Alvo de discussão entre Juliette e Fiuk, cuscuz é ícone nordestino; aprenda

Nem a comida escapou das problematizações no BBB 21. Apoiada pelo economista pernambucano Gilberto, a advogada Juliette questionou as escolhas de Fiuk para o almoço do último domingo. O motivo foi o cantor usar farinha de milho flocada como uma base de farofa.
Natural da Paraíba, Juliette explicou ao brother que o ingrediente deveria ser preparado como um cuscuz nordestino, que precisa de hidratação e não pode ser usado como uma farinha de milho normal.
Em conversa com João, Camila e Viih Tube, Juliette foi enfática sobre a textura:
Fica muito duro. Ainda mais frito, como farofa. Quebra tudo, os dentes...".
Ao decorrer da discussão, Fiuk concordou que o processamento do grão era diferente da outra opção que havia anteriormente na despensa, mas insistiu que o flocão não se tratava de cuscuz já que, segundo ele, cuscuz é branco.
A justificativa do filho do Fábio Júnior não é completamente errada: provavelmente, ele estava se referindo ao cuscuz de sêmola ou trigo, originário da África, conhecido como cuscuz marroquino e reconhecido como Patrimônio Imaterial da Humanidade.
A versão de milho, porém, é, sim, amarela e preparada com farinha flocada, como defenderam Juliette e Gil — ponto para eles.
Cuscuz nordestino, prazer
A confusão levou Juliette ao choro ao lembrar da importância cultural — e de sobrevivência — que o cuscuz tem no Nordeste. Segundo o pesquisador Câmara Cascudo, no livro "A História da Alimentação no Brasil", o cuscuz foi apresentado aos brasileiros pelos portugueses, no início da colonização.
Desde então, foi incorporado aos costumes de todo o país. O baixo custo e as condições climáticas favoráveis para a plantação do milho foram fatores que influenciaram na popularização do prato.
O cuscuz era comercializado por mulheres negras em estados como Bahia, Alagoas e Pernambuco em tabuleiro de flandres. Escravos e bandeirantes também viram no alimento uma forma de sustância e misturavam cuscuz com carne seca socada no pilão. No interior do Nordeste, as espigas de milho viravam cuscuz para garantir a comida durante as secas.
Tradição de séculos, o cuscuz faz parte até hoje da alimentação de todas as classes sociais e pode ser consumido do café da manhã ao jantar, com leite de vaca ou de coco, ovo, manteiga, açúcar...
Depois de hidratado, os grãos são cozidos na chamada cuscuzeira, uma a dividida ao meio onde embaixo se coloca água e em cima a farinha, que cozinha no vapor.
Aprenda a fazer
Depois da polêmica, o o a o do cuscuz foi compartilhado até pelo perfil oficial de Juliette. No vídeo, a cozinheira Irina Cordeiro, apresentadora de Nossa, dá as dicas de como fazer o prato sem ter a cuscuzeira, igual ao BBB. A gambiarra ideal é um pano de prato limpo.
Também sem cuscuzeira, essa outra receita de Irina é recheada e preparada direto no micro-ondas — agora, ninguém mais tem desculpa para não provar! Prático e fácil, esse cuscuz fica pronto em poucos minutos e é tão gostoso quanto a receita original.
Quem tem a a própria pode seguir sem medo essa receita que une queijo Serra da Canastra e coco fresco ralado fino.
E que tal incrementá-la com pimenta dedo de moça?
Para fazer da pedida uma refeição completa, prepare uma carne bem temperadinha, como esse acém desfiado:
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