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Assim como Noronha, outros locais paradisíacos pelo mundo cobram entrada

O presidente brasileiro criticou as taxas cobradas de turistas que visitam Fernando de Noronha - diegograndi/Getty Images/iStockphoto
O presidente brasileiro criticou as taxas cobradas de turistas que visitam Fernando de Noronha Imagem: diegograndi/Getty Images/iStockphoto

Marcel Vincenti

Colaboração para o UOL

16/07/2019 04h00

Em vídeo publicado nas redes sociais neste fim de semana, o presidente Jair Bolsonaro chamou de "roubo" taxas cobradas de turistas que visitam praias de Fernando de Noronha, no Nordeste do país.

Viajantes brasileiros têm que pagar, atualmente, um ingresso de R$ 106 para visitar o Parque Nacional Marinho Fernando de Noronha. E o preço imposto aos estrangeiros é ainda maior: R$ 212 por pessoa. Criticando a cobrança, Bolsonaro afirmou que é por isso que "quase inexiste turismo no Brasil". Este tipo de taxa, entretanto, não é exclusiva do arquipélago brasileiro.

Ilhas Galápagos, no Equador - Getty Images/iStockphoto - Getty Images/iStockphoto
Turistas chegam a pagar US$ 100 para visitar áreas protegidas das ilhas Galápagos
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Para entrar em áreas protegidas das ilhas Galápagos, um dos principais destinos de ecoturismo no mundo (e que, assim como Fernando de Noronha, é considerado Patrimônio Mundial pela Unesco), viajantes estrangeiros maiores de 12 anos de idade chegam a pagar um ingresso de US$ 100 (mais de R$ 375).

O Parque Nacional Galápagos informa que "os fundos provenientes destes tributos são destinados à conservação da biodiversidade da fauna e flora terrestres e marinhas de Galápagos, além de beneficiar a população local com a melhoria de serviços como saneamento básico".

Já para pisar e nadar em certas áreas das paradisíacas Ilhas Virgens Americanas, no Caribe, o forasteiro também deve colocar a mão no bolso, mas o preço é bem menor do que em Noronha: lá, é preciso pagar US$ 5 (quase R$ 20) ou ter um e anual individual de US$ 20 (mais de R$ 75) para explorar a região de Trunk Bay, onde estão algumas das mais lindas paisagens litorâneas do arquipélago. O valor é usado na manutenção da infraestrutura que existe em Trunk Bay, que inclui chuveiros e banheiro.

Permissão de US$ 1.500

É também bem caro visitar a ilha de Páscoa (hoje chamada oficialmente de Rapa Nui), localizada no oceano Pacífico, parte do território chileno e famosa por suas estátuas conhecidas como moais.

Viajantes estrangeiros chegam a desembolsar US$ 80 (aproximadamente R$ 300) para explorar o Parque Nacional Rapa Nui, que faz parte da ilha: o local é Patrimônio Mundial de Unesco e lá se encontram diversos exemplares de moais.

Praia de Anakena, na Ilha de Páscoa, Chile - Getty Images/iStockphoto - Getty Images/iStockphoto
Parte da ilha de Páscoa, o Parque Nacional Rapa Nui cobra entrada de US$ 80 de turistas
Imagem: Getty Images/iStockphoto

E o que dizer dos turistas que pagam milhares de reais para realizar o sonho de ver de perto um dos animais mais imponentes da Terra? Isso acontece no Parque Nacional dos Vulcões, em Ruanda, que cobra US$ 1.500 (mais de R$ 5.600) para permitir que turistas entrem em seu território para observar os ameaçados gorilas-das-montanhas.

O governo de Ruanda informa que parte desta renda "é canalizada para a construção de escolas e centros de saúde para as comunidades locais, além da manutenção de estradas".

Gorila no Parque Nacional dos Vulcões, em Ruanda - A_I_S/Getty Images/iStockphoto - A_I_S/Getty Images/iStockphoto
Gorila no Parque Nacional dos Vulcões, em Ruanda
Imagem: A_I_S/Getty Images/iStockphoto

E, no próprio Brasil, há outras joias naturais (a exemplo de Fernando de Noronha) que exigem ingresso de seu público: o Parque Nacional do Iguaçu, por exemplo, que exibe as famosas Cataratas do Iguaçu, cobra ingressos de mais de R$ 70 para estrangeiros e mais de R$ 40 para brasileiros.

Destino caro

Mas não há como negar: Fernando de Noronha é um destino turístico caro dentro do Brasil. Além da taxa de entrada de R$ 106 para brasileiros, o visitante deve pagar, para a istração Distrital de Fernando de Noronha (submetida ao governo de Pernambuco), a partir de R$ 73,52 por dia ado por lá.

Vista panorâmica da praia do Sueste, em Fernando de Noronha - iStock - iStock
Fernando de Noronha é um destino caro para ser visitado no Brasil
Imagem: iStock

Para o engenheiro sanitarista e ambiental Gabriel Pessina, que já esteve quatro vezes em Noronha como turista, "é fundamental que estas taxas existam na ilha. Elas ajudam na parte de preservação ambiental da região, que é um lugar com muita biodiversidade e que deve ser cuidado. Mas eu acho que o valor das taxas deveria ser reavaliado, para saber se todo dinheiro arrecadado está sendo direcionado unicamente para a infraestrutura da ilha e da preservação do seu meio ambiente. Se ele estiver, acho justo pagar".

Pessina, entretanto, ite que as taxas pesam no bolso: "no final das contas, cerca de 10% do que gasto nas viagens a Noronha ficam em taxas. Mas, se for pensar bem, em uma viagem ao exterior a gente também tem gastos altos com IOF [imposto sobre operações financeiras] e afins. A gente sempre vai ser taxado de alguma maneira".

O vídeo divulgado por Bolsonaro, por sua vez, mostra a praia do Sancho (uma das mais famosas do arquipélago) aparentemente sem muitos banhistas (dando a entender que isso era consequência das altas taxas cobradas dos visitantes). O fluxo de turistas em Fernando de Noronha, entretanto, vem crescendo nos últimos anos.

De acordo com o governo de Pernambuco, foram 103.548 ageiros que, em 2018, desembarcaram no Aeroporto Governador Carlos Wilson, que serve Noronha (e quase 91% deste total foi composto por brasileiros). Em 2017, o número foi de 94.151 desembarques e, em 2016, de 91.194 pessoas.

Para onde vão as taxas?

O ICMBio, submetido ao ministério do Meio Ambiente, que cobra a taxa federal, afirma que a arrecadação "deste ingresso tem cerca de 70% do seu valor revertido em ações de melhorias diretas em Fernando de Noronha através de projetos como reforma e manutenção de trilhas, sinalização interpretativa e manutenção do Centro de Visitantes. Sendo assim, todo visitante colabora diretamente com a conservação dos recursos naturais e a preservação de toda beleza cênica deste arquipélago".

Já a taxa que o turista paga por dia é, segundo a istração Distrital, "totalmente revertida na preservação da ilha, na realização de obras de infraestrutura e na manutenção dos serviços públicos. Entre as realizações recentes [feitas com este dinheiro] estão a entrega de 26 habitações populares, agendada para este segundo semestre, e a requalificação do porto de Santo Antônio. A taxa também garante os serviços de limpeza urbana, coleta de lixo, conservação da malha viária e no custeio do Centro Infantil Bem-Me-Quer [uma creche], da Escola de Referência Arquipélago Fernando de Noronha e do Hospital São Lucas".

Questionado pelo UOL se já existe alguma avaliação de quanto pode aumentar o turismo em Noronha caso as taxas de visita ao Parque Nacional fiquem mais baratas, o ministério do Turismo do governo Bolsonaro informou que "aguarda os novos estudos e diagnóstico técnico do ministério do Meio Ambiente para dimensionar e viabilizar estímulos ao turismo na ilha de Fernando de Noronha, de acordo com as regras estabelecidas para a preservação da fauna e flora locais".