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Vítimas de Saul Klein decidiram depor após suicídio de amiga

Pedro Lopes, Camila Brandalise e Mariana Gonzalez

Do UOL, em São Paulo

29/03/2022 03h55

Estupros, agressões físicas e ameaças são algumas das violências pelas quais as vítimas de Saul Klein dizem ter sido forçadas a ar. E todas relatam ter, até hoje, sequelas psicológicas, como contam as mulheres ouvidas no documentário "Saul Klein e o Império do Abuso", produzido por MOV e Universa, do UOL. No caso de uma delas, conhecida como Capricho, apelido que teria sido dado por Saul, o trauma levou a uma fatalidade. Em 2019, a jovem tirou a própria vida.

A morte foi lamentada pelas amigas que Capricho fez na casa do empresário e que contam, no segundo episódio da série, como o trágico episódio levou às primeiras denúncias.

"A Capricho era minha amiga lá dentro. Ela dizia que tinha perdido a virgindade com o Saul", lembra uma das vítimas, que também chegou a tentar suicídio em decorrência dos abusos que sofreu. "Ele ficava chamando ela de bochechuda, falava que ela era gorda, e ela foi mudando, fazendo procedimentos estéticos, tomando remédio para emagrecer", diz outra jovem.

Em determinado momento, como conta uma amiga, Capricho não quis voltar às festas e à casa do empresário e começou a sofrer ameaças. "Era gente atrás dela 24 horas por dia. Ameaçavam contar tudo para a mãe dela, seguiam ela. Ela não conseguiu voltar para uma vida [normal]."

O advogado de Saul, André Boiani e Azevedo, diz ao documentário que ele não comandava uma rede de prostituição e abuso, mas, na verdade, contratava uma agência que fazia a aproximação entre ele e as jovens. Por isso, é inocente em relação às acusações. "O que ele contratava eram moças que iam aos eventos dele", afirma Boiani.

A advogada Luciana Terra, do projeto Justiceiras, que acolheu as primeiras denúncias, conta que no início as vítimas tinham uma sensação de pertencimento ao entrar no esquema de Saul — afinal, lá elas faziam amizade com outras garotas, tinham uma vida longe dos pais ou do ambiente em que cresceram, ganhavam dinheiro e presentes.

"Mas quando você sai desse mundo fantástico do Saul Klein, percebe o quanto houve um desgaste físico, emocional e espiritual", fala outra jovem no documentário.

Para as amigas, a morte da garota conhecida como Capricho foi o estopim para que, mesmo com medo, algumas delas se unissem para fazer uma denúncia coletiva.

"A gente acabou tendo mais força para denunciar quando ela fez isso [quando Capricho cometeu suicídio]. Era para ela estar aqui, à frente desse movimento", fala uma jovem.

"Quantas Caprichos ainda vão ter? A gente não é Capricho, Cabelinho, Sininho [apelidos de outras garotas]. A gente tem nome, família, dificuldade, sentimento. Nenhuma das meninas que aram por lá vai saber quem elas poderiam ter se tornado se não tivessem entrado [no esquema]", diz outra vítima.

As cinco garotas que estão no documentário decidiram não mostrar o rosto e contam, no terceiro episódio, que muitas outras ainda não denunciaram por medo.

A série documental "Saul Klein e o Império do Abuso", com três episódios, já está disponível no YouTube de MOV.doc.