Câncer de próstata: "Encarar a impotência sexual foi pior do que o tumor"

O diagnóstico de câncer de próstata com certeza foi um grande baque para o psicólogo Esmeraldo Alcântara, 54. Porém, o mais difícil foi driblar uma das consequências comuns da doença, a disfunção erétil. A seguir, ele conta sua saga para recuperar o prazer e a qualidade no sexo:
"Sou casado, tenho dois filhos e uma mulher incrível. Em 2010, durante um check-up médico anual, o resultado do exame de PSA (Antígeno Prostático Específico) apresentou uma pequena alteração. No momento, não dei muita atenção a isso, pois estava cheio de compromissos no trabalho e eles absorveram completamente meu tempo. Como me sentia bem, sempre fui saudável e fiz exercícios, acabei não me preocupando e deixei para lá.
Um ano e meio depois, no entanto, um cansaço monstruoso chegou do nada e se tornou parte da minha rotina. Não tinha energia para absolutamente nada. Foi quando busquei um urologista que, após detectar um nível elevado do PSA, já me encaminhou para uma biópsia. Não deu outra: estava com câncer de próstata.
Fiquei um tanto angustiado, sobretudo por pensar que se tivesse tomado uma providência lá atrás, os rumos teriam sido completamente diferentes. O diagnóstico não teria chegado, inclusive, em um momento tão especial da família. Minha esposa estava no final de uma gestação e não conseguiu manter a serenidade: ficou arrasada, insegura, desesperada! Nosso outro filho tinha apenas 8 anos. Já eu, por incrível que pareça, estava confiante. Meu trunfo? Duas pessoas na família também enfrentaram o tumor e tiveram êxito total. Eu me apeguei nisso e, depois de remover a próstata e a vesícula seminal, não precisei sequer fazer radio e quimioterapia. Tive sucesso total!
Impotência sexual: minha grande inimiga
Feliz após vencer o câncer de próstata, eu mal sabia que uma longa caminhada estava à minha espera. Meu maior algoz mudou de nome em questão de dias: ou a se chamar impotência.
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