Ela engravidou naturalmente aos 45: "Pelos médicos, desistiria desse sonho"

As chances de alguém com 45 anos engravidar sem se submeter a nenhum tratamento de fertilização são bastante baixas: menos de 1%, segundo especialistas. Mas isso não quer dizer impossível.
De acordo com a ginecologista e obstetra Andrea Moura, especialista em gravidez de alto risco, formada pela Universidade Federal de Minas Gerais, nessa idade, a mulher está na fase do climatério, que é a transição entre o período reprodutivo e a menopausa. Porém, apesar das probabilidades diminuírem, qualquer pessoa que não apresente problemas de fertilização pode engravidar se não tiver entrado na menopausa.
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Foi o que aconteceu com a pedagoga Cristiana Torres, 45, grávida de seis meses. Ela e o esposo estão nas nuvens à espera do único e tão sonhado filho, Matias, que também é o primeiro neto e sobrinho da família de ambos, enfim um menino muito desejado.
Para chegar nessa história, Cristiana precisou enfrentar algumas barreiras, já que a gravidez tardia ainda é vista por algumas pessoas como um tabu, uma ousadia, algo estranho, fora da casinha, loucura, coisa feia... O primeiro obstáculo superado foi justamente o de se dar ao direito de tentar engravidar naturalmente, longe da reprodução assistida.
“Se dependesse dos médicos ou de algumas pessoas, eu teria desistido”, disse. Mas ela não desistiu e a partir de agora vai relatar aqui o seu sonho de ser mãe, que está prestes a virar realidade:
O começo do sonho
Em 2008, conheci meu marido, hoje com 42 anos, um homem maravilhoso. Depois de quatro anos, fomos morar juntos. Em 2015, ele disse que queria ser pai. Com um friozinho na barriga, mas muito convicta e fiel aos meus valores, falei que para mim isso não seria problema, mas que jamais teria um filho sem antes me casar na igreja e gostaria muito que ele nascesse em um ambiente abençoado. E assim nos casamos, em 2016.
Tudo maravilhoso para darmos sequência aos nossos sonhos, até que meu pai faleceu em janeiro de 2017. Sofri muito com a perda e, por essa razão, o sonho do bebê ficou para depois. Porém, em agosto daquele ano meu marido questionou sobre o nosso filho.
O frio na barriga voltou, mas eu já estava no final do segundo tempo ou talvez, terminando a prorrogação, na época com 44 anos. Então, fui à procura de um obstetra, para dar seguimento a esse sonho. Fiz alguns exames e fui diagnosticada com alguns miomas uterinos, mas não me abalei, pois sabia que eram frutos do sofrimento que ei com a morte do meu pai.
Procurei três médicos, que olharam para os exames e para a minha idade e já foram me direcionando para algum tipo de tratamento para engravidar. Mas não dei a menor atenção, sempre desviando a conversa, dizendo para todos que nunca havia tentado naturalmente e que queria tentar dessa forma primeiro e que se não conseguisse, daí pensaria no que fazer.
Não queria ar pelo estresse desses tratamentos, que além de tudo são caríssimos...
Na última médica que fui, ela me perguntou: ‘Quanto você quer engravidar">var Collection = { "path" : "commons.uol.com.br/monaco/export/api.uol.com.br/collection/vivabem/saude/ultimas/data.json", "channel" : "saude", "central" : "viva bem", "titulo" : "Saúde", "search" : {"tags":"77387"} };