Vivemos, então, uma mudança histórica, que carrega consigo a transformação estética."

Dona Jacira. Foto: Alile Dara/UOL

A ativista de direitos humanos e criadora de conteúdo Luciana Viegas conta que ver crescer sua autoestima como mulher negra tem sido um processo de rompimento de amarras.

Eu não gostava da minha pele, da minha boca, do meu olho. Nem do meu sorriso. Mas minha filha me olha irada, como se eu fosse a coisa mais bonita do mundo. Então, fui rompendo esse auto-ódio aos pouquinhos.

Para a antropóloga Denise da Costa, Luciana não está sozinha nessa percepção da própria beleza. Esse é um movimento estético coletivo e de resistência.

"Quando comecei a fazer pesquisas sobre cabelo crespo, em 2010, vi essa mudança significativa, mas que atingia mais um grupo de classe média e que tinha o à universidade. Hoje, percebo cada vez mais a textura crespa, as tranças e os dreadlocks na experiência negra. Há salões afro, também para homens. E as pessoas negras que têm cabelo liso não é por desgostarem do crespo."

Ana Paula Xongani resume:

"Eu não me lembro de sentir vergonha do meu cabelo. Sou filha de pais ativistas, tenho uma mãe consciente, e foi ela quem fez com que eu não sentisse essa vergonha. Ela raspou o cabelo quando eu nasci para se tornar minha referência mais próxima".

E, como mãe, eu criei um novo desafio de reproduzir as práticas positivas da minha família para uma menina, para que ela continue nesse sentimento de celebração e que possa ar isso para as próximas gerações também.

Ana Paula Xongani e a filha Ayo. Foto: Alile Dara/UOL Ana Paula Xongani e a filha Ayo. Foto: Alile Dara/UOL

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