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REPORTAGEM

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Ela transforma lixo em joias: 'Meu coração palpita quando vejo uma caçamba'

A paranaense Anna Boechat criou a marca I Do Design - Arquivo pessoal
A paranaense Anna Boechat criou a marca I Do Design Imagem: Arquivo pessoal

Colunista de Universa

21/11/2022 04h00

Formada em design gráfico, a paranaense Anna Boechat, 38, trabalhou dez anos em agências de publicidade até deixar a carreira para empreender em uma área em que ainda não tinha nenhuma expertise: ecojoias, como são chamados os órios de luxo produzidos com materiais que geralmente vão parar no lixo, como sacolas de supermercado e tampinhas de garrafa pet.

"A minha ideia sempre foi me distanciar completamente desse conceito de que, por ser feito com material de descarte, precisa ter cara de ser algo com menos valor", explica Anna.

A empresa I Do Design nasceu do desejo de ter mais tempo para "colocando a mão na massa do que na frente do computador". Mas não só.

Em 2018, ainda no setor criativo de uma agência publicitária, ela queria aproveitar o tempo que gastava se deslocando até o local de trabalho para se dedicar a atividades como ilustração, pintura e bordado. E ou a atuar em home office. Nessa época, desenvolveu até uma linha de bonecas de pano feitas de retalhos. Estava se redescobrindo, voltando às origens.

"Gosto muito de trabalhos manuais, herdei um pouco disso dos meus pais, que são professores. Meu pai já é falecido, mas ele pintava, assim como minha mãe. Então tive muito disso em casa, de conhecer esse lado mais artístico deles, e acho que, com o tempo, fui desenvolvendo muito desse gosto também."

Um dia, conversando com duas amigas que têm uma marca de roupas autorais e buscavam órios diferentes, Anna quis atender à demanda produzindo peças em resina, mas sentiu que faltava alguma coisa.

"Com resina fica bonito, mas um monte de gente já faz, e faz bem. Matei a minha vontade de transformar algo em um objeto, mas não tinha um propósito. Elas então sugeriram que eu reaproveitasse material de descarte. Aí não foi muito difícil pensar no plástico. Quando olhei à minha volta em casa, o que mais tinha eram sacolas."

O caminho das pedras, Anna trilhou sozinha, na internet. Até então completamente leiga no assunto, resolveu pesquisar tudo sobre o setor, e encontrou um tesouro: um projeto holandês de código aberto, ou seja, gratuito, que ensina a trabalhar com plástico e ainda conecta pessoas de todas as partes do mundo interessadas no tema, o Precious Plastic.

"Queria que a marca tivesse propósito desde o começo. Quando vi essa possibilidade de trabalhar com o plástico descartado, me deu o estalo e falei: 'Gente, é isso!'."

Em 2020, depois de dois anos de estudos e testes, Anna ou a se dedicar integralmente ao projeto mais importante de sua vida: sua marca de joias de luxo feitas com lixo.

"Meu marido fala que sou muito corajosa de empreender, mas, na verdade, sou privilegiada, porque se não fosse ele me falando: 'Eu vou segurar as pontas, se dedica que isso tem futuro', não sei se teria conseguido, sinceramente. iro demais as pessoas que conseguem, por conta própria, largar algo mais garantido pra se jogar no empreendedorismo, pois se não fosse ele, não sei se teria essa coragem", revela.

As ecojoias da marca curitibana I Do Design custam entre R$ 129 a R$ 269 - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
As ecojoias da marca curitibana I Do Design custam entre R$ 129 a R$ 269
Imagem: Arquivo pessoal

Sobre a coleta da matéria-prima, Anna brinca: "Sou uma lixeirinha, e meu coração palpita quando vejo uma caçamba", diz. "Não consigo ar por uma sem ir dar uma fuçada e trazer umas coisas para casa para aproveitar depois."

Trabalho em equipe para incluir catadores

Em um ano, as vendas online de brincos e colares já decolavam, impulsionadas pelo sucesso da marca no Instagram e no TikTok. Nas duas plataformas juntas, a I Do Design tem cerca de 100 mil seguidores

As ecojoias também atraíram a atenção de uma marca famosa de semijoias, e um pedido de 2.000 peças catapultou o desenvolvimento da empresa e os sonhos da designer que, sozinha, é responsável por cada uma das etapas do processo, da criação ao pós-venda, ando pela coleta, derretimento, polimento e fotografia de item por item.

"Espero, em algum momento, poder contar com o trabalho de outras pessoas. Fazer sozinha me dá muita liberdade, mas, quando a gente une forças, vai mais longe", diz Anna.

"Quando as coisas se desenvolverem mais, quero me aproximar de pessoas que fazem toda a diferença no trabalho de coleta de material reciclável. O pessoal que cata papel, plástico, que separa isso. Se um dia a minha marca puder se aproximar desses trabalhadores e eu puder, de alguma forma, estar com eles, junto, e os remunerando de forma justa, aí minha empresa vai ter dado certo e vou ter alcançado o sucesso 100%."