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Flavio Gomes: "Verstappen já é um nome histórico na Fórmula 1"
A Fórmula 1 tem um novo campeão. Max Verstappen conquistou seu primeiro título mundial ao vencer o GP dos Emirados Árabes, neste domingo (12), e desbancou o domínio de Lewis Hamilton e da Mercedes. A eletrizante vitória no circuito de Yas Marina, com uma ultraagem sobre o britânico nas últimas curvas, coroou uma temporada marcada por seu estilo agressivo e arrojado.
No Fim de Papo F1, live pós-corrida do UOL Esporte - com os jornalistas Fábio Seixas e Flavio Gomes - os comentaristas exaltaram o desempenho de Verstappen ao longo do ano. Ambos fizeram um balanço da temporada e citaram algumas das características mais marcantes do holandês e que o ajudaram a levar o inédito troféu.
"Verstappen já um nome histórico na Fórmula 1. Já era, por ter estreado na Fórmula 1 com 17 anos, ganhou corrida com 18 na Espanha, na sua primeira corrida pela Red Bull. Ele fez um campeonato excepcional, impecável. Cometeu poucos erros e teve algumas manobras um pouco polêmicas. Mas não dá para dizer que ele perdeu uma corrida de graça, de bobeira", destacou Gomes.
Seixas citou algumas das qualidades do piloto da Red Bull. "O Verstappen é um cara que estreou na Fórmula 1 aos 17 anos. É o piloto mais jovem a correr na categoria. Ele se tornou o mais jovem a vencer uma corrida e hoje [ontem], o quarto mais novo a ser campeão. Ele pegou uma Red Bull em fase de reconstrução e fez parte desse projeto. É um cara arrojado, agressivo e, em alguns momentos desse ano, desleal. Mas tem a frieza como uma das grandes vantagens", analisou o colunista do UOL.
O campeão mais jovem da história da Fórmula 1 é Sebastian Vettel, que tinha 23 anos e 134 dias quando celebrou o título de 2010. Na sequência, aparecem Lewis Hamilton (23 anos e 300 dias, em 2008), Fernando Alonso (24 anos e 58 dias, em 2005), e Max Verstappen (24 anos e 73 dias, em 2021).
A confirmação do título de Verstappen veio após uma intensa disputa com Hamilton, como lembrou Seixas ao destacar a constante mudança de líderes durante o campeonato. "Foi um campeonato que começou lá no Bahrein, com uma vitória do Hamilton e que, depois disso, houve cinco viradas. Teve uma primeira em Mônaco, com o Verstappen assumindo a liderança. Depois, na Hungria, a segunda virada, com o Hamilton retomando a liderança. Na Holanda, aquela vitória assombrosa do Verstappen, com aquela torcida, virou o Mundial pela terceira vez. Houve a quarta com Hamilton e Verstappen, na Turquia, veio direto e sacramentou o título", comentou.
Gomes considera 2021 como uma das maiores temporadas da história da categoria. "Foi uma temporada inesquecível. Uma das melhores que a gente pode acompanhar em todos os tempos. Pode parecer meio exagerado, mas considerando que foram apenas dois campeonatos até hoje, em 72 anos de Fórmula 1, que chegaram à prova final com dois pilotos empatados nos pontos, não é um exagero dizer que foi uma das melhores temporadas de todos os tempos, sobretudo porque tivemos grandes corridas, grandes reviravoltas, grandes competidores, tanto do ponto de vista de equipe como de piloto, aulas de pilotagem desses dois talentos excepcionais de gerações distintas. Foi um ano dourado", elogiou.
O jornalista se referiu ao ano de 1974, quando Emerson Fittipaldi e Clay Regazzoni chegaram à última prova daquela temporada empatados em pontos (52). O brasileiro foi o quarto colocado no GP dos Estados Unidos, no circuito de Watkins Glen, e levou o troféu. Regazzoni foi o 11º. A prova ficou marcada pela morte do piloto austríaco Helmuth Koinigg.
Seixas citou o equilíbrio e a emoção como os pontos fortes desta temporada da Fórmula 1. "Verstappen se tornou o 34º piloto campeão na Fórmula 1 Foi merecido. Se tivesse ficado com o Hamilton, também seria merecido. Temos uma tendência ao saudosismo, a sempre enaltecer o ado, mas que campeonato tivemos. Tivemos um Mundial decidido nas últimas curvas, na última volta, no último GP. Vamos enaltecer o ado, mas tivemos um presente fantástico em 2021. Um campeonato que vai ficar na memória e que teve dois caras tão diferentes, de personalidades tão diferentes, em momentos tão diferentes na carreira, disputando um título meio ponto a meio ponto", completou.
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